Livro: Noite no Oriente Página 2

... filhas, haviam passado por tempos de trabalho duro e sacrifícios. Rapidamente, Siena acrescentou: — De qualquer forma, em poucas semanas vocês estarão na Nova Zelândia novamente, e poderemos celebrar outra vez com Gemma, Adrian e todos os seus amigos. — Ela levantou a taça de novo. — A uma viagem segura. E a um cruzeiro fantástico para vocês dois. Desde que Siena podia lembrar, seus pais sonhavam em fazer um cruzeiro pelo mar do Caribe e América Central. Após anos economizando, finalmente tinham começado uma viagem, primeiro indo para o Reino Unido, e então, na manhã seguinte, pegariam um voo para encontrar o navio. Uma leve agitação à entrada chamou a atenção de Siena. Olhando para além de sua mãe, ela notou, divertida, que o maitre do hotel acelerou os passos perceptivelmente enquan¬to atravessava o salão para cumprimentar recém-chegados. Claramente, recém-chegados importantes. Ele mal olhara para Siena quando ela chegara para se juntar aos pais. Com a visão inesperada do homem que acabara de en¬trar, o coração de Siena disparou no peito. Pondo a taça sobre a mesa, ela perguntou abruptamente: — Nick está aqui para celebrar conosco? A expressão surpresa de seus pais disse-lhe que ele não estava. — Nosso Nick? — perguntou Diane. — Nicholas Grenville — replicou Siena, o som do nome dele em sua língua contendo amargura e vergonha. Hesitando diante do olhar surpreso da mãe, ela se forçou a falar com uma firmeza que estava longe de sentir: — Ele acabou de entrar com uma mulher deslumbrante. Sem se virar, Diane indagou: — Uma loira alta, elegante e muito bem-vestida? — Certamente parece a mesma pessoa. — Embora todas as amantes de Nick fossem loiras, elegantes e sofisticadas. Todas, exceto uma… Banindo o pensamento indesejado, ela disse: — Sabe, parece tão injusto que eu tenha somente l,60m, quando todos na nossa família imediata são altos e longilíneos. Até mesmo Nick. Inconscienteme ...

te, Siena olhou para ele e sua companheira enquanto estavam sendo conduzidos a uma área escondida da maioria das outras pessoas por uma tela de folhagem. Que coincidência terrível! Pelo menos ele não os vira. Sorrindo, Siena murmurou em tom provocante: — Vocês têm certeza de que as enfermeiras na materni¬dade não me confundiram com outro bebê? Seus pais riram. — Absoluta — respondeu Diane. — Aparentemente, você é muito parecida com a avó do seu pai, que morreu jovem. Segundo a família, ela era pequena, prática, sensata e muito franca. E tinha seus cachos pretos e lindos olhos azuis. — Fico contente que você ainda pense em Nick como parte da nossa família — disse Hugh. Siena deu de ombros, e curvou-se à verdade. — Bem, enquanto vocês agiam como mentores dele, Gemma e eu o vimos pelo menos uma vez por semana durante anos e anos, e em todas as férias enquanto a mãe dele traba¬lhava. Nós o achávamos maravilhoso. Nick era sempre gen¬til conosco, embora obviamente não tivesse muito a ver com garotinhas. Ela conseguiu não olhar para o outro lado do salão, mas não pôde evitar a pergunta: — Quem é… a mulher que está com ele? A última amante, pensou, uma dor antiga ressurgindo inesperadamente. Diane trocou um olhar enigmático com o marido. — Portia Makepeace-Singleton. Nós jantamos no apar¬tamento de Nick na noite seguinte à que chegamos a Lon¬dres, e ela apareceu à porta dele no meio da refeição. Ines¬peradamente, eu diria, mas você conhece Nicholas… ele não deixa transparecer nada. — Presumo que ela seja a última companheira dele — disse Siena, esperando parecer indiferente. Sua mãe deu de ombros. — É possível. Naturalmente nós não perguntamos. Siena olhou de sua mãe para seu pai, então de volta para a mãe. — Vocês não gostaram dela. Diane pareceu sem graça, e não respondeu diretamente. — Eles nos viram? — Não, estão sentados afastados dos clientes menos ilustre ...

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