Livro: Perigosa paixão
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... Deborah Simmons SÉRIE REGÊNCIA – VOL. 3 Clássicos Históricos nº 118 Originalmente publicado em: 1997 Título original: Tempting Kate Copyright para a língua portuguesa: 1997 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Digitalização: Palas Atenéia Revisão: Sheyla Oliveira Um encontro inesquecível… Um amor para sempre? Inglaterra Era uma perigosa atração, pensava Grayson Westcott, o marquês de Wroth. E, embora ele sempre se orgulhasse do próprio autocontrole, os encantos de Kate Courtland sacudiram suas defesas e puseram fogo em sua alma. A vida de glamour de Kate Courtland na alta sociedade da Inglaterra fora relegada a um passado distante, e lhe sobrara no presente apenas uma vida trabalhosa, cheia de dificuldades. Isso até o dia em que conheceu o marquês de Wroth e uma violenta paixão mudou sua vida para sempre! CAPÍTULO I O marquês de Wroth estava inquieto. Dispensando o cocheiro, ele resolvera percorrer a pé as poucas quadras até sua casa em Londres. Era quase meia-noite mas, naquela redondeza elegante, carruagens ainda rodavam levando à casa passageiros freqüentadores de bailes e festas da alta sociedade. Grayson Wescott, o quarto marquês de Wroth, agora aguardava ansiosamente pela oportunidade de esticar as pernas sentado em sua poltrona preferida, cansado que estava de uma entediante reunião social. Infelizmente o exercício parecia pouco contribuir para aliviar aquela sensação desagradável que sentia desde a data de seu aniversário, ao completar trinta e dois anos de idade. Ele não via razão para tal. Em todo o tempo decorrido após receber o título de marquês, aos quinze anos, tivera tudo o que poderia um ser humano desejar: posição, fortuna, poder, prestígio, a ponto de causar inveja aos outros membros da nobreza. O que mais haveria um homem de ambicionar? Entrara na carreira política, exercendo enorme influência na Câmara dos Lordes. Seus negócios iam bem. Nos esportes, obtinha gran ...

e sucesso. Contudo, por mais que fizesse, seu descontentamento continuava. Achou então que deveria pensar seriamente em constituir família. Estava mais que na hora de providenciar um herdeiro, de se mudar para o campo na companhia da esposa. Se pudesse encontrar uma de seu agrado. Os amigos riam quando o marquês comentava isso. Com a fortuna e projeção social que possuía, qualquer mulher estaria pronta a se casar com ele. Mas a preferência de Grayson era pelas mulheres casadas. E nunca tivera interesse em contrair matrimônio até os recentes meses. Uma das raras moças que despertara seu desejo fora Charlotte. Linda, ingênua, inteligente, era filha do vigário da paróquia local. Porém Charlotte estava apaixonada pelo conde de Wycliffe, e com ele se casou. Não que Grayson acreditasse em amor. Mas um companheirismo, interesses comuns, afeição, seriam suficientes. Que outra coisa se poderia esperar de um casamento? Quanto mais se aproximava da casa, mais entediado ficava. Ele dera folga aos empregados, mas não se aborrecia pelo fato de não ter um valete ou mordomo para ajudá-lo na tarefa de se deitar. Até gostava da solidão que o aguardava. Mas, quando entrou no escritório, teve uma sensação estranha, a sutil presença de alguém. Encaminhou-se então logo para a escrivaninha, em cuja gaveta guardava sua pistola. — Pare onde está, cavalheiro. — Um vulto surgiu de trás da cortina. Um menino. Grayson riria da ameaça do garoto que invadira sua casa, não estivesse o invasor com uma pistola na mão. Devia ser muito valente ou muito tolo, para se atrever a ameaçar o marquês de Wroth, em sua própria casa. Grayson ficou intrigado. — Está querendo me matar? — perguntou. — Não sou um criminoso. É você que precisa dar uma explicação de seu ato indigno. “Ato indigno?”, Grayson se questionou. — E a que exatamente se refere, meu rapaz? À minha oposição a algumas cláusulas, na Câmara dos Lordes? — Não tem nada a ...

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