Livro: Amor ou Dinheiro Página 2

... jeito que queria, mas não era injusto. Podia ficar surpreso e até mesmo chocado com a notícia, mas assim que tivesse tempo de absorvê-la, tudo ficaria bem, pensou Lily. Ela sempre quisera constituir uma família e não podia pensar em ninguém melhor para ser o pai de seus filhos do que Vito. Ele era um empresário bem-sucedido e influente, mas ela havia tido a oportunidade de conhecer seu lado terno e amoroso. Ele certamente não rejeitaria o próprio filho só porque não havia planejado seu nascimento. O silêncio quando o barco-táxi parou na entrada da palazzo era de arrepiar. A neblina parecia abafar os sons da cidade, e tudo o que Lily podia ouvir era o som da água batendo contra os degraus de mármore. Ela pagou o condutor e aceitou, grata, a ajuda para sair do barco; então subiu até o andar superior, onde Vito estava saindo de seu estúdio para cumprimentá-la. Ela sentiu um nó na garganta e se deteve no último degrau, admirando a absoluta perfeição masculina de Vito Salvatore, seu amante. Ele tinha mais de l,80m de altura, ombros largos, e se movia com a graça e o poder de um atleta; Seu cabelo preto era levemente ondulado e estava todo penteado para trás, revelando o rosto que era de uma beleza de tirar o fôlego. Ela frequentemente se perguntava se algum dia iria se acostumar com a beleza deslumbrante dele. Quer ele tivesse se ausentado por alguns dias devido a uma viagem de negócios ou ambos tivessem estado em cômodos diferentes da casa por alguns minutos, toda vez que pousava os olhos sobre Vito depois de ter se afastado dele, sentia o coração se agitar e a excitação tomar conta de seu corpo. Apesar de já conhecê-lo há dez meses e morar com ele há cinco, ainda ficava extasiada com a simples presença dele. — Até que enfim você chegou — disse Vito com seus olhos azuis fixos nos dela enquanto cruzava a distância que os separava e a tomava em seus braços. — Humm. Lily se aninhou contra o peito forte dele, pressiona ...

do o rosto contra a malha preta de casimira macia. Respirou profundamente, deixando que o cheiro dele chegasse até seus pulmões. Segura nos braços dele, sentiu-se bem melhor. A náusea que havia sentido no barco-táxi já era coisa do passado. — Tentei ligar para você — disse Vito, erguendo o rosto dela de forma suave para beijá-la demoradamente. — Mas depois encontrei seu celular no quarto. — Sinto muito — disse Lily olhando para o rosto deslumbrante dele. Como sempre acontecia, seu beijo havia feito com que todos os pensamentos fugissem de sua mente. — Eu me esqueci de carregá-lo. — Você está bem? — perguntou Vito, tomando as mãos dela nas suas. —Está tão pálida e fria. Venha sentar-se. Gostaria de uma bebida quente? — Estou bem — respondeu Lily, deixando Vito conduzi-la ao estúdio. — Um copo de água gelada seria ótimo. Ela passou as mãos no cabelo, subitamente apreensiva outra vez. Sabia agora por que havia deixado de tomar chá e café, e daqui a pouco teria que contar o motivo a Vito também. — Pensei que Cario fosse levá-la à consulta — disse Vito, olhando para trás enquanto colocava pedras de gelo num copo e despejava água mineral de uma garrafa congelada por cima deles. — Não gosto que você ande em barcos públicos por aí, ainda mais quando não está se sentindo bem. — Eu estava bem — tranquilizou-o Lily. — Só achei que seria melhor caminhar um pouco. O ar fresco me faz sentir bem melhor. — Mesmo assim. Se soubesse que você iria dispensar Cario, eu a teria acompanhado — disse Vito, passando o braço em torno da cintura dela e conduzindo-a até um sofá junto à janela. — Não sei como você conseguiu me convencer a não cancelar minha reunião. Lily passou a mão por seu longo cabelo louro outra vez ao se sentar. A umidade o havia deixado eriçado. Era absurdo se preocupar com sua aparência num momento como aquele, mas o fato é que a enormidade daquela situação fazia com que fo ...

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