Livro: Um lorde para amar
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... A mando do pai, Stephen não teve escolha a não ser escoltar a feiticeira Brighid l’Estrange até o castelo de seu falecido pai Inglaterra, Século XIII Stephen de Burgh era humano demais para Brighid l’Estrange. Amante da boa vida e convencido, o cavaleiro parecia indigno da nobre herança. Mas mesmo assim Brighid sentia um poder e uma certeza sobre Stephen que respondiam aos desejos mais profundos de seu coração! Escoltar a obstinada Brighid pelas terras inclutas e pantanosas do País de Gales enfraquecia Stephen ao extremo. Jamais conhecera uma mulher tão briguenta e ao mesmo tempo tão sedutora quanto a sra. l’Estrange, cujos olhos prenunciavam um destino que mudaria sua vida para sempre! PRÓLOGO Às vezes, o destino precisava de um empurrãozinho. Representante de uma longa linhagem de conhecedoras dos caprichos do destino Armes l’Estrange sabia disso, entretanto, teria de convencer Cafeil de que a situação corrente exigia medidas drásticas. Entendia a relutância da irmã, pois também raramente usava os dons especiais, mas nesse caso, que alternativa lhes restava? Cafeil torcia as mãos, preocupada. — Com certeza, deve haver algo que possamos fazer — considerava, agitando os cachos de cabelos brancos. — Precisamos agir antes que Brighid se precipite. Armes avaliou o semblante da irmã. — Brighid nunca se precipita — observou. Cafeil fez uma pausa para reconsiderar. — Bem, talvez essa não seja a palavra certa. Que ela aja inadvertidamente, então. — Sim — concordou Armes, em tom sinistro. — Temo por Brighid. Ela não vê o perigo porque não dá valor ao fato de ser uma l’Estrange. — Exatamente. — Cafeil mostrava-se mais inquieta. — Tive um mau pressentimento quando soube da morte do pai de Brighid. Eu não disse-que a morte de nosso querido irmão acarretaria grandes mudanças? — Acho que fui eu que disse isso — observou Armes, lançando um olhar severo à irmã. — Oh, não vamos ...

discutir — implorou Cafeil, agitando a mão delicada num gesto de descaso. — Só sei que sinto um frio nos ossos, uma premonição de que. Armes interrompeu-a, impaciente, e declarou: — Devemos agir. Ambas olharam para o pequeno armário sob a janela curva do solar. Cafeil voltou para Armes os olhos azuis arregalados. — Oh, não. Prometemos a Brighid que não praticaríamos! — Brighid não precisa saber — opinou Armes, franzindo o cenho. E para o próprio bem dela! Cafeil era especialista em preocupação e alvoroço, sem mostrar realizações, entretanto. Fazia pouco mais de uma semana que o irmão de ambos falecera. Considerando que ele e a filha nunca tinham sido muito chegados, estranhavam aquela determinação da jovem em visitar a propriedade que acabara de herdar. Se não tomarmos uma providência, Brighid e capaz de contratar acompanhantes duvidosos e partir para o País de Gales sozinha — alertou Armes, Cafeil assustou-se. — Oh, não! — Oh, sim! Ela é teimosa a ponto de fazer isso — assegurou Armes. Teimosa, prática e independente, Brighid resumia tudo o que as tias não eram. Numa situação normal Ármese Cafeil até aprovariam o desejo da sobrinha de voltar terra natal, mas nesse momento Brighid não podia empreender tal jornada sozinha, considerando a turbulência política que o País de Gales atravessava desde que Edward ocupara a região, em 1.277. Embora não se soubesse de nenhum conflito mais grave, sempre circulavam rumores sobre uma possível dissidência entre os príncipes galeses e, para completar, Armes vinha tendo visões nada reconfortantes. — Então, devemos agir — cedeu Cafeil, relutante. — Muito bem, então. Estamos de acordo. As velhas irmãs trocaram um sorriso enigmático. Estava no sangue, afinal, embora Brighid as forçasse a negar sua herança. Decididas, as duas agiram rapidamente. Armes ajoelhou-se diante do pequeno armário e o destrancou com a chave que levava pendurada numa tira de ...

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