Livro: Nas garras de um sedutor Página 2

... xo, mas foi inútil. Durante meses, Alex dividiu suas energias entre o emprego no escritório e o empenho em se esquivar das investidas da mãe. Só quando um rapaz arranjado por Enid se tornou embaraçosamente persistente é que ela apelou para o pai; — Mamãe só pensa em me arrumar um marido rico e isso é a última coisa que pretendo, papai. — Sua mãe só quer o seu bem — argumentou Richard Latham. — Por que o senhor não põe os pés no chão, papai? — Não pretendo me casar nos próximos anos, e quando isso acontecer eu mesma quero fazer a escolha. — Sua mãe acha que o jovem Fisher está apaixonado por você. — Eu nem sei se simpatizo com ele! — Mas ele é um bom partido! Desesperada, Alex percebeu que infelizmente não podia contar com o pai. Semanas depois, entretanto, aconteceu algo que provou a ela que os deuses não a tinham abandonado de todo: chegou um telegrama, da Inglaterra, avisando que sua avó materna estava doente e pedia a presença da filha. Enid não teve outra alternativa a não ser ir. Durante as primeiras semanas de ausência da mãe, Alex pensou muito e resolveu, procurar um outro emprego. Ficou surpresa e bastante sensibilizada quando seu pai lhe ofereceu ajuda. — Se você quiser, sei de uma vaga num escritório em Melbourne. — Ele deu um sorriso triste. — Embora não seja muito longe, você não vai ter que atender à maioria dos compromissos sociais impostos por sua mãe. Alex adorou a idéia. — E onde eu ficaria? — Perguntou. — É melhor ir para uma pensão até encontrar outro lugar. — Depois, você pode dividir um apartamento com alguma colega. Foi mais fácil do que Alex imaginava. Submeteu-se a uma entrevista e conseguiu o emprego. Por uma feliz coincidência, a moça a quem ia substituir no escritório dividia um apartamento com outra garota, que trabalhava lá, e gentilmente lhe ofereceu também essa vaga. Ruby Marshall mal olhou para Alex antes de lhe dizer que a aceitava no aparta ...

ento, com a condição de que ela fizesse a maior parte do serviço doméstico. Como o aluguel era irrisório, Alex achou que seria loucura recusar. Mesmo tendo percebido que Ruby era tratada com grande respeito pelo chefe, Alex não se preocupou em querer saber quem ela era. Quando voltou da Inglaterra, Enid teve um acesso de raiva ao descobrir que a filha tinha se mudado durante sua ausência; mas apesar dos freqüentes telefonemas, não fez nenhuma tentativa para convencê-la a voltar para casa. Alex acreditava que isso era obra de seu pai e de uma amiga da mãe que estava visitando Sídnei. Preocupada em lhe mostrar a cidade, Enid provavelmente não tinha tempo de se preocupar com a vida da filha. Alex ficou aliviada pelo fato da mãe não pretender visitá-la. Como Ruby Marshall não mexia uma palha no apartamento, Alex tinha muito o que fazer depois do trabalho e não teria tempo livre para dedicar à mãe. Olhou então interrogativamente para Ruby que, já calçada, andava de um lado para o outro como se não fosse a lugar algum. — Seu namorado não está esperando por você? — Perguntou Alex. — Deve estar. — Por que pergunta? — Quer se ver livre de mim? — Claro que não. — Bem, acho que vou lavar os cabelos. — Tenho que lavá-los freqüentemente. — É por isso que você é tão bonita! Alex sorriu com o elogio inesperado. Ruby nunca via ninguém além de si mesma, e Alex suspeitava de que fora aceita no apartamento só porque Ruby achava que ela era dócil, portanto incapaz de fazer objeções a qualquer ordem que recebesse. Pelo menos foi assim durante seus primeiros dias era Melboume, não podia negar. Alex estava exausta de resistir às investidas da mãe, de negligenciar sua aparência para desencorajar os rapazes que ela lhe arranjava com um talento espantoso. Na semana anterior, entretanto, Alex cortou um pouco os cabelos e mudou o penteado. Com isso, todo seu ser ganhou nova vida. Ela parecia uma gazela com seu pescoço esgu ...

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