Livro: A morada da felicidade Página 4

... ue Joanna mantinha neste meio tempo. A prima tinha horror das "fofocas" e Joanna não podia negar que algumas das aventuras dos seus conhecidos foram amplamente comentadas nas colunas de alguns jornais sensacionalistas, enquanto ela estava habituada a ver seu nome aparecer nas páginas sociais das revistas sérias. Além de tudo isso, havia as discussões freqüentes com o pai, que classificava todos os seus amigos como um "bando de boêmios de cabelos compridos". No começo, Joanna procurou a companhia de Tony para se queixar das críticas do pai; com o tempo, porém, passou a apreciar sua convivência, e não apenas porque era seu primo ou porque o rapaz estava disponível no momento. Bernard aceitou de bom grado a camaradagem deles e respirou aliviado quando a fi¬lha evitou as amizades anteriores e começou a sair com um rapaz que era um bom partido, na sua opinião. Joanna entrou na saleta minúscula, densa com a fumaça do cachimbo de Paul, e sorriu ao ver os mapas abertos em cima da mesa. — Qual será nossa próxima escala, Marco Pólo? — Pensamos na Córsega, mas primeiro vamos fazer uma escala aqui. — Tony apontou com o dedo um ponto no mapa. — Saracina. É uma ilha bem pequena, mas parece muito interessante e fica apenas a algumas horas daqui. Montanhosa, naturalmente, mas com algumas praias desertas onde podemos tomar banho. — Grande! — exclamou Joanna com alegria. — Nada muito civilizado. Paul levantou-se e se espreguiçou, batendo o cachimbo num cinzeiro de cerâmica. — Vou ver o que Mary está fazendo. Tony acompanhou-o com o olhar, depois voltou-se para Joanna Estendeu as mãos e puxou-a sobre seus joelhos. — É isso que chamo uma retirada estratégica. — Pode ser. Mas acho que Paul não aprecia muito minha presença. — Gostaria que vocês fossem amigos. Paul é um cara fantástico quando a gente o conhece melhor. . . sem falar que vamos ser parentes muito em breve. — Quando ele casar com Mary. Joanna segurou um cach ...

dos cabelos de Tony e enrolou-o nos dedos. - Não me referia a isso. — Abaixou a cabeça dela e beijou-a na boca. Um beijo comprido, mais íntimo que os beijos trocados habitualmente entre os dois. Joanna sentiu prazer na pressão dos lábios e nos movimentos das mãos do rapaz sobre seu corpo seminu. Tony era uma simpatia pensou com indolência notando que lhe permitiu uma liberdade maior depois que saíra de casa. Mas quando os dedos penetraram na parte de cima do biquíni, ela afastou-o imediatamente. — Ah, Jô! — murmurou Tony. — O que foi? — Não foi nada. Você conhece as regras. — De cor e salteado. Como foram ditadas por seu pai. Tony parecia triste e Joanna observou-o com atenção, preocupada. — Você concordou. . . — Claro que sim. Teria concordado com qualquer coisa para sair com você. Agora estamos sozinhos aqui. . . e tudo continua na mesma. A influência do seu pai vai longe. . . — Antipático! — exclamou Joanna, soltando-se das suas mãos e levantando-se. — Desculpe, Jô. Pensei que teríamos mais liberdade longe de casa. - Deu um risinho amargo. — Eu não pretendia desobedecer a seu pai, mas achei que chegaria o momento em que não pensaríamos em mais nada, a não ser em nós. Aliás, sempre sinto isso quando estou com você, mas estou começando a perceber que o desejo não é recíproco. - Você está insinuando que sou fria? — perguntou Joanna com raiva. - Não, de jeito nenhum. Acho que há dentro de você uma mulher apaixonada e vibrante. Só que jamais poderá vir à tona enquanto "você continuar tão dependente assim do seu pai. Eu me pergunto às vezes se o que você precisa não é de um homem dominador, ainda mais que seu pai. Alguém que tio Bernard não teria a coragem de chamar de lado no dia do casamento e pedir para ser delicado com você na primeira noite. Alguém que diria ao velho para não se meter na sua vida. Com os olhos úmidos, Joanna fixou em silêncio os mapas espalhados em cima ...

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