Livro: A maldição dos rubis Página 4

... dava uma boa chance. — Elizabeth, elegemos você para fazer o café! — Melanie anunciou, tirando-a de seu devaneio. — Ora, mas não é justo! Eu acabei de chegar! — Pois é, estávamos justamente esperando você chegar! — Jeremy replicou, sorridente. — Não tem escapatória! Pode ir para a cozinha, já! Resignada, ela soltou um suspiro, recolheu as xícaras espalha¬das pela sala e seguiu para a cozinha. Estava frio lá dentro, longe do fogo da lareira, e a primeira coisa que fez foi acender o fogão. Em seguida encheu o bule com água e colocou para ferver. — Ui, a cozinha está gelada! — Nicky apareceu logo depois. — Sim, na sala está bem melhor, não está? — Elizabeth en¬carou o amigo. — Nicky, sinto muito a respeito da semana pas¬sada. Reconheço que minha voz não estava rendendo nada e as gravações não saíram boas. — Ora, todo mundo tem suas fases ruins — Nicky sorriu, aproximando-se. Sempre existira uma certa atração entre os dois, entretanto, suas personalidades não combinavam. Nicky não se dispunha a manter relações permanentes. e esta era a única forma de se relacionar que Elizabeth concebia. — Não se preo¬cupe, Beth, não há pressa. Só pretendo mostrar estas fitas para alguma gravadora daqui a uns quatro meses. — E você vai ajudar nas gravações. ou pretende ficar só observando? — Elizabeth perguntou, enquanto lavava as xícaras. — Ora, vou ficar só observando, claro! — Nicky sentou numa cadeira, esticando as pernas e cruzando os braços. — Beth, que¬ria lhe falar a respeito de uma coisa. — Fale. — ela o olhou, curiosa. — Você estará ocupada amanhã à noite? Gostaria de levá-la a uma festa. uma festa grande, com muita gente importante e influente. — Alguém que eu conheça? — Talvez já tenha ouvido falar nele. A festa será na mansão de Mark Blackthorne. Elizabeth deixou cair a colher que segurava. Nicky inclinou-se para pegá-la, sem imaginar o motivo do pequeno ...

incidente, e devolveu-a. — É inacreditável que nunca tenha ouvido falar nele — o rapaz continuou. — Mas espero que ele simpatize com você quando o conhecer pessoalmente, pois Blackthorne pode conse¬guir praticamente qualquer coisa que precisarmos. De novo ela teve a sensação de que já conhecia aquele nome de algum lugar. Depois do que acontecera na estrada, agora era convidada para uma festa na casa de seu perseguidor. Coinci¬dência? Não, eram fatos demais para ser coincidência. Black-thorne a seguira desde Londres, tinha absoluta certeza. O carro em que viera não tinha potência para andar mais depressa e a limusine a teria ultrapassado num instante. Assim mesmo acom¬panhou seu passo de tartaruga durante a viagem inteira. e além disso, o motorista sabia seu nome. — Beth? — Nicky chamou, preocupado. — Você está bem? Ficou pálida de repente. — Estou bem, Nicky, só surpresa. Conheci Blackthorne na es¬trada ainda há pouco. Foi ele quem parou para me ajudar. — É mesmo?! E ele disse quem era? — Sim, disse, mas. Nicky, acho que ele estava me seguin¬do desde Londres. — Ora, Elizabeth — o amigo sorriu, incrédulo. — Estamos falando de Mark Blackthorne. Ele não é o tipo de homem que anda por aí seguindo garotas. — Mas é verdade, Nicky. Ele surgiu atrás de meu carro assim que saí do apartamento. Era fácil identificar, pois se tratava de uma limusine. Quando acabou minha gasolina, ele parou logo atrás e agiu de forma natural, mas eu senti que havia algo muito estranho naquilo tudo. — Querida, escute uma coisa: Mark Blackthorne costuma arrumar suas namoradas entre modelos famosas e estrelas de cinema. Não quero ofendê-la, Beth, mas. — Sim, eu sei — Elizabeth sorriu, mas estava mais confusa que nunca. De fato, o que as aparências indicavam era algo que não tinha sentido. — Não consigo compreender, Nicky, mas sei que há alguma coisa estranha. — Espero que isto não a impeça de ir à festa. É uma ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: