Livro: Vingança Passional Página 2

... vira, com o dorso nu, a água escorrendo sobre o peito musculoso enquanto ele saía da piscina. A risada sexy enquanto ele a erguia e a rebocava até o quarto. E então ele passou a noite mostrando a ela o quão maravilhoso realmente era. — Você só precisa escutar, corazón. Algo no tom dele silenciou o protesto dela automaticamente. Ela pegou a taça de vinho esquecida e bebeu um gole resoluto. — Estou esperando por você em Madrid dentro de 24 horas. Durante o vôo, pense em como me convencer a mantê-la na banca de diretores da Layton International. Ela foi tomada pelo choque. O coração ameaçou sair do peito. — Você está tentando roubar minha empresa? — Você tomou decisões erradas, Rebecca. Basta parar com elas. — A voz dele era puro gelo. Rebecca passou uma das mãos nos cabelos enquanto um suor frio lhe tomava a pele. Oh, Deus. Não foi ela quem tomou as decisões erradas. Mas o que isso importava agora? O pai pensara estar fazendo a coisa certa. Eles decaíram bastante naqueles cinco anos, desde a última vez em que vira Alejandro. A partir daí, ela fora a única ciente dos negócios do hotel, a única detentora do poder de uma empresa multimilionária. Como tudo mudara tão drasticamente? Ainda havia tempo. Não muito, mas algum tempo. Ela podia reverter a situação, podia detê-lo. Ela iria detê-lo, caso contrário não seria uma Layton genuína. Rebecca se forçou a soar calma, controlada, apesar de seu estado ser totalmente o oposto daquilo. — Ainda não acabou. Você está contando com os ovos antes de a galinha botá-los. — Contando os ovos.? — A risada dele a fez vibrar. —Ah, um dos ditados típicos do seu país. — Ela o ouviu falar com alguém em espanhol. — É um acordo fechado, Rebecca. A Layton International pertence à Ramirez Enterprises. Ela sentiu a frieza das palavras dele como se alguém a tivesse pego e a empurrado para o Ártico. Era uma sensação esquisita, totalmente desemparelhada com a lem ...

rança do calor que ele uma vez já incitara. — Não acredito em você. — Então fique no Havaí enquanto contrato um novo diretor-executivo. Ou venha aconselhar a banca a lidar com minha nova aquisição. A escolha é sua. Ele sabia que ela estava no Havaí? Será que também sabia sobre o acordo que ela acabara de fechar para adquirir uma cadeia de resorts na ilha? O acordo que teria salvado tudo em apenas poucos meses. Rebecca afundou em uma cadeira de palha, já que as pernas se recusavam a ficar mais um minuto de pé. A segurança na voz dele era inegável. Ela sabia por experiência própria o quão determinado Alejandro podia ser quando desejava alguma coisa. Ele não descansava até vencer, até impor sua vontade e conseguir exatamente o que queria. Se ele estava telefonando para ela agora, estava muito certo de que tinha o controle. De cabo a rabo, o pai dela teria dito. Jackson Layton provavelmente estava se revirando no túmulo naquele instante. Ele nunca gostou de Alejandro, e ficaria em frangalhos se soubesse que a empresa que construiu caíra nas mãos do inimigo. E tudo porque a filha não se dera conta do que acontecia. — Acho que te odeio — ela disse delicadamente. — Então estamos quites. — E desligou. Rebecca recostou entorpecida contra o banco de couro macio da Mercedes que a pegou no Aeroporto Internacional Madrid Barajas. Ela encarou o cenário com a visão turva enquanto o carro a levava pela Gran Via. Ele disse que a odiava. Aquilo não deveria surpreendê-la, mas de algum modo, surpreendeu. Cinco longos anos. Ela não o vira durante todo aquele tempo, pelo menos, não fora dos vislumbres na televisão ou das páginas de revistas. Durante um mês ele fora tudo para ela. Ele estivera ali enquanto ela acordava, enquanto dormia, enquanto nadava, fazia compras ou comia. Ele riu e fez amor com ela, e a fez pensar ser a mulher mais especial do mundo. E agora? Só Deus sabe o que estava acontecendo. Ele estava rude e tom ...

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