Livro: O beijo de judas
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... The Judas Kiss 1981 Sally Wentworth Resumo: Três anos numa prisão, condenada por um crime terrível! Três anos de sofrimento e revolta, que transformou Lyn numa mulher insensível e amarga. Ela era inocente … e só havia um culpado: Eric, o homem com que trocou juras de amor e doces planos para o futuro. Certa de que pagaria o crime por Eric, o Judas que a traira, Lyn saiu da prisão com sede de vingança! Através de uma operação plástica, transformou-se na ingênua Anette Lewis. Arrumou com uma velha amiga documentos falsos e foi para Cingapura, atrás de homem que destruiu sua vida. Mas o que Lyn nunca poderia imaginar é que sua vingança lhe trouxesse conseqüências tão cruéis, dolorosas e inesperadas… CAPÍTULO I O casal beijava-se e abraçava-se apaixonadamente. A brisa balançava de leve as folhas das palmeiras e o luar banhava a areia branca daquela praia deserta. O mar estava calmo e as ondas vinham quebrar perto da areia. Do outro lado, os letreiros luminosos dos hotéis de veraneio iluminavam a cidade. Nada disso, porém, interessava àqueles dois. Pensavam apenas nos beijos e abraços que trocavam, com ardor. De repente, um barulho de risos e cantoria quebrou o silêncio da noite. Um grupo de mulheres negras, que faziam parte de uma seita religiosa e estavam hospedadas no hotel, para uma convenção, caminhavam pela praia. Chegaram na água e começam a cantar um hino, ao mesmo tempo em que balançavam o corpo, no ritmo da música. O homem baixou os olhos para a jovem. Ela, com a cabeça apoiada no ombro dele, os olhos fechados, tinha a respiração ofegante. Carinhosamente, ele passou a ponta do dedo nos lábios dela. — Ei, está dormindo? Ela sorriu e abriu os grandes olhos castanhos, ainda cheios de desejo. — Não, estou acordada. Acho que nem vou dormir, esta noite. — Nem mesmo para sonhar comigo? — Não. Quero ficar aqui, com você, bem acordada. Oh, Eric… Passou os braços em volta do pescoço dele e en ...

reabriu os lábios. Ele estreitou-lhe a cintura e beijou-a novamente, com paixão. — Lyn… — murmurava o homem, enquanto ela contorcia o corpo quente provocando nele um desejo quase incontrolável. Inesperadamente, ele a segurou pelos ombros e a empurrou de uma forma quase rude, com as mãos tremendo e a respiração acelerada. — Pelo amor de Deus, Lyn! — disse. — Se você pelo menos soubesse o que está fazendo comigo… Com um brilho travesso nos olhos, ela tentou aproximar-se novamente, mas ele a manteve afastada. — O que é que estou fazendo com você? Eric sorriu. Sabia que Lyn estava querendo testar sua resistência. Enfiou os dedos naqueles cabelos castanhos ondulados e puxou-a novamente, com carinho. — Está me deixando louco Lyn… É melhor se comportar, feiticeira, ou eu não me responsabilizo pelas conseqüências. Lyn abaixou os olhos e apoiou as mãos no peito dele. — Talvez eu… não queira que você seja responsável. Isto é, talvez eu goste das conseqüências. Levantou os olhos, timidamente, para ver a reação dele àquelas palavras. Ele ficou ainda mais excitado pela forma inocente como ela havia dito aquilo. Lyn parecia ter muito pouca experiência. Queria demonstrar o que estava sentindo, mas, ao mesmo tempo, tinha medo de ser rejeitada. — Querida — disse ele, beijando-a na testa –, temos muito tempo pela frente. Além disso, nós nos conhecemos há apenas algumas semanas, e você é tão jovem… — Já não sou tão jovem assim — protestou ela. — Tenho dezenove anos. Já é idade bastante para… Você sabe. Com essa idade, a maioria das moças lá da companhia de aviação já… — Já dormiram com os namorados — completou ele. — Eu sei disso. Não é difícil levar uma aeromoça para a cama, e isso às vezes acontece logo depois de um primeiro encontro. Elas acham que esse é um sinal da liberação feminina. E isso não ocorre só com as aeromoças. Você deve ter reparado nessas garotas qu ...

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