Livro: Medo de amar
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... Elizabeth Duke Um reencontro fatal. Uma descoberta inesperada Aos dezessete anos, Sandra pensou que fosse morrer de mágoa com a cruel traição de Rafe Baldwin. Cinco anos depois, reconstruíra sua vida, deixando para trás os sonhos desfeitos e as desilusões de amor. Foi então que Rafe reapareceu, virando seu mundo de ponta-cabeça. E, por ironia do destino, Sandra foi obrigada a viver na mesma casa que ele. Começou então sua provação, pois descobriu que a centelha mágica entre os dois não desaparecera, ao contrário, parecia muito mais forte. Digitalização: Nina Revisão: Cynthia CAPÍTULO I No momento em que Sandra estendeu a mão para apagar a luz do abajur, a campainha da porta soou, estridente, no silêncio da noite. Desgostosa, ela olhou para o rádio-relógio. Onze e quinze! Quem seria, àquela hora? Michael? Saiu da cama e vestiu o robe de seda azul-turquesa. Não podia ser Michael. Ele saíra de lá meia hora atrás! Sacudindo o cabelo loiro-platinado para tirá-lo dos olhos, ela atravessou o pequeno apartamento, caminhando na direção da porta. Michael teria esquecido alguma coisa? Ou teria voltado com a intenção de pedir para passar a noite com ela? Que bobagem! Ele não faria isso. Forçando um sorriso, abriu a porta. Sentiu-se empalidecer e o sorriso morreu. — Rafe! O que está fazendo aqui? — ela perguntou num fio de voz, assombrada, enquanto fechava o robe para esconder os seios mal velados pela camisola fina. Ele passou por ela, parecendo furioso, com um brilho de aço nos olhos azuis. Parecia mais alto, mais forte e bronzeado do que da última vez em que Sandra o vira. Além da raiva, havia uma outra emoção indefinível no rosto atraente. — Estou interrompendo alguma coisa? — ele indagou, olhando em volta. — Está. Meu sono! — ela replicou, agastada, examinando-o e notando as roupas e as botas enlameadas. — Nossa! Como você está sujo! Por que não se arruma, q ...

ando vem à cidade? Ele virou-se para encará-la. Sandra encolheu-se, assustada, embora nunca houvesse sentido medo dele, nem mesmo nas brigas mais violentas. — Encantadora e briguenta, como sempre — ele comentou em tom duro, sem o toque usual de zombaria. — Costuma abrir a porta, à noite, sem dar-se ao trabalho de descobrir quem tocou a campainha? — Estamos em Brisbane, Austrália. Esqueceu? — Ah, pensei que estivéssemos em Chicago, ou Nova York — ele escarneceu. — Mesmo não havendo tanta violência, aqui, é sempre bom ter um pouco de cautela. Ela ia abrir a boca para retrucar, quando ele a silenciou com um gesto imperativo, olhando-a fixamente. — A julgar como sorria quando abriu a porta, suponho que estivesse esperando alguém. Um homem, com certeza — ele acusou. — A esta hora da noite e nesses trajes. Ela arrepiou-se com o olhar que ele lhe lançou, observando-a da cabeça aos pés de um modo ultrajante, como se a estivesse despindo. — Quem é o mais recente idiota na sua lista de admiradores masoquistas? — ele prosseguiu. — Aquele coitado que estava babando em cima de você, no casamento de Justin? — É claro que não! Eu não estava esperando ninguém, muito menos você! — Isso é óbvio — ele respondeu em tom estranhamente cansado e deixando escapar um suspiro que deixou Sandra assustada. — O que foi? — ela perguntou. — Aconteceu alguma coisa? Por que veio me procurar? Rafe fitou-a, notando aflição nos olhos cor de avelã. — Sandra. — Fale logo! — ela exigiu, agarrando-o pelo braço. Ele cobriu a mão delicada com a sua, num gesto de conforto. — O que aconteceu, Rafe? — Meus pais, Sandra. Eles envolveram-se num acidente de trânsito e meu pai. morreu. — Não! Tio Byron morreu? — ela gritou, sentindo-se amolecer. Rafe enlaçou-a pela cintura e levou-a para o sofá. Ela aninhou-se contra ele, escondendo o rosto na curva do ombro largo, trêmula e começando a chorar. Depois de algum ...

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