Livro: Com a Primavera no Coração
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... Copyright: Helen Bianchin Título original: Edge of Spring Publicado originalmente em 1979 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra. Copyright para a língua portuguesa: 1981 Digitalizado por: Afrodite Resumo: Matt parecia sincero, amoroso, mas Karen não podia acreditar. Ele era apenas um homem, e os homens eram todos falsos! O casamento de Karen com Brad e aquela única noite em que ela lhe pertenceu tinha deixado seu coração gelado para sempre. Como ele podia ter sido tão cruel, a ponto de destruir completamente as ilusões de Karen, sua fé nos homens? Brad já estava morto há seis anos, mas a alma de Karen permanecia adormecida e seu corpo nunca mais tinha sido tocado por homem algum! Mas, talvez por causa da primavera que chegava agora na Nova Zelândia, seu espírito se inquietava. E a culpa era de Matt Lucas. Por que, nas longas noites sem sono, ela pensava em Matt, se ele era um homem falso como todos? Capítulo I – E você, minha filha? O que você fez de bom nas últimas semanas? Ah, nada de muito importante. Trabalho, casa, trabalho, casa. Fora isso, levei Lisa algumas vezes ao cinema. – Mais nada? – Pois é. Mais nada. E você, fez boa viagem?\' – Eu pretendia sair logo depois do café, mas Emily telefonou e não pude despedir-me dela na correria. Além disso, não encontrei Simone à vista. Parece mentira, mas essa gata sabe quando eu vou viajar e se esconde pela casa. Desta vez fui encontrá-la no alto do telhado. Recusou-se terminantemente a descer de lá, apesar de todas as coisas gostosas que lhe ofereci. Foi preciso o jardineiro subir até lá. Ela miava como se eu fosse abandoná-la para sempre. Você já imaginou? Em suma, perdi uma hora com essa brincadeira. – Que horror! – exclamou Karen, com uma gargalhada. – Lembra aquela vez que Simone arranhou sua mão? Foi logo nos primeiros dias que chegou em casa. – Se lembro! Mas você sabe de uma coisa? Eu não passo sem a companhia dela. Parece ...

exagero dizer isso, mas às vezes ela me olha como se fosse uma pessoa. Grace tomou a servir a xícara de chá e acrescentou um pinguinho de leite e uma colherinha de açúcar. – Pois é. No silêncio que se fez subitamente entre as duas, Karen pressentiu que a mãe ia abordar o eterno assunto do casamento. – As cartas que você escreveu falam de tudo, menos das novidades que interessam. – Quais são as novidades que interessam? – perguntou Karen, fazendo-se de desentendida. – Os namorados, é claro! Karen torceu o nariz e deu um sorriso sem graça. – Por incrível que pareça, eu não tenho visto ninguém ultimamente. Passo os dias inteiros em casa. Além disso, não tenho com quem deixar Lisa, a não ser com Bárbara, quando é estritamente necessário. – Eu sei como é, mas você precisa sair um pouco, minha filha. Você não pode passar o dia inteiro enfurnada dentro de casa. Vai acabar doente. Afinal, você tem apenas vinte e cinco anos. Uma experiência desagradável não significa que todas as outras serão iguais. – Eu fiquei traumatizada – disse Karen com uma risada. Não adiantava discutir com Grace. O melhor, nesse caso, era concordar e mudar de assunto na primeira oportunidade. – Eu entendo. Mas uma mulher da sua idade precisa da companhia de um homem. Você não pode viver sozinha o resto da vida porque foi infeliz no primeiro casamento. – A mulher precisa do homem como a terra precisa da chuva – comentou Karen com um risinho irônico. – Nesse caso, por que você não casou de novo? Grace abaixou o rosto sem jeito. – Você sabe muito bem por quê. – Ah, desculpe, mãe. Saiu sem querer. – Seu pai e eu tínhamos um relacionamento maravilhoso, construído a partir de muitos anos de amor e convivência. Dificilmente eu encontraria isso numa outra pessoa. – Eu estou desiludida com os homens. Prefiro levar uma vida bem sossegada no meu cantinho. Lisa, por sinal, preenche minha existência. Eu não sinto fal ...

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