Livro: Uma donzela indomável
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... Elizabeth Mayne O CORAÇÃO DELA ESTAVA NAS TERRAS ALTAS Escócia, 1598. Na verdade, cada montanha e vale parecia um mapa de sua própria alma. Cassie MacArthur duvidava que algum homem conseguisse compreender a liberdade de poder vagar sem preocupação naquele imenso paraíso. Isso se aplicava especialmente a Robert Gordon, inimigo do clã de Cassie, mas, ironicamente, o único homem na Escócia que fazia seu sangue ferver. O espírito aventureiro de Cassie MacArthur faria dela uma noiva voluntariosa. Robert Gordon sabia disso do fundo do coração. Na verdade, a lendária Lady Quickfoot seria uma parceira perfeita de trabalho. e de vida! Mas será que ele seria esperto o suficiente para agarrá-la? DISPONIBILIZAÇÃO DO LIVRO: VALERIA DIGITALIZAÇÃO: JOYCE REVISÃO E FORMATAÇÃO: IARA: CAPÍTULO 1 Glencoen, Escócia. 20 de fevereiro de 1598 ―Tia Cassie! ― Do alto de seus cinco anos., Millicent MacGregor pegou a mão de Cassandra MacArthur e puxou-a, ansiosa. ― Lady Quickfoot caiu mesmo no pântano de Black Douglas? ― Millie! ― exclamou Cassandra. De repente, a capa escorregou para a frente, cegando-a. As palavras ficaram abafadas pela lã grossa. ― Estou tentando prender os patins nos pés do seu irmão. Hoje à noite vou lhe contar o restante da história de lady Quickfoot. ― Mas agora é uma ótima hora para me contar! ― disse a menina, com um sorriso maroto. ― Tia Cassie, olhe! Soldados! ― Ian apontou para algum lugar atrás dela. ― Uma coisa de cada vez ― implorou Cassandra. Então, recolocou a capa nas costas e se esforçou para fixar o patim de madeira ao sapato rústico do sobrinho. ― Fique quieto, Ian! ― Você está me fazendo cócegas ― disse o menino, rindo, enquanto Cassie amarrava os laços em volta do tornozelo fino. ― Eu daria qualquer coisa por mais um par de mãos ― disse ela, apertando um nó. ― Não ...

sei se vou conseguir esperar até a noite para saber se Black Douglas consegue salvar a última jóia das Terras Altas. ― Millie rodopiou em volta deles en quanto procurava os soldados que Ian apontara. ― Viemos até aqui ensinar seu irmão a patinar. Você vai ficar sabendo o que aconteceu com lady Quickfoot, Black Douglas e com o poeta de Achanshiel na hora de dormir. ― Cansada, ela se sentou sobre os próprios patins e murmurou: ― Como será que sua mãe consegue vestir uma minhoquinha como você? ― Fique quieta, tia Cassie ― alertou Millie. ― Aqueles homens vão achar que você não é boa da cabeça. Está sempre falando sozinha! ― E acha que estou preocupada com o fato de que alguém possa ouvir minhas conversas? ― Cassie piscou para a sobrinha de longos cabelos escuros e olhou para trás. ― Posso estar falando com o meu anjo da guarda. ― Não poderia ser um anjo ― proclamou Millie. ― Teria que ser uma fada. ― Isso não faz a menor diferença ― disse Cassie, dando de ombros. ― Eu ouvi dizer que no começo dos tempos as fadas eram anjos. Aí, um dia, Deus mandou-as viver nas Terras Altas, por causa da rainha, que era vaidosa e fútil demais. ― Por que elas precisavam de uma rainha se Deus estava perto o tempo todo? Cassie brincou com uma das tranças da menina. ― É uma pergunta muito boa, e eu não sei a resposta. Só sei que as fadas eram os anjos mais lindos que Deus já fez. Provavelmente isso tem alguma coisa a ver com a vaidade. Aí, a única alternativa de Deus foi bani-las para longe de todo mundo. Por falar nisso, a vaidade excessiva é um pecado terrível até hoje, não é mesmo? ― É ― concordou a menina solenemente. Estavam num lugar alto, no extremo norte da campina, muito perto das terras de Euan MacGregor. A distância de um grito, dissera Euan, desde que a pessoa tivesse pulmões fortes e poderosos como as mãos de u ...

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