Livro: Prelúdio de amor - Anne Mather
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... ANNE MATHER Sancha suspirou, e o débil som que deixou escapar foi suficiente para atrair a atenção do jovem que descansava a seu lado, na popa do motoscafo. voltou-se a olhá-la com os olhos cintilantes ao notar a expressão de êxtase em seu rosto. — E bem? —perguntou—. O que pensa? Sancha tirou a mão da água e a secou. —É muito imponente —respondeu, e dirigiu o olhar para a parte alta da fachada do edifício—. Realmente vive aí o Conde Malatesta? — Não pode acreditá-lo? —Tony Braithwaite fez um gesto. — Não te passa o mesmo? —Sancha moveu a cabeça—. É enorme! Muito grande para um homem. —Imagino que algum dia o conde espera compartilhar o palazzo com uma esposa e uma família próprias. Até então. — Não está casado? —Sancha franziu o nariz. —Não. Ainda não. — Que idade tem então? —Não estou seguro. Está nos trinta ou, talvez, ao princípio dos quarenta. —Já vejo —Sancha brincou com a caderneta que tinha na mão—. Assim não é —Ouça, Sancha —Tony levantou as sobrancelhas—. Essas perguntas as deve fazer a ele. depois de tudo, essa é sua tarefa, a minha é tomar fotos —e como se queria demonstrar sua habilidade, tirou-lhe à câmara a coberta protetora, ficou de pé e tomou uma foto do palazzo, quando o sapateiro levou a embarcação ao mole. Sancha também ficou de pé quando Tony examinou o exposímetro, incapaz de suprimir o tremor de excitação que lhe percorria o corpo. Agora que estavam ali, no Palácio Malatesta, toda sua confiança anterior a abandonou. Era sua primeira tarefa séria, e só a tinha obtido porque Eleanor Fabrioli estava doente. Tropeçou quando subiu ao embarcadero e Tony a salvou de cair sobre a áspera superfície de pedra. Tinha as bochechas avermelhadas, seu coração palpitava muito acelerado, e Tony a observou divertido. — Por Deus do céu, Sancha, não esteja tão nervosa! Esta é sua grande oportunidade! Não a estrague! Sancha assentiu e ...

se arrumou a saia, alisando o suave tecido que caía sobre seus quadris. Ao fazê-lo, perguntou-se se aos condes italianos incomodaria que as jovens modernas mostrassem as pernas debaixo de suas curtas saias. Talvez deveu recolher o cabelo, pensou desesperada. Caía-lhe sobre os ombros em forma desordenada, a fazia parecer muito mais jovem dos vinte e dois anos que tinha. Que aspecto teria o conde? Seria alto e imponente ou baixo e moreno, como a maioria de quão jovens tinha conhecido durante os seis meses que levava em Veneza? É obvio que ele não era nenhum jovem. Esperou que não fora efeminado e efusivo. Alguns autores o eram; mas ele não era o primeiro homem que escrevia uma novela histórica, e embora foi aclamada por ser uma investigação importante da vida na Itália durante os séculos treze, quatorze e quinze, isso não significava que ia converter se em um êxito de livraria em outra parte que não fora ali. Pelo contrário, a Sancha havia flanco trabalho lê-la, talvez porque a tinham dado na hora de almoçar no dia anterior à entrevista e ficou acordada a metade da noite, tratando de entendê-la e forçando-se a manter os olhos abertos. Por isso agora se perguntava se teria assimilado o suficiente para discutir o de forma inteligente com o autor. Tony lhe pediu ao sapateiro que os esperasse. —Pois bem, carinho, aqui estamos —disse com ironia—. Está preparada? Estão bem afiados seus lápis? Funciona seu cérebro como débito? — Basta já, Tony! —exclamou—. Estou muito nervosa para que ainda faça brincadeiras a respeito. — Mas se não ter que está-lo! —replicou-lhe quando passavam sob o arco da entrada do pátio, onde as paredes do palazzo se erguiam em tétrico silêncio. O mofo e a maleza tinham o lugar invadido, onde em um tempo o mosaico brilhou em toda sua magnificência. Um ligeiro aroma de podridão se estendia pelo ambiente e Sancha se estremeceu. — Como se dirige um a um conde? —perguntou de repente. Tony se en ...

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