Livro: Amor Aventureiro Página 3

... —, arranjarei outro alguém que resolva o assunto. — Bem, há uma cadeia, mas eu não recomendaria. Ela se levantou. — Ótimo! Eu sabia que acabaria pensando em algo. Vamos até lá imediatamente. Quero acertar tudo o quan¬to antes para que eu possa prosseguir viagem. — Em vez disso, por que não me deixa ir até lá para ver o que posso fazer? Volto logo para informá-la. Imagino que prefira descansar após a longa jornada que fez. — Permita-me lembrá-lo que já cheguei há dois dias. Além do mais, poderei descansar depois que morrer. — Beth abriu-lhe um sorriso radiante. — Podemos ir? — S-Sim, claro, mas duvido de que tenhamos sucesso imediato em nossa busca. Porém, com o tempo devido, tenho certeza que posso encontrar o tipo de homem que está procurando. — Bem, não saberemos até tentarmos. Vamos indo? Ainda relutante, o cavalheiro acabou assentindo. Ten¬tara dissuadir a sra. Alexander de ir até a cadeia. Agora, só lhe restava esperar que Wagner tivesse tido tempo o bastante para chegar do Texas e estar lá. Enquanto des¬ciam as escadarias do hotel, pensou em como a adorável sra. Alexander ficaria chocada caso descobrisse que es¬tava prestes a ser usada pelo governo para localizar um bando inteiro de foras-da-lei. Quando entraram em sua carruagem, ele conteve uma risada. E a viúva não ficaria realmente possessa se soubesse que ele não era o verda¬deiro John Smyth? Estava ali apenas para fazer todos os acertos necessários. Quando John abriu a porta da frente da cadeia, indi¬cando a Beth que entrasse, o ajudante de xerife levan¬tou-se logo da mesa lascada, perplexo em ver dama tão bem vestida ali. — Oh. dona, acho que. veio ao lugar errado. Aqui é a cadeia. — Obviamente — declarou Beth. — A Sra. Alexander está querendo contratar um fora-da-lei — explicou John. O ajudante Carson arregalou os olhos, incrédulo. — Ora, quem já ouviu falar numa coisa assim? Além do mais, tudo que temos são alguns home ...

s dormindo nas celas depois da bebedeira. — A sra. Alexander está disposta a lhe pagar uma boa soma pelo fora-da-lei certo. — John piscou-lhe um olho, tentando indicar que o ajudante de xerife poderia sair lucrando com o negócio. — É claro que ele tem que ser bom no que faz — acrescentou Beth. Carson começava a compreender a mensagem de John. \' — Por acaso, temos alguém assim aqui mesmo. — Certamente não teria escrúpulos em ganhar algum di¬nheiro a custa de um bêbado, pensou. — E ele deve saber atirar bem e conversar com índios — explicou John. O único problema com todo aquele ar¬ranjo era que o ajudante de xerife não estava a par da missão, ponderou. Ordens expressas haviam sido dadas para que ninguém soubesse sobre o que estava realmente acontecendo. Aliás, nem ele próprio conhecia todos os fatos. — Oh, esse homem sabe — assegurou Carson. — Ora, ele até assaltou uns dois ou três bancos. — Lançou um olhar para John para se certificar de que inventava as coisas certas. Que quantia essa mulher estaria disposta a pagar? John assentiu, encorajando-o. — Há até uma recompensa sendo pedida por ele — improvisou o ajudante de xerife. Sem saber que de fato havia uma e bem maior do que imaginaria. De qualquer modo, John ponderou, satisfeito, que ele estava sendo manipulado conforme o necessário e não representaria um obstáculo. — E de quanto? — indagou Beth. — Uns. Quinhentos dólares? — Oh, maravilhoso! — exclamou ela. — Eu pago. Fico com esse. — Virou-se para John. — Viu como foi fácil? Carson mal podia crer em sua sorte. Devia se sentir culpado por estar tirando vantagem da bela dama, mas procurou não pensar a respeito. De qualquer maneira, planejara mesmo soltar o bêbado depois que os prejuí¬zos do saloon fossem pagos. E, afinal, ninguém saberia. O próprio xerife estava ausente da cidade por umas semanas. — Ah, a propósito, ele também deve dinheiro por ter destruído o Saloon ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: