Livro: Ao Alcance do Coração Página 3

... tentes do que ele com a situação. Mas Brian não via uma saída sem que os três acabassem parecendo frouxos. — Quem perder abre mão de sua parte. — E, caso todos vocês percam — Liam acrescentou alegremente —, minha igreja ganha o dinheiro para um novo telhado. — Nós não vamos perder — Brian garantiu. Não que estivesse ansioso pelo breve período de celibato, contudo, agora que entrara na competição, entrara para vencer. Reillys não eram bons perdedores. —Fico feliz em saber — Liam disse. — Nesse caso, não se importarão com algumas penalidades. — Que penalidades? Brian fitou com preocupação os irmãos. Liam sorriu. — Já vem planejando isso há algum tempo, não é? — Connor inquiriu. — Digamos que já pensei um pouco no assunto. — Pensou um bocado pelo visto — Aidan retrucou. Liam assentiu. — Não se esqueça de que a igreja precisa mesmo de um telhado novo. — Ã-hã. — Brian o fitou. — Mas além do telhado, você ainda tem a chance de nos torturar um pouco, não é? — Ei — Liam exclamou, com um sorriso maroto. — Sou o mais velho. — Faz parte do meu trabalho. — E você sempre foi bom nele — Connor murmurou. — Obrigado. — Agora vamos às penalidades. — E, a propó¬sito, eu me orgulho muito de isso ter me ocorrido. — Lembram do ano passado, quando o capitão Gallagher perdeu aquela rodada de golfe para Aidan? Aidan sorriu ante a lembrança, mas o cérebro de Brian foi mais rápido, dando-se conta de aonde Liam queria chegar. — De jeito nenhum. — Ah, sim. — Gallagher ficou tão bem com aquela fan¬tasia. — Acho que também seria perfeita para vocês. — Os perdedores terão de usar sutiãs de casca de coco e saias de hula-hula enquanto passeiam pela base em um con¬versível. — Logo a seguir, Liam acrescentou: — Em dia de desfile. O único dia do ano em que todos os oficiais de alta patente e as famílias estavam na base para as cerimônias. Ah, sim. A humilha� ...

ão seria completa. Aidan e Connor começaram a discutir, na mesma, hora, porém Brian apenas ficou olhando para Liam. Quando os outros dois se acalmaram, ele disse: — Muito bem, meu irmão, e o que está em jogo para você? — Não estou vendo você arriscar nada. — Ah, estou arriscando aquele telhado novo. — Meus dois mil e quinhentos também estão em jogo nessa. — Se um de vocês agüentarem os três meses inteiros fica com todo o dinheiro. — Se vocês três desistirem, o que eu des¬confio que vá acontecer, a igreja fica com tudo, e o telha¬do é meu. — Nosso. — Da igreja — ele completou, franzindo a testa. — E como você vai saber que duramos ou não os três meses? —Aceitarei a palavra de vocês. — Liam sorriu. — Vo¬cês são Reillys. — Nós nunca mentimos. — Pelo menos, nunca um para o outro. Brian olhou para "os seus reflexos". Cada um deles assentiu hesitantemente. Depois, ele voltou-se para Liam. — Fechado. — Quando é que o desafio começa? — Esta noite. — Ei, eu vou sair com Deb Hannigan hoje à noite — Connor queixou-se. — Estou certo de que ela adorará quando você se por¬tar como um cavalheiro — Liam retrucou, sorrindo. — Isso vai ser uma droga — Aidan comentou. Brian concordou em silêncio. Depois, fitou cada um dos irmãos, perguntando-se quem seria o último de pé. Tinha toda a intenção de que fosse ele. TINA CORETTI Reilly estacionou o carro alugado diante da casa da avó, abriu a porta e desceu para o ar quente e aba¬fado de um dia de verão da Carolina do Sul. Na mesma hora, sentiu como se houvesse sido acertada com um cobertor elétrico molhado. Mesmo em junho, o ar era espesso e carregado, é ela sabia que, antes do fim de agosto, todo mundo na cidade estaria rezando por um clima mais fresco. A pequena Baywater, na Carolina do Sul, era pouco mais do que uma marca na estrada nos arredores de Beaufort, com suas ruas residenciais ladeadas por antigos car-valhos, pinheiro ...

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