Livro: Quase um estranho - Kay Gregory
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... Yesterday’s Wedding Kay Gregory O que leva um homem a rejeitar a esposa logo após o casamento? Digitalização Joyce CAPITULO I — Alface — observou Anna. — Dá para acreditar? Ela está jogando alface novamente esta manhã, Samara. — O quê? — Samara Lamont ergueu a cabeça do relatório de finanças que estava estudando e espiou por cima dos óculos. — Sobre o que você está falando, Anna? — Alface — repetiu a amiga. — Aqui no nosso jardim. — Ah! — Samara depositou a papelada que estava lendo na mesa e encarou Anna. — Você está falando da sra. Fazackerley. Ela jogou novamente? — Pois é. Aliás, ainda está jogando. Samara tirou os óculos, colocando-os cuidadosamente em ci¬ma dos papéis. Foi até a janela e parou ao lado de Anna. No mo¬mento em que olhava para fora, um outro punhado de folhas verdes voou por cima do muro, caindo sobre o gramado bem cuidado. — Ontem foi cebolinha — Samara comentou, pensativa. — Apenas a parte de cima, claro. — O que vamos fazer a respeito disso, Samara? — Não sei. Acho que ela tem boas intenções. — Eu não tenho tanta certeza disso — murmurou Anna. — Ela planta verduras demais e, quando a horta fica superlotada, usa nosso jardim como depósito de sobras. Por que ela não per¬gunta se a gente quer esse monte de vegetais? Samara deu de ombros enquanto jogava para trás os longos cabelos castanhos e ondulados. — Talvez você tenha razão. Enquanto isso, temos salada de alface para o almoço. Sabe de uma coisa, você vai lá e pega essas alfaces e eu darei uma corrida até o supermercado para comprar óleo e vinagre. — Está bem — concordou Anna. — Teremos salada. Nova¬mente. Até daqui a pouco. Salada novamente, pensou Samara, enquanto descia a rua na direção do pequeno supermercado do sr. Yamamoto. De qual¬quer modo, as coisas poderiam ser pior. Excluindo a vizinha ex¬cêntrica, ela estava satisfeita com a própria vida. Principalmente po ...

que, afinal, depois de quatro anos, solidificara sua pequena empresa. No início as duas jovens, que se conheciam desde a época em que cursavam a faculdade, haviam alugado com enorme difi-culdade a casa cinzenta da rua Wrenfold, próxima ao Beacon Hill Park. Agora, porém, os negócios estavam indo tão bem que, quando surgira a oportunidade de Samara comprar a companhia, ela não pensara duas vezes diante da sugestão. Quando retornou, quinze minutos depois, encontrou um monte de folhas de alface escurecidas na lata de lixo. Anna estava na cozinha, lavando o restante. — Veio uma visita para você, enquanto esteve no supermer¬cado — Anna informou, virando-se tão rapidamente que espir¬rou água para todos os lados. Samara notou o ar curioso no rosto redondo da colega. — É mesmo? Michael, eu suponho. Pela expressão excitada de Anna, logo soube que não se trata¬va de Michael, o gentil pai de cinco filhos que era seu principal assistente na Lamont\'s Consultoria. — Não, não era Michael. — Quem, então? — Não sei. Ele não falou o nome. — Que esquisito. Acho que paguei todas as minhas contas. Anna balançou a cabeça. — Não me pareceu que ele fosse um cobrador ou fiscal. Samara riu. — Por quê? Como é que se parece um cobrador de impostos? — Não costuma ser alto, amável e sexy, e ainda por cima de fala tão educada e brilhante. Samara empalideceu. — O que você disse? — perguntou num fio de voz. — Eu disse que ele e alto, amável e. Qual é o problema, Samara? Não está se sentindo bem? — Eu. sim, estou bem. Ele. disse o que queria comigo? — Falou apenas que queria ver você. O que está acontecen¬do? Até parece que você viu um fantasma. — Eu sei — interrompeu Samara em voz baixa. — Se for quem estou pensando, só pode ser um fantasma do passado. — Oh, Samara, você está pensando que. — Eu não sei. Não sei mesmo. Ele. ele disse se voltaria? — Não. Com o rosto cada vez mais sombrio, Sa ...

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