Livro: Momento Fatal
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... Savage Love Mary Wibberley Resumo: A chuva caía torrencialmente e Kim mal conseguia distinguir a faixa branca do asfalto. De repente, uma sombra escura avançando, o som de freios abafado pelos trovões. Depois. silêncio. "Não se mova", ordenou uma voz. Kim abriu os olhos devagar, acreditando que delirava. Debruçado sobre ela estava Luke Savage, seu ex-marido! Aquele era o homem que jurara odiá-la para sempre, depois que a surpreendera nos braços de seu melhor amigo. E agora sua vida estava nas mãos dele! Apavorada, uma idéia ainda mais assustadora lhe ocorreu: aquilo teria sido mesmo um acidente? Digitalizado:Valéria Corrigido: Judie Este Livro faz parte do LivrosFlorzinha, sem fins lucrativos e de fãs para fãs. A comercialização deste produto é estritamente proibida. CAPÍTULO I Apesar do barulho dos trovões, Kim pôde ouvir o ranger dos freios. Em seguida, meio atordoada, sentiu que perdia o equilíbrio. Depois. . . silêncio. — Espere. Não se mexa — ordenou uma voz. Ela abriu os olhos devagar. O carro estava tombado, mas o cinto de segurança a mantinha presa ao banco do motorista, enquanto um homem tentava libertá-la. Kim olhou para o rosto dele, subitamente iluminado por um relâmpago, e pensou que seu coração ia parar de bater. Tinha reconhecido a voz, mas achou que estava delirando. Contudo, não havia erro, aquele rosto anguloso e másculo inclinado para ela, preocupado somente em tirá-la dali, era mesmo de Luke Savage, seu ex-marido. Aquele era o homem que a tornara tão desesperadamente infeliz, e que fizera os três últimos anos de sua vida parecerem sem sentido. Levara muito tempo, mas havia recuperado o gosto pela vida. E agora, de repente, numa estrada perdida no meio de Westmorland, como se fosse empurrado por mão diabólica, seu carro batera no dele! A tempestade estava no auge, os raios zigue zagueavam, a água, caindo em torrentes, inundava a estrada. Um carneiro aparecera repen ...

inamente à sua frente. . depois, a freada brusca, o estrondo da batida e um breve desmaio. Luke estava encharcado, mas a chuva gelada batendo no rosto dela ajudou-a a recobrar os sentidos. — Não. . deixe-me em paz — ela começou a reagir. Naquele instante percebeu que ele não a tinha reconhecido. . . ainda. Ou quem sabe já a tivesse esquecido. O que seria pior? — Já passou o perigo — a voz dele era reconfortante. Kim nunca o escutara falando assim, não era do temperamento dele. Luke sempre fora autoritário, áspero, mas também. — O cinto de segurança evitou que você fosse atirada contra o pára-brisa, mas não consigo abri-lo, parece que entortou. Ah, não. . Consegui! Agora ela estava livre. Tinha de sair dali e enfrentá-lo cara a cara, Sabia que a qualquer momento veria em seus olhos a simpatia se transformando em repulsa. Estranhamente nada aconteceu. Luke amparou-a, levou-a para o carro dele, parado na estrada com o porta-malas totalmente amassado. — Entre — ordenou, acomodando-se no banco da frente. Ela se reclinou, em estado de choque. Mas o choque não era pelo acidente e sim por tê-lo encontrado daquela maneira absurda. — Vou trazer a sua bagagem e depois a levarei ao seu destino, está me entendendo? — Sim — balbuciou ela. Quando ele se foi, Kim examinou o rosto no espelho retrovisor e então entendeu por que não a tinha reconhecido. Seu rosto estava coberto de sangue. Levantou a mão e encontrou o ferimento: um corte na testa. — Não faça isto — disse ele. — E um corte superficial. Já apanhei as malas e tranquei seu carro. Então, para onde estava indo? Virou-se para ela, segurando um lenço molhado. — É água da chuva. Limpe o rosto com cuidado. Ou prefere qua eu faça? — Obrigada, deixe comigo — respondeu, a voz sumida, e começou a limpar as faces e o queixo. Estava escuro, por isso Luke acendeu a luz interna. Kim pôde sentir um ligeiro estremecimento percorrendo o corpo dele. — Meu Deus! V ...

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