Livro: A promessa da rosa Página 3
Autor - Fonte: Brenda Joyce
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de modo perigoso enquanto fazia um gesto com o dedo para chamá-lo sem perdê-lo de vista.
— Venha aqui, pequeno Stephen — sussurrou.
O aludido não se moveu. O príncipe não só tinha os olhos frágeis, mas também rodeava com seus braços a um menino em atitude muito íntima. Stephen não reconheceu ao desafortunado, que ia vestido com as roupas próprias de um aldeão. Estava claro que não era o filho de nenhum senhor ao que tivessem enviado para ser educado com o rei. Sem poder evitá-lo, sentiu uma quebra de onda de simpatia para o pequeno quando seus olhares se cruzaram.
Seu pai tinha advertido que na corte havia homens que gostavam dos meninos pequenos, e que devia tomar cuidado e se mostrar receoso. Stephen não tinha terminado de entendê-lo de tudo. Tinha visto o desejo refletido em quase todas suas formas embora não o tivesse compreendido. Entretanto, naquele instante, teve um assustador brilho de conhecimento.
Mas sem dúvida devia estar equivocado! Aquele era Rufus, o filho do rei.
De repente, o príncipe se aproximou dele. Parecia ter se esquecido do outro menino.
— Boa noite, Stephen — saudou sorrindo. Quando sorria era bastante atraente apesar de seu cabelo rebelde e ruivo. — Compartilha comigo este vinho. É excepcionalmente bom. Da Borgonha — explicou rodeando com um braço seus pequenos ombros e estreitando-o contra si.
O príncipe é meu amigo, disse-se Stephen quando o coração começou a pulsar com força. Tinha sido amável com ele desde sua chegada em Winchester, mas não gostava da forma em que o estava olhando, nem tampouco as olhadas divertidas e espectadoras de seus amigos e o gesto de alívio do pequeno aldeão. Stephen tinha a impressão de ser o centro de uma brincadeira cruel e perigosa. Sentindo-se apanhado, afastou dos braços que tentavam retê-lo.
— Não, milorde. Obrigado.
Rufus acariciou as costas dele.
— Por que está tão formal esta noite? Vamos, sente-se comigo e me conte por que de re
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ente parece ter medo de mim.
Stephen não queria entender o que estava acontecendo. Mas o entendia. Compreendia muito bem que as intenções do príncipe eram além da amizade.
Permaneceu ali de pé, desconcertado, sem querer pensar o pior, sem querer renunciar a seu único amigo e consciente, entretanto de que estava em perigo, consciente de que devia reagir e fugir. Então, ressonou uma voz jovem e desconhecida para ele.
— Deixe-o em paz, Rufus! Deixe-o!
Stephen observou como um moço que nunca tinha visto abria passo entre os outros. Não parecia muito maior que ele, mas sua voz ressonava com autoridade e astúcia. Embora tivesse as feições menos marcadas e o cabelo menos brilhante, sua semelhança com Rufus era inconfundível. Devia se tratar de Henry, o filho pequeno do rei.
— Quem pediu que interviesse? — Perguntou Rufus com frieza.
O sorriso de Henry foi igualmente frio.
— Acaso é idiota? Pretende abusar do futuro herdeiro de Northumberland? Do homem que no futuro poderia se converter em seu maior aliado?
O coração de Stephen pulsava de medo e de raiva. O interesse que mostrava o príncipe por ele aquela noite não tinha nada a ver com a amizade. Nunca tinha tido nada que ver com a amizade. A traição e a decepção afligiram-no.
— Se arrependerá disto — Gritou Rufus antes de arremeter contra seu irmão, talvez com a intenção de estrangulá-lo. Tinha o rosto vermelho de raiva.
Henry baixou a cabeça e, como se fossem um sozinho, Stephen e ele puseram a correr. Saíram do estábulo a toda pressa e entraram na muralha.
— Por aqui! — Gritou seu protetor, e Stephen seguiu ao jovem príncipe para a torre principal do castelo. Um instante mais tarde estavam a salvo no imenso salão, entre os soldados adormecidos.
Ambos caíram sobre a cama do menino, ofegando e sem fôlego. Para seu horror, Stephen sentiu a premente necessidade de voltar para casa e que os olhos enchiam de lágrimas. As mesmas lágrimas que lutava p ...
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Comentários:
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Soleide: Maravilhosa muito linda .
Dani Ornellas: Perfeito!!!.
tute: Nossa, até tava boa a estória. So que quando Mary vai ao encontro do pai para impedir a guerra fica demonstrado o quanto a mocinha e estupida e idiota. Sem palavra a parte em que ela pede para o marido ir conversar com o pai para desistir da guerra. Aqui a idiotice supera..
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