Livro: A Rosa de Seda
Autor - Fonte: Terri McGraw
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Terri McGraw
“The Eyes Of A Stranger”
PROJETO REVISORAS
Este livro faz parte de um projeto sem fins lucrativos. Sua distribuição é livre e sua comercialização estritamente proibida. Cultura: um bem universal.
Digitalização: Simoninha
Revisão: Bru Herrera
CAPÍTULO I
O potro esforçava-se na tentativa de se levantar, mas tudo o que conseguia era cair sobre as pernas compridas e cambaleantes. A égua relinchou, como que para encorajar sua cria, e cutucou-a com o focinho.
Respondendo com uma espécie de grunhido, o cavalinho recém-nascido fez outra valente tentativa para ficar de pé. Dessa vez, porém, obteve êxito. Aproximou-se então da mãe, com passos ainda trôpegos, para sua primeira mamada.
Recostado à porta da baia, Guy Ryan observava emocionado os movimentos do pequeno animal quando sentiu a mão da filha pousar em seu braço.
— Não é um belo animal, Destiny? — ele perguntou.
— Sim, é — ela concordou, embora o futuro garanhão não se diferenciasse em nada dos muitos outros recém-nascidos que vira na vida. — Como vai chamá-lo? — ela perguntou com entusiasmo, procurando partilhar a felicidade do pai.
— Não sei ainda. — Ele voltou o olhar para o animal de reluzente pêlo castanho. — Precisarei de um dia ou dois para encontrar um nome à altura dele. Tenho de pensar em algo especial.
— Conheço como ninguém a sua sensibilidade para arrumar nomes especiais, papai! — O tom era jocoso, pois ela aludia ao fato de ter sido batizada como Destiny. A maioria dos pro¬prietários de puros-sangues costumava escolher nomes extrava¬gantes para os animais, mas ela duvidava que estendessem o hábito aos filhos, como fizera seu pai.
Depois de pensar numa variedade de apelidos durante a adolescência, época em que o nome incomum mais a havia aborrecido, acabara optando por Tiny.
— Destiny é um belo nome — o pai retrucou e sorriu ao voltar a atenção ao mais novo habitante do haras.
“Que sonh
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dor!”, Tiny pensou, tolerante e carinhosa. Com vinte anos de idade, ela tivera tempo suficiente para conhecer o idealismo do pai. Guy Ryan se dedicava à criação de puros-sangues há quarenta anos e sempre sonhara em obter o máximo com a criação de cavalos de corrida: um vencedor nato e legendário. Ele havia passado por bons e maus momentos empenhando-se na concretização do grande ideal de sua vida e, embora não o tivesse conseguido até então, a esperança con¬tinuava viva. E Tiny sabia que nunca morreria.
Freqüentemente achava que não havia herdado nada do pai além dos cabelos castanho-claros e dos olhos amendoados, pois considerava a criação de puros-sangues apenas um grande hobby, que às vezes dava dinheiro. Jamais se adaptaria a um negócio sujeito aos caprichos da natureza!
— Venha, papai — ela chamou com certa impaciência, puxando-o pela manga da camisa. — Vamos para casa. Estou morrendo de frio.
Guy assentiu com a cabeça, mas continuou olhando para a égua e seu potrinho.
— Papai! — insistiu, puxando-o com mais força.
— Está bem, está bem! — Guy passou o braço pelos ombros da filha e acompanhou-a para fora do estábulo na noite fria de março.
Haviam andado apenas alguns metros quando um violento acesso de tosse acometeu Guy, assustando Tiny.
— Papai! — Ela se alarmou, sem saber o que fazer para ajudá-lo. — Papai, você está bem?
Guy assentiu com a cabeça, e aos poucos a tosse se dissipou. Em meio à escuridão, Tiny não notou a palidez no rosto dele nem a dor em seu olhar.
— Papai, o que houve?
— Nada! Tive um resfriado há umas duas semanas e não me livro da maldita tosse, só isso — ele tentava acalmá-la, com a voz ainda ofegante.
A explicação não conseguiu convencer Tiny, que insistiu no assunto.
— Parece mais sério que o resquício de uma gripe, papai. Talvez deva consultar o Dr. Fielding.
— Ah! Aquele charlatão?! — Guy brincou.
Ted Fielding era um de seus melhores amigos ...
Comentários:
Rosângela: Muito bobinha essa hitsória. Estilo Bianca. Sou mais estilo "harlequim" ou "momentos íntimos", coisas mais "adultas, picantes". Deu para passar a tarde. (10/11/2022).
Mary Santos : Gostei muito bom .
Thalia guadalupe: Muito bom o livro.
jo: gostei....
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