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A tentação daquele olhar

Livro: A tentação daquele olhar

Autor - Fonte: Patricia Lake

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... . Precisava dele para se proteger de algo que iria acontecer, algo que inexplicavelmente reconhecia como peri¬goso e tentador. Como um doce veneno. Patricia Lake “Illusion of love” CAPÍTULO I Stephaníe caminhava pela praia deserta, imersa em seus pensamen¬tos. À sua frente estendia-se a faixa de areia, ainda fresca sob seus pés descalços, mas que se tornaria insuportavelmente quente dentro de poucas horas. À margem da praia, altos coqueiros murmuravam suavemente sob a brisa fraca do começo de manhã, fazendo sombra sobre a fileira de casas pintadas em cores vivas e que sempre davam a impressão de estar avançando para o mar. Ela andava lentamente, com o rosto sério e pensativo, quase sem reparar na beleza que a cercava. Dava um passeio pela praia todas as manhãs. A visão do oceano, estendendo-se para o infinito, geralmente tinha o poder de acalmá-la, com as águas de um tom esverdeado e claro, ao tocarem a praia, tornando-se mais escuras ao avançarem na direção do horizonte azul-celeste. Mas nesse dia, pelo jeito, essa paisa¬gem não conseguiria tranqüiliza-la. Haviam-se passado três meses, desde o funeral de seu pai. Stephaníe não conseguia pensar nele sem uma ponta de tristeza, e agora a carta que recebera pela manhã, de sua meia-irmã Carina, abordava proble¬mas que exigiam decisões rápidas. A carta estava no bolso de sua calça de brim e ela não conseguia se esquecer dela. Um corredor alto e bronzeado passou disparado, gritando-lhe uma cordial saudação, Ela o olhou, enquanto ele se afastava, querendo saber se o conhecia. O homem parecia vagamente familiar. Suspirou e olhou para o céu sem nuvens. A pequena ilha de Moahu era um paraíso tropical, e o dia prometia ser novamente quente. Mas Stephaníe ansiava por um clima mais fresco, sentia-se irritada e nervosa, e não suportaria o calor. "Preciso me recompor", pensou, e empurrou seus sedosos cabelos loiros por cima dos ombros. Quem po-deria se lamentar, vivendo ...
um lugar como aquele? Começou a andar rapidamente de volta à casa da praia, determina¬da. Dez minutos depois estava sentada perto das janelas abertas, to¬mando café e relendo a carta de Carina. — Você acordou cedo. — A voz rouca de Connie tirou Stephaníe de seu devaneio, e ela se virou, sorrindo, para a moça com quem dividia a casa da praia. — Tenho que ir para a Inglaterra — anunciou, sem hesitar. — Recebi uma carta de Carina. — Você vai hoje? — Connie se serviu de um pouco de café e bocejou. — Não — Stephaníe riu. — Hoje não. — Então não tem problema — Connie disse, com sua habitual objetividade, e se sentou, fechando os olhos. Stephaníe suspirou de novo. Connie tinha razão, não havia nenhum problema, nenhuma razão para a sua melancolia. — Está bem, o que foi que houve? — Connie agora a observava com atenção, consciente da fisionomia preocupada da amiga, \\\'— Oh, não sei. — Stephaníe se levantou, agitada, e começou a andar pela sala, sentindo-se incapaz de entender seus próprios senti-mentos. — Sinto-me infeliz e inquieta. Essa carta. — Ela encolheu os ombros, fazendo uma pausa. — Não sei. — Em todo caso, por que tem que ir para a Inglaterra? — Por causa de alguns problemas legais, os bens de meu pai, o testamento. A carta está ali, leia. Connie pegou-a e leu rapidamente. — Por que você não está com vontade de ir? Não se dá bem com Carina? — Eu não a vejo a dez anos; só tinha onze anos, quando saímos da Inglaterra. Mas não creio que vamos nos dar bem. Nós sempre vivemos distantes uma da outra. Carina tinha dezoito anos, quando a mãe e o pai de Stephaníe se divorciaram, Stephaníe e sua mãe deixaram a Inglaterra e vieram viver naquela pequena ilha francesa do Pacífico, Moahu, onde sua mãe tinha parenta distante. Carina, filha de um casamento anterior, ficara com o pai. Naquela época, ela era muito bonita, mas muito fria, e parecia ter ciúme de Stephaníe. Aq ...

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Comentários:
Eva: Uma boa leitura 01/10/21.
Eire: Maravilhoso! 2021..
Lúcia Matos : Lindíssimo Vale apena ler.
Rose: Lindo ,recomendo! !.
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