Livro: O Deus Grego
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... Margaret Rome Título original: Castle of the lion Bianca 240 A ilha de Chipre era um paraíso ensolarado, com céu azul brilhante, praias repletas de turistas e a hospitalidade generosa de seu povo. Mas, enquanto percorria as ruas ladeadas por casas brancas e trepadeiras coloridas, Petra só imaginava que viera viver ali um pesadelo escuro e sem limites. Abandonara um alto cargo em Londres para tentar livrar seu irmão de sérios problemas. Preso como suspeito de contrabandear drogas, Gavin caíra nas malhas da implacável policia cipriota. Logo Petra descobrira que somente um homem em toda a ilha poderia ajudá-los: o todo-poderoso Stelios Heracles. e que ela era a única pessoa que poderia pagar o alto preço que ele exigia! Digitalização: Simone Ribeiro Revisão: Valéria O. CAPITULO I Assim que chegou à porta de seu apartamento, Petra ouviu o tele¬fone tocando. Colocou no chão a pasta, o guarda-chuva e os pacotes de compras e começou a procurar a chave. Sempre que tinha pressa ela desaparecia. Quem estaria lhe telefonando? "Não deve ser Gavin. Faz pouco tempo que o deixei no aeroporto para tomar o avião para Chipre. Ele ainda não deve ter chegado à casa de vovô", pensou. Mas o toque insistente tampouco devia ser de sir Joseph Holland, seu chefe, um dos mais importantes diplomatas britânicos. Afinal, ele acabara de lhe prometer um fim de semana tranqüilo, sem convoca¬ções de última hora. Finalmente, depois de alguns segundos que lhe pareceram uma eter¬nidade, encontrou a chave e entrou, pegando a pasta e o guarda-chuva e empurrando, com o pé, os pacotes de compras para o hall. - Alô? Uma voz feminina, grave e com sotaque, repetiu seu nome e o núme¬ro telefônico, causando-lhe uma sensação desagradável. — Aceita uma ligação a cobrar de Larnaca, Chipre? — pergun¬tou-lhe. Petra demorou alguns segundos para perceber que estava falando com uma telefonista. — Sim. . . sim, claro — gaguejou, perdendo por um mome ...

to a presença de espírito que a caracterizava e que lhe conquistara o res¬peito e admiração do pessoal do Corpo Diplomático. — Pode falar. — Petra, por Deus, onde se enfiou a tarde toda? — Era difícil reconhecer, naquela voz aflita, o tom sempre alegre do irmão, — Quase que não me deixavam fazer mais esta tentativa! — Trabalhei até mais tarde no escritório — ela explicou, rapida¬mente —, depois fui fazer algumas compras. Mas o que há de errado, Gavin? Algum problema? — Desculpe, mana — Gavin a interrompeu com a voz profunda¬mente desanimada. — Vou falar depressa, porque podem me cortar a ligação a qualquer minuto. Estou preso! A polícia me prendeu quan¬do eu passava pela alfândega sob a acusação de tráfico de drogas! — O quê?! — Juro, Petra, que não tenho a menor idéia de como as pontas dos cigarros vieram parar em meu bolso! A única explicação que eu encon¬tro é que algum engraçadinho resolveu fazer uma brincadeira idiota na hora da despedida. Nunca toquei em nada desse tipo, mana, acredite. — Você só pode estar brincando, Gavin! — Infelizmente, não, irmãzinha, e o pior é que a polícia grega pa¬rece desconfiar que, no mínimo, lidero uma quadrilha internacional. — Por favor, Gavin, diga que está brincando! — Petra insistiu, sabendo, pelo tom de voz do irmão, que realmente ele estava em apu¬ros, mas desejando ardentemente que este fosse mais um de seus trotes. — Você não sabe como eu gostaria de poder dizer isso. No princí¬pio, tentei me convencer de que estava vivendo um pesadelo que logo iria acabar. Mas os policiais que estão me rodeando são bem reais e as grades de minha cela são de aço. De repente, estou num inferno, mana! Por favor, faça alguma coisa para me tirar daqui! Apesar de alarmadíssima, a objetividade de Petra foi imediatamente acionada. De nada adiantariam agora recriminações. Seu irmão preci¬sava da intervenção imediata de alguma autoridade. — Vo ...

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