Livro: Aperte-me em seus braços
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... Winter of Change Betty Neels Bianca no. 56 Você é feia. Inteligente, simpática, mas, infelizmente. é feia, diziam os amigos para Mary Jane. Ela até achava graça nestes comentários, sabendo que não é preciso ser linda para encontrar a felicidade. Mas quando Mary Jane descobriu que a felicidade de sua vida dependia da opinião de Fabian Van Der Blocq, seu autoritário e charmoso tutor, a garota entrou em pânico. Para cúmulo, Fabian a proibiu de se casar com um primo canadense, dizendo-lhe que o rapaz era um caçador de dotes! Fabian teria razão? Mary Jane estava predestinada a não conhecer o amor só por não ser linda como uma estrela de cinema? Digitalizado e revisado por: ☺ Nξlm∆ ☺ CAPITULO I A enfermeira Thompson caminhou pelo corredor da enfermaria feminina cumprimentando as pacientes, enquanto seu olhar penetrante, por trás dos óculos de aros finos, examinava tudo por ali. Estava pronta para notar qualquer erro e exigia perfeição em toda a enfermaria, desde a colocação das garrafas de água sobre as mesinhas de cabeceira até a posição das colchas das pacientes. As enfermeiras que trabalhavam com ela a detestavam profundamente e já tinham se acostumado a desaparecer quando a viam. Mas Mary Jane, uma enfermeira nomeada recentemente para aquela enfermaria, não conseguiu fazer isso. Viu que a sua superiora caminhava implacavelmente em sua direção e continuou fazendo o curativo no dedo da srta. Blake. Não conseguira terminar antes da chegada da enfermeira Thompson, porque a srta. Blake era muito velha e trêmula e sua mão não ficava quieta nem por um minuto. Mary Jane viu que as outras enfermeiras desapareciam no banheiro e no vestiário e imaginou quanto tempo demoraria para serem descobertas. Rezou para que conseguisse agüentar a fúria da enfermeira Thompson sozinha. Terminou o curativo e deu um alegre bom-dia à superiora, mas só recebeu como resposta uma reprimenda: — Enfermeira ...

ettigrew, está nesta enfermaria há duas semanas e me parece incapaz de manter este local arrumado. Ali há três travesseiros. a srta. Trump está com o cobertor dobrado e a água da Sra. Pratt está no lugar errado. Mary Jane enfiou a tesoura no bolso, pegou a bandeja com o material e respondeu calmamente: — A Sra. Pratt não conseguirá pegar a água se não a colocarmos naquela posição, enfermeira. A srta. Trump estava com frio, e por isso eu dobrei o cobertor. Será que posso tomar um café? A enfermeira Thompson olhou-a, irritada. — Sim. mas tem que voltar antes do turno do professor Gripps. — Ela se virou e saiu da enfermaria, entrando em sua sala. Mas voltou alguns minutos depois, para informar a Mary Jane que devia se apresentar no escritório da enfermeira-chefe imediatamente recomendando: — Sugiro que tome o seu café no caminho, porque senão chegará atrasada. Aquilo significava que: ou a entrevista era de apenas duas palavras ou não daria tempo de tomar nenhum café. Mary Jane correu para o vestiário. Não importava o que a enfermeira Thompson dissera, mas iria se arrumar. O espaço ali era pequeno, apenas uma penteadeira e um espelho. Ela era forçada a ficar na ponta dos pés, pois era baixinha, tinha ossos delicados e uma cintura fina. Olhou sua imagem refletida no espelho e suspirou, depois tirou a touca e penteou os cabelos cor de mel, que usava puxados para trás e presos num coque em estilo antigo, bem no alto da cabeça. Tinha o rosto simpático, mas não era bonita. Apenas os olhos grandes e escuros se salientavam, a boca era ampla e os dentes, apesar de ótimos, eram um pouquinho salientes. Colocou a touca novamente, arrumou o uniforme e dirigiu-se para o escritório. Passou por uma série de corredores escuros, pois aquele hospital era muito antigo e tinha sido reformado várias vezes, recebendo novas alas, ligadas às antigas através de passagens estreitas e escadarias. Mas Mary Jane conhecia todas, já que trabalhava ...

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