Livro: Bodas com o inimigo Página 3

... o carro, móveis e bens. Ela ficara apavorada ao descobrir que André havia sido preso, condenado, e esperava o tribunal com a certeza de uma sentença de prisão. Ele não revelara nada em cartas, e-mails ou nos intermitentes contatos telefônicos durante a ausência de Romy. Em vez disso, esperara uma semana após o seu retomo para contar-lhe os tristes fatos. Uma semana na qual Romy tinha alugado um apartamento mobiliado, comprado um carro e assumido seu novo cargo de professora. Como você pôde ser tão descuidado?, foram as palavras dela, seguidas por: No que estava pensando? Todavia, o homem cansado que a encarava parecia muito mais velho do que era, estando física, mental e emocionai mente abalado. Romy entrara em ação, apurando fatos, tentando negociar; contudo, sem sucesso. Isso não era surpreendente, considerando que seu pai devia milhões. no plural. Uma situação terrível, aparentemente sem saída. Exceto uma. um apelo pessoal para Xavier DeVasquez num esforço de último momento. Telefonemas, mensagens deixadas, cada uma mais urgente que a última. Mensagens que a assistente pessoal de Xavier DeVasquez garantira ter passado. Mas nenhuma produzira um retomo. O que deixava duas opções para Romy. e desistir não era uma delas. Três anos ensinando inglês para crianças em áreas desprivilegiadas a transformara na mulher que era hoje. Aos 27 anos, estava longe de ser a romântica tola que costumava acreditar na sinceridade do charme de um homem e vivenciar uma teia de fantasias que não tinha base na realidade. Um homem que ela eslava determinada a confrontar hoje. de um jeito ou de outro. Mesmo se isso significasse recorrer a métodos não convencionais. Afinal, que outra opção possuía? Nenhuma. Então. prepare-se, disse a si mesma enquanto atravessava o saguão e se dirigia aos elevadores. Logo um dos cubículos eletrônicos chegou, e Romy entrou, apertou o botão do andar apropriado, respirando profundamente enquanto era transpo ...

tada para seu destino. O luxo era evidente quando ela saiu do elevador e atravessou o tapete grosso para a recepção, onde uma mulher elegante estava atrás da mesa moderna. Romy forçou um sorriso. — Xavier está me esperando. — Pode me dizer seu nome? — Dedos estavam posicionados acima do teclado do computador, prontos para checar o horário agendado, — Esta é uma visita pessoal. — Eu preciso de seu nome, de modo que possa avisar à assistente do sr. DeVasquez. As palavras eram educadas, porém firmes, e Romy meramente arqueou uma sobrancelha. — E estragar a surpresa? A recepcionista estreitou os lábios. — A Corporação DeVasquez tem um procedimento rígido. Aquilo não levaria a lugar algum, e qualquer acesso lhe seria negado, a menos que ela se identificasse. — Romy Picard. Dedos digitaram as letras relevantes, e Romy viu o momento no qual uma mensagem de retorno apareceu na tela, pois os olhos da recepcionista se arregalaram e as feições assumiram uma expressão fria. — O sr. DeVasquez está indisponível. — Neste caso, eu vou me sentar. — Devo esclarecer que o sr. DeVasquez está indisponível pelo resto do dia. — Mesmo assim, eu vou esperar. Naquele momento, o telefone tocou, e Romy atravessou uma série de poltronas, escolheu uma e se sentou graciosamente. Havia revistas sobre a mesinha de centro com tampo de vidro, e, pegando uma, ela fingiu interesse nas páginas. Vinte minutos mais tarde, decidiu que esperar era um exercício inútil. Seria necessária alguma ação para qualquer tentativa de encarar Xavier DeVasquez. Uma determinação fortaleceu sua resolução. isso e uma raiva sob a superfície de seu controle. Ora, bastava! Ela se levantou, passou pela recepção e foi em direção a uma abertura que, presumivelmente, levava a um número de escritórios, um dos quais tinha de pertencer a Xavier — Você não pode entrar aí. A voz da recepcionista parecia assustada. Seria preocupação pela int ...

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