Livro: A Retirada da Laguna
Autor - Fonte: Visconde de Taunay
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, Visconde de Taunay
Episódio da Guerra do Paraguai
É que poucas tropas – com tamanha intrepidez e espírito de abnegação patriótica – sofreram o
que suportaram os nossos soldados da Constância e do Valor.
A esta edição anexei três documentos honrosíssimos para o autor da Retirada da Laguna e sua
obra (ver pág. 12). É o primeiro a carta pela qual Caxias lhe agradece a oferta de um exemplar da
Retirada, manifestando-lhe o seu louvor ao livro e o apreço em que tinha o seu autor.
Assim, mais uma vez e mais largamente se divulga uma das vozes mais antigas de aplauso que
a narrativa xenofôntica mereceu. De que prestígio se reveste este depoimento! Partiu do grande e
invicto cabo-de-guerra, expressamente ao ofertante do livro quanto o seu relato vinha robustecer-lhe
a convicção, de que as forças empenhadas na campanha de Mato Grosso e na Retirada da Laguna,
parte do exército de que era generalíssimo, “cumprira sempre seu dever, sustentando sempre a
gloria das Armas Brasileiras”.
Assim de início teve a épica narrativa da campanha de maio de 1867 a consagração do aplauso
do magno Pacificador, gênio tutelar da nossa unidade nacional, broquel do Brasil agredido
exteriormente e ínclito patrono do Exército Brasileiro.
O segundo dos documentos veio a ser a mensagem por Taunay merecida de seus irmãos de
armas, quando em 1885 e em virtude de circusntâncias políticas incômodas, se não desagradáveis
de sua carreira de homem público e parlamentar, deixou o serviço do Exército.
Mais honrosas palavras de despedida seria impossível redigir do que as que encerraram esta
manifestação subscrita por centenas de oficiais-generais, oficiais superiores e outros menos
graduados, de toda a hierarquia militar da época, partindo de um marechal de exército e ajudantegeneral
do exército aos simples alferes e cadetes.
Constituem estes apelidos um rol do mais alto significado. Nele surgem muitos dos mais
glorioso nomes de se
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vidores do Brasil, já então, aureolados pela reputação de seus feitos, e outros
ainda no início de suas grandes carreiras.
O último dos três documentos refere-se à manifestação que várias centenas de oficiaisgenerais,
superiores e outros pertencentes à guarnição do Rio de Janeiro, fizeram ao então major
Taunay em testemunho de gratidão da classe à sua atuação de parlamentar, como membro que fora
da Câmara dos Deputados em duas legislaturas. À sua iniciativa devia haverem-se incorporado à
legislação do país medidas de alta benemerência como fossem: a imprescritibilidade dos direitos
das viúvas dos militares ao meio soldo, o reajustamento das tabelas de soldos e etapas, a contagem
em dobro do tempo de serviço em campanha, entre outras medidas de menor alcance.
Ofereceram-lhe os manifestantes, encabeçados por um dos mais ilustres e prestigiosos oficias
daquele tempo, o heróico Antonio Tibúrcio Ferreira Sousa, magnífico retrato a óleo, de tamanho
natural.
Em todo o Brasil provocou a passagem do primeiro centenário natalício do autor de Retirada
da Laguna, a ocorrência de consideráveis demonstrações de apreço à memória do soldado escritor.
Partiram as primeiras do Exercito Nacional. Por intermedio de generosa ordem do dia,
determinou o então Ministro da Guerra, General Eurico Gaspar Dutra, que todas as guarnições do
pais festivamente celebrassem a efemérides de 22 de fevereiro de 1943 em altamente significativas
cerimonias. Em largos artigos recordou a Imprensa Brasileira o que fora a vida e era a obra do
militar, do escritor, do parlamentar, do nacionalista apaixonado, do administrador. E vários dos seus
mais prestigiosos órgãos a tal fim consagraram largas colunas e paginas de suas edições como
sobretudo o fizeram o “Jornal do Comercio” e “O Estado de São Paulo”.
Magníficas cerimonias votivas realizaram-se no Rio de Janeiro, por parte do Exercito, do
Instituto Histórico Brasileiro, da ...
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