Livro: Casamento de confiança
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... DIA D! Hannah 0\'Neill se desceu da cama do albergue juvenil no que estava alojada, reuniu todos seus objetos de asseio, junto com a roupa e os sapatos que ficaria, e correu às duchas comunitárias. Tinha que oferecer seu melhor aspecto aquela manhã já que tinha uma entrevista para um trabalho que morria por conseguir. Se não a contratavam sempre havia outros empregos dos que jogar mão, e certamente sua situação financeira exigia que encontrasse algo logo, mas certamente não se apresentaria nada como aquilo: chef em um catamarán de luxo que fazia excursões a Grande Barreira de Coral. Só esperava que quem quer que fora a entrevistá-la não tivesse comprovado cada detalhe do compartimento de «experiência prévia» de seu brilhante curriculum. Tampouco era que tivesse mentido nele. Crave-os de cozinha ajudavam às vezes aos chefs, assim, em certo sentido, podia dizer-se que tinha sido «ajudante de chef». E, por outra parte, uma loja de comida rápida em que se vendia pescado frito com batatas bem podia considerar uma marisquería. Bom, mais ou menos. Que importância tinha isso realmente? Quão único precisava era uma oportunidade para poder demonstrar o que valia. Além disso, por sorte, Hannah era uma dessas pessoas capazes de convencer às pessoas de que podia fazer algo. Não tinha que fazer nada especial, solo mostrar-se tal e como era: ativa, disposta, segura de si mesmo, extrovertida, tolerante, alegre e flexível. Essas mesmas qualidades a tinham ajudado a encontrar trabalho cada vez que seu bolso começava a esvaziar-se nos dois últimos anos, que tinha passado viajando ao longo e largo do território australiano. Solo ficava por explorar Este costa. Tinha ido do Top End até o Cooktown, seguindo depois para o sul, cruzando Bloomfield Track, até chegar a Cape Tribulation. Sua seguinte parada sena no Port Douglas, onde tinha intenção de permanecer durante a temporada alta, de maio a novembro, se conseguia um trabalho ali. Aquele trabalho, ...

se tinha sorte. Enquanto tomava banho e se lavava o cabelo, Hannah se deleitou recordando os maravilhosos dias que tinha passado em Cape Tribulation, fazendo senderismo pela incrível selva Daintree, tão antiga como as planícies do Kimberley, e a praia do Myall, uma das mais formosas do mundo, com sua fina areia branca e águas de cor turquesa. Dava-lhe pena ter que partir, mas não podia viver do ar. Além disso, sem dúvida, Port Douglas e a Grande Barreira seriam uma fantástica nova aventura. Claro que também era hora de voltar a contatar com sua família para lhes fazer saber que seguia com vida. Não era que fossem gente que se preocupasse muito, já que os 0\'Neill eram muito independentes, mas sempre era agradável conversar com eles e ficar ao dia sobre as fofocas dos parentes. Sobre tudo, seria interessante averiguar se o infiel Flynn seguia felizmente casado com seu ex-melhor amiga, por quem tinha deixado a Hannah atirada no altar. Já tinham acontecido dois anos, assim que o período de lua de mel certamente haveria meio doido a seu fim, pensou Hannah com malevolência. Aquilo de «esquecer e seguir adiante» era mais fácil de dizer que de fazer. Certamente ela tinha seguido adiante, ou mas bem se foi longe e mais longe, e mais longe ainda, mas seguia sem poder perdoá-lo. Entretanto, não era um dia para lembranças amargas, disse-se, era um dia para olhar para diante, e isso era o que ia fazer. O passado já se partiu, não podia eliminar o borrão que Jodie e Flynn tinham deixado no livro de sua vida, mas tinha desfrutado de um bom número de dias ensolarados e brilhantes após. E, se conseguia esse trabalho no catamarán Duquesa, sentiria-se não já como uma duquesa, mas sim como uma rainha. Depois de sair da ducha, embainhou-se uns jeans, e ficou um Top de ponto sem mangas, com franjas horizontais de várias cores, que deixava ao descoberto o estômago, e ressaltava o atrativo moreno que tinha adquirido e o verde de seus olhos. Sempre l ...

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