Livro: Música para dois apaixonados
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... Elizabeth Alden NEVER SAY NEVER © 1985 Elizabeth Alden Originalmente publicado pela Silhouette Books, Divisão da Harlequin Enterprises Limited MUSICA PARA DOIS APAIXONADOS © 1986 — para a língua portuguesa Editora Nova Cultural Tradução: Fernando Simão Vugman Nova Cultural — Caixa Postal 2372 — São Paulo Esta obra foi composta na Linoart Ltda. e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. Foto da capa: RJB Digitalização: Palas Atenéia Revisão: Ceila Sarita Penny não sabia que a música lhe roubaria o amor O auditório mergulhou na escuridão para que um foco de luz se concentrasse no tenor Christiano D’Archangelo. Logo a voz forte e melodiosa do famoso cantor arrastava consigo centenas de pessoas na mágica aventura da música. Apaixonada, Penny acompanhava cada movimento, contagiada pela sugestão sensual de cada gesto. Mas aquele cantor não era mais o seu Chris, Pennyu compreendeu mais tarde. A noite havia lhe reservado boas surpresas, tristes revelações… Este Livro faz parte, da união de pessoas que gostam da leitura e o repasse, sem fins lucrativos, de fãs para fãs. A comercialização deste produto é estritamente proibida. CAPÍTULO I Com graça e agilidade, Penny Martin completou sua décima quinta volta a nado crawl e avançou para o lado oposto da elegante piscina oficial. — Hei, Penny! — Ouviu uma voz masculina chamando-a. — O que você está tentando provar? A moça só parou quando terminou a décima sexta volta. Apesar disso, foi com a respiração regular que ela saltou para fora da água e esperou o homem se aproximar. Ele usava um abrigo negro com faixas laterais prateadas, igual ao que ela vestiu depois de se enxugar. Aquele era o uniforme dos instrutores do luxuoso Silver Staircase, um clube de recuperação física na Califórnia, ao norte de San Diego. — Está treinando para as Olimpíadas? — Ele perguntou, sem disfarçar o interesse que aquele c ...

rpo bem-feito lhe despertava. Com sua pele bronzeada, cabelos pretos ondulados e olhos acinzentados, Warren também era bastante atraente. — Eu estou é louca da vida! — Ela respondeu, passando os dedos pelos cabelos molhados para tirar o excesso de água. — Estava tentando gastar a energia para me acalmar. Sabe o que me aprontaram dessa vez? — Perguntou, jogando-se numa cadeira de tomar sol. — Não. Mas gostaria muito que você me contasse. — Ele respondeu, convidando-a com um gesto para que fossem até uma mesa vazia. De não muito longe vinham os ruídos da cozinha. — Você não vai jantar? — Ela perguntou. — Estava indo, quando ouvi você se debatendo. __ Eu não estava me debatendo. — Penny rebateu irritada. — Está bem, deslizando sobre a água, então. Venha, você me conta tudo enquanto jantamos. Penny parecia não ouvi-lo. Estava comovida com o tom alaranjado que recobria todas as coisas, enquanto o sol descia no horizonte. O ar se enchia com o canto dos pardais e os grilos começavam de modo tímido a sua sinfonia noturna. O Complexo Silver Staircase estava construído sobre as encostas das colinas da Califórnia, numa região semi-árida. Penny sempre achou o prédio parecido com um castelo espanhol. À parte da frente era pintada de creme, com uma enorme escada prateada acabando em frente a um grande portão. A intenção era fazer os novos clientes chegarem ao topo com uma respiração ofegante, para que tomassem consciência do seu despreparo físico. e repente, Penny saiu de seus devaneios. . . — Eles não podem fazer isso comigo! Mas estão fazendo. . . Vou ser mandada para uma missão especial. Atender a um único cliente. O diretor me ofereceu esse trabalho como se fosse uma grande honra, mas quando o recusei, ele simplesmente disse que eu sou obrigada a ir. — Ela falava com tamanha irritação que quem observasse a cena de longe imaginaria que se tratasse de um casal mantendo uma séria discussão. — Um clie ...

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