Livro: A Noite do Lobo
Autor - Fonte: Alice Borchardt
...
Alice Borchardt
TRILOGIA DE ROMA – LIVRO 02
Tradução, revisão, formatação:
Comunidade RTS – ORKUT:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
Tradução: Jossi Borges
Revisão: Ceila Sarita
Este Livro faz parte, da união de pessoas que gostam da leitura e o repasse,
sem fins lucrativos, de fãs para fãs. A
comercialização deste produto é
estritamente proibida.
Alice Borchardt recupera na noite do lobo, um dos protagonistas de A Loba de Prata, para referir suas aventuras de juventude.
Trilogia Roma
1. The Silver Wolf (1998) - A loba de prata
2. Night of the Wolf (1999) - A noite do lobo
3. The Wolf King (2001) - O rei lobo
Sinopse:
Nascido lobo, Maeniel adquire o poder de se converter em homem. Mas não demorará em comprovar que o mundo dos humanos é muito mais complexo, selvagem e perigoso que as montanhas nas quais viveu até agora. O ingênuo lobo homem se vê envolto em uma série de conspirações e vinganças, ao mesmo tempo em que descobre o amor e a paixão das mulheres, a força e o ódio dos homens. E sua própria capacidade para superá-los.
Maeniel e seus companheiros viajarão dos bosques da Gália ao coração da Roma clássica em busca de aventuras, vingança e justiça, enfrentando o poder das legiões, o Senado e mesmo Julho César.
À minha querida irmã, conhecida pelo mundo como Anne Rice.
Da escuridão me sorriem rostos
que nunca chego a ver.
Do sonho me seguem procurando braços
que nunca chego a encher.
Em cada momento importante de minha carreira,
sempre estiveste ali para mim.
Ad memoriam.
Na dor mais profunda, não existe o tempo.
Capítulo 1
O lobo despertou, levantando a cabeça de entre as garras. No alto, a lua estava cheia, mas não era mais que um fantasma errante entre os pinheiros e cedros da montanha. O resto da alcatéia dormia.
Só ele sentia o toque de. Não sabia o que. Os lobos não sentem tristeza. Sequer por eles mesmos.
Ele
...
e levantou e levou a cabo o ritual de arrumar a pelagem, para depois andar silenciosamente até um pequeno riacho formado pelo transbordamento de um lago no alto. Tinha largura o bastante para refletir o céu em sua superfície.
Da morte dela. Não, desde que a mataram ele despertava todas as noites àquela hora, uma hora em que todo o restante deles dormia. Recordando.
À noite têm seus próprios ritmos, ritmos que ressoam na carne, no sangue e nos ossos das criaturas da terra. Só o homem o esqueceu. O homem esqueceu que alguma vez tivesse importância.
Mas para o lobo, chegavam como lembranças, lembranças que não eram deles, fragmentos de um sonho. Tocava uma consciência imortal tão velha como a vida, a experiência de uma criatura ainda ignorante de si mesmo e, portanto imortal. A primeira de nossa espécie, nadando na coluna de água do mar. Naquele momento da noite, ele interrompeu as flexões de seu musculoso corpo e se inundou em um trêmulo resplendor de luz de lua.
Ele, o lobo, compreendeu que havia acontecido uma catastrófica erupção de sua consciência, privando-o do direito de nascimento irradiado por aquele primeiro sonho do oceano.
Seu focinho quebrou a imagem da lua na água tal coma a dor havia quebrado seu sonho.
No alto, as nuvens de passagem ocultaram a lua. Perto da presa cobrada, os lobos de sua alcatéia dormiam em silêncio e sem sonhos.
O ar ao seu redor era frio. Estavam no final do outono, quase novamente no inverno, mas ele sentia um fogo em seu interior. Um fogo que o vento que soprava das geleiras dos passos de montanha não podia apagar. Um fogo que esquentava sua pele sob a pesada pelagem invernal.
Fogo! Eram criaturas de fogo. E o fogo seguia a toda parte. O aroma de queimado impregnava sempre o ar em torno de suas moradas. Terra, ar, fogo e água. Todos os seres vivos da terra participavam daqueles elementos, mas dentre todos, somente o homem era o amo do fogo.
Por quê? Como tinham alcançado aquele poder? Nada e ...
Comentários:
Deixe aqui seu comentário sobre este livro: