Livro: Casamento de confiança Página 3

... se de ombros. -Já vejo. Bem, pois tem que tomar a rua Wharf e subir a colina. Não tem perda. Um castelo de verdade! Hannah não podia dar crédito a seus olhos quando chegou ali quinze minutos mais tarde. Tinha pensado que o nome, King\'s Castle, era sozinho um nome rimbombante, mas ali estava, ante seus olhos, um edifício impressionante com seu torreão, muito medieval, embora a elegante colunata frente à residência bem podia ter sido levada de Roma. Era realmente magnífica, e o marco no que estava ereta, frente às costas do North Queensland, certamente sublime, mas também era bastante imponente. A Hannah picou imediatamente a curiosidade. Que classe de pessoas viveriam ali? Para poder mantê-la tão cuidada, disse-se passeando a vista pela vasta extensão de grama na aparência recém talhada e os exuberantes jardins tropicais, deviam, ser imensamente ricos. E certamente a casa também contaria com uma história interessante. Talvez poderia conseguir que a senhora King lhe falasse um pouco dela. Às pessoas gostava de falar de si mesmo, e quanto menos se centrassem em seu curriculum, melhor, pensou Hannah. Surpreendeu-lhe ver uma mulher anciã sentada na colunata. Parecia muito relaxada, sentada em uma mesa frente a uma elaborada fonte de pedra. junto a ela havia um carrinho com uma jarra de suco, outra com água, um prato de bolachas e três copos. À medida que se aproximava dela, Hannah advertiu que a mulher a estava submetendo a um minucioso escrutínio, como não lhe passou por cima tampouco seu ar aristocrático, o vestido de seda negro e o broche de opala que levava no pescoço. Hannah tinha esperado que a senhora King fora uma mulher mais jovem, mas, ao ver aquela mulher, não teve nenhuma dúvida de que devia ser a proprietária da casa e teve a sensação de que, apesar da idade, devia ter ainda a mente muito lúcida. Sentia como se estivesse tomando nota de cada pequeno cacho que invariavelmente escapava da trança que se feito, e da limp ...

za das unhas dos dedos de seus pés, que sobressaíam das sandálias. de repente Hannah recordou seu estômago ao ar e se recriminou por não haver ficado uma saia larga em vez dos jeans. Tratando de reter um mínimo de dignidade apesar de tudo, manteve-se erguida, com a cabeça bem alta, e sorriu à anciã. -Hannah 0\'Neill? -inquiriu a mulher com uma expressão de divertida surpresa no rosto. -Essa sou eu -respondeu Hannah querendo resultar simpática. A mulher assentiu com a cabeça e sorriu. -Eu sou Isabella Valeri King. Um nome comprido, provavelmente indicativo de uma linhagem importante, disse-se Hannah. -Encantada de conhecê-la, senhora King. -Sinta-se, por favor, e tome o que queira -disse a anciã assinalando o carrinho. Hannah se alegrou de poder ocultar seu estômago nu depois da mesa. sentia-se bastante incômoda, como quem, ao chegar a uma festa vestido de trapillo, dá-se conta de que no convite punha «roupa de etiqueta». Claro que tampouco esperava encontrar-se a uma mulher vestida como uma condessa em um clima tropical como aquele. serve-se um copo de suco, conseguindo não derramar nenhuma gota a pesar do nervosismo que lhe causava o olhar atento da mulher sobre ela. -A lista de lugares nos que trabalhou é muito impressionante, senhorita 0\'Neill -foi o primeiro comentário-. esteve viajando sozinha pela Austrália? -Bom, não completamente sozinha. Fiz amigos aqui e lá, assim às vezes ia acompanhada. É algo muito de agradecer nas viagens largas. -E também mais seguro para uma mulher solteira, imagino. Ou talvez está você comprometida? -Não -sorriu Hannah encolhendo-se de ombros-, sigo esperando a meu príncipe azul. -Com vistas a casar-se? Aquela indireta tão direta deixou a Hannah aturdida um bom momento. -Hum. Bom, sim, ao fim e ao cabo para isso procuramos todas a um príncipe azul, não é assim? -respondeu. Nunca tinha pensado que o matrimônio não era mais que um convencionalismo de cara à galeria, mas não lhe ...

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