Livro: Paixão e êxtase Página 2
Autor - Fonte: Jill Henry
...
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— Não tem nada aqui. — Ela guardou a adaga, certa de que estavam a salvo.
— Ele está vindo. — A resposta de Ivy soou estranha. —Gwyneth?
— Sim?
— Mercadores usam cotas de malha de ferro?
— Claro que não.
Gwyneth virou as costas para o barranco e examinou a estrada. A tênue luz da lua iluminava os elos da vestimenta de metal, o contorno arredondado de um elmo e o escudo de um homem oculto atrás das armas e de uma armadura.
Teriam se desencontrado do mercador? Gwyneth sentiu a espe¬rança morrer dentro de si. Isso significava que não teria meios para escapar dos intermináveis dias de trabalho árduo na casa do tio. A angústia a invadiu.
— Ele é um fantasma demoníaco em forma de guerreiro. Olhe como ele flutua! — Ivy fez o sinal-da-cruz e correu como louca estrada afora.
— Calma, Ivy. Veja, é apenas um homem. O cavalo dele é preto, por isso você não consegue vê-lo. — Gwyneth tentou acal¬mar a amiga, mas o perigo vindo de um homem também era grande. — Depressa, precisamos nos esconder.
Ninguém deveria saber de sua presença ali, nem mesmo um cavaleiro estranho que poderia ou não lhes fazer mal. Gwyneth agarrou a sacola que deixara sobre a pedra.
— Parem! — a voz do cavaleiro soou como um trovão. Uma tira da sacola ficou presa a um galho e Gwyneth deu-lhe um puxão. Ela não podia deixar que seus preciosos bens fossem descobertos, mas também não podia arriscar-se a ser apanhada. Assim, soltou a sacola e correu.
Um grito cortou a noite. Ivy cambaleou no barranco, o olhar assustado, os cabelos e as saias em desordem.
Gwyneth não conseguiu acreditar quando o cavaleiro, cujo o rosto estava oculto nas sombras da noite, ergueu a espada e atacou.
A perplexidade deu lugar à ação. Gwyneth correu e empurrou a amiga ao chão. Aterrorizada, viu a espada do cavaleiro erguida no ar, brilhante e mortal.
Era tarde demais para apanhar a adaga.
— Corra, Ivy! — Gwyneth fechou os olhos esperou o golpe. Antes el
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do que a doce Ivy, que tinha um futuro a sua frente.
O garanhão passou por ela correndo e o grito de guerra gutural do cavaleiro cortou o silêncio.
— Eu não mataria uma mulher, nem mesmo você, Gwyneth de Blackthorne.
— Como sabe quem sou?
— Pensei que se lembrasse — tornou o cavaleiro, divertido.
— Lembrar de você? Não posso ver seu rosto.
Sem responder, ele virou o cavalo e abaixou a espada. O vulto escuro escorregou para o chão.
Surpreendentemente, era o corpo de um lobo. Ivy gritou ao vê-lo e desmaiou no meio da estrada.
— Parece que ela não suportou. — A voz do homem era uma carícia, baixa como um gracejo, mas repleta de preocupação. — Havia mais predadores?
— Não sei. — Gwyneth deu a volta no enorme garanhão negro e tentou ver o rosto do cavaleiro ainda oculto na escuridão.
Mas a preocupação em relação a Ivy superou a curiosidade. Gwyneth ajoelhou-se ao lado da amiga e sentiu-lhe o pulso. Estava forte. Como imaginara, Ivy apenas se assustara. Tudo ficaria bem quando ela voltasse a si.
— Era um lobo solitário. Está vendo as marcas prateadas? Ele era velho e buscava uma presa fácil.
Gwyneth se perguntou como aquele guerreiro a conhecia, pelo menos o bastante para reconhecê-la no escuro, e ficou satisfeita por ter a adaga oculta nas dobras de sua capa. Ela deu tapinhas no rosto de Ivy com dedos trêmulos. A garota gemeu, deixando Gwyneth aliviada.
— A moça está viva? — o desconhecido quis saber.
— Está, sim. Ivy, você pode me ouvir? Tente sentar-se.
— Vou levar as duas para a vila — declarou o estranho, apro¬ximando-se mais.
— Não precisamos de ajuda. — Agora que Ivy estava tentando se sentar, Gwyneth podia assumir a situação. Aprendera do modo mais difícil que não existiam cavaleiros desinteressados. Eles visavam somente obter vantagens próprias e era melhor evitá-los. — Siga o seu caminho, senhor.
— Esperava mais gratidão. — Ele apoiou o punho, coberto pela manopla, ...
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Jo: Gostei e recomendo..
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