Livro: Suplício de uma paixão
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... Dragon\'s Lair Sara Craven A união entre Davina e Gethyn Loyd tinha sido breve e desastrosa: semanas depois do casamento, ele foi embora, sem maiores explicações. Diante de tanta indiferença, Davina deixou o tempo passar. Já não se viam há dois anos e ela relutava em procurá-lo e pedir o divórcio. Finalmente se decidiu e viajou para o País de Gales, para encontrá-lo. Mas o convívio com Gethyn mostrou-lhe que ela ainda o amava. Gethyn, porém, pretendia casar-se com outra mulher. Mais do que nunca, então, Davina compreendeu que jamais seria possível esclarecer aquele mal-entendido que teimava em permanecer entre eles. Capítulo 1 O pequeno aposento estava abafado.Cheirava a couro envelhecido, a papéis e a madeira polida.Os móveis, embora fora de moda, não eram feios, mas pareciam estranhamente opressivos, fazendo parte daquela decoração suntuosa. Ou seria apenas o estado emocional abalado de Davina Greer que os fazia parecer assim? Ela não sabia responder. A garota olhou para as janelas muito altas, que davam a impressão de estarem hermeticamente fechadas desde o dia em que ali foram colocadas.Então moveu os olhos para suas mãos, muito tensas, sobre seu colo.Lindas mãos, pensou ela.Talvez um pouco magras demais, mas durante os últimos dois anos haviam demonstrado serem muito hábeis. Os lábios da garota comprimiram-se um poço quando, quase involuntariamente, sua mão direita moveu-se para ocultar a esquerda, em sinal de proteção. Agora já não se lembrava mais de como tinha sido usar, por pouco tempo, aquela aliança larga, de ouro antigo. Tentara também se esquecer das emoções que sentira quando a jóia fora colocada em seu dedo. E nisso fora bem-sucedida, admitiu. Não era precisamente esta a razão de estar ali hoje? O Sr. Bristow ainda estava ao telefone, com voz tranqüila e a cabeça assentindo com firmeza, enquanto anotava cada ponto que estava sendo discutido. Eles mal haviam tido tempo de trocar os cumprimen ...

os formais, quando o toque do telefone os interrompeu e assim Davina não tinha idéia de que novidades a aguardavam. Olhou para as pastas de couro espalhadas sobre a superfície brilhante da escrivaninha. Uma delas, supôs, lhe dizia respeito, mas não tinha idéia de qual poderia ser. Discretamente, tentou esticar o pescoço e ler alguns dos nomes e referências marcados, nas pastas, mas como percebeu que o Sr. Bristow ia desligar o telefone, recostou-se na confortável poltrona de couro, tentando dar a impressão de estar calma. - Desculpe-me – disse ele, enquanto colocava o telefone no gancho. – Sem dúvida, um caso muito sério. - O senhor tem outro a sua frente – Tentou rir, mas não se saiu muito bem. Bristow observou-a de maneira penetrante por um momento e então pegou uma das pastas. Era muito fina, notou a garota, contendo apenas poucos papéis. Tentou mais uma vez. - Eu.espero que o senhor tenha boas notícias para mim. Bristow comprimiu os lábios. - Receio que não. Ou melhor, não tenho novidade alguma. O Sr. Loyd simplesmente não respondeu a nenhuma das minhas cartas. - Entendo. – Davina mordeu o lábio. – Bem, talvez ele não as tenha recebido. Se ele continuar viajando o tempo todo. Bristow negou com a cabeça. - Quando não obtive a resposta da primeira carta, mandei as restantes registradas – disse ele. – E é certo que o Sr. Loyd não está viajando atualmente. Ele já se encontra na Inglaterra há bastante tempo, conforme descobrimos nas investigações. - Como? Já está aqui? – Davina repetiu as palavras, espantada. – Mas quando chegou? Os jornais não noticiaram nada a esse respeito. - Talvez ele tenha preferido assim – sugeriu Bristow. Olhou para os papéis que tinha a sua frente e uma ruga surgiu em sua testa. – Posso garantir-lhe que esta informação é correta. Atualmente está morando no País de Gales, em Plas Gwyn, Moel y Ddraig. Não tenho certeza de que minha pronúncia esteja certa, mas. - Deu ...

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