Livro: Morgan Página 2

... rrista, sem intenção de tomar juízo tão cedo. E por que deveria quando metade da população feminina do município de Buckhorn, Kentucky, ficaria desolada se tal coisa acontecesse? As mulheres o haviam corrompido, e ele as deleitava. Gabe simplesmente amava mulheres, jovens, velhas, doces ou atrevidas. E elas também o amavam. Casey, o filho de Sawyer, era um tagarela. Estava na desajeitada fase dos 16 anos, meio homem, meio criança, fascinado por mulheres e carros e louco para conquistar sua independência. Casey, bem como todos os irmãos de seu pai, ficara emocionado quando Sawyer decidiu se casar novamente, acrescentando uma mulher àquela mistura masculina. A adaptação para Honey Malone fora surpreendentemente suave. Morgan sorriu. Diabos, ele gostava de Honey. Principalmente porque a mulher conquistara o irmão dele com um único olhar. Sawyer lutara contra isso, sem obter êxito. Ficara completamente apaixonado por Honey desde o primeiro dia. E quando Casey deixou claro que também gostava dela, bem, foi tudo que ele precisou ouvir. Sawyer faria qualquer coisa por aquele menino, era maravilhoso Casey gostar de Honey do modo como gostava. Morgan queria ter um filho igual a Casey um dia, isso se conhecesse uma mulher com quem desejasse se casar. Aos 34 anos, achava que já havia esperado o bastante. Sua casa estava quase pronta, e tinha certeza de que estava preparado agora, a despeito da opinião dos irmãos. Tinha um trabalho honrado e bastante dinheiro guardado. Estava na hora de tocar a vida para a frente, seus dias de farra haviam acabado. Um pássaro pousou na varanda, próximo ao pé descalço de Morgan apoiado sobre a grade. Ele abriu um olho, assobiou de modo suave para a ave e, então, observou-a voar novamente. Era óbvio que a ave não sabia que ele era humano ou, então, pensou que ele estava morto. Com um sorriso nos lábios, fechou os olhos mais uma vez. Ele era assim, embora, às vezes, isso irritasse as pessoas. Para Morgan, era tud ...

uma questão de controle, assumir o rumo da sua vida e ver as coisas entrarem nos eixos. Tinha o futuro traçado e nem por um momento duvidava de que as coisas sairiam da maneira como ele planejara. Controlava a si mesmo, controlava o próprio futuro. E, sempre que possível, também controlava as pessoas ao seu redor. O homem roncava quando Misty parou em frente à enorme e impressionante casa de madeira. A construção parecia não ter fim, estendendo-se sobre uma terra inacreditavelmente bela. No caminho, ao se aproximar, vira um lago cercado por flores do campo coloridas, um enorme celeiro e várias dependências menores. A distância, assentada sobre uma pequena elevação, havia outra casa. Mas, fora isso, a propriedade era bem isolada. Honey havia lhe falado um pouco sobre o lugar, contara mais sobre o seu casamento. Sawyer, o futuro marido, estava com pressa, e o casamento se realizaria dentro de três semanas. Misty tivera poucos dias para juntar os pertences e se unir à irmã para lhe oferecer um pouco de ajuda de última hora. O momento não poderia ter sido mais oportuno, e Misty elevara uma oração silenciosa de gratidão ao céu por ter um lugar para ficar por um pequeno período. Caso contrário, teria ficado na rua. Honey a advertira de que o nível de testosterona, seria suficiente para sufocar uma mulher delicada, mas ainda assim Misty não estava preparada para a visão daquele homem rústico e moreno sentado na varanda. Ele usava calça jeans justa e surrada, com o cós aberto, e nada mais. Ela engoliu em seco ao ver os músculos do abdome liso com alguns pelos escuros. Além de ser maciçamente constituído por camadas de músculos sólidos, ele era deslumbrante. Não que isso importasse para Misty, que já havia se machucado duas vezes. Excluíra os homens da sua vida e assim continuaria sendo. Mas isso não significava que não podia olhar. E apreciar o que via. Aproximou-se devagar, desejando saber exatamente como despertá-lo ...

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