Livro: Vestido de Noiva
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... PAGAN LOVER Anne Hampson O raptor de Tess arrancou com fúria seu vestido de noiva e mostrou toda a força de sua louca. e maravilhosa paixão! O vestido de noiva de Tess era lindo! Feliz, ela pegou o buquê de cravos brancos e pensou que dentro de uma hora seria a senhora David Rothwell. Tess entrou no táxi que já a esperava e pediu ao motorista que a levasse para a igreja. A porta foi fechada com brutalidade, o carro disparou em doida velocidade e ela percebeu, morta de medo, que estava sendo raptada. Tess foi levada para um barco, o homem arrancou-lhe o vestido de noiva e ela descobriu, nos braços de seu raptor, a mais vertiginosa sensação de êxtase já conhecida por uma mulher! Digitalização: Simone Ribeiro Revisão: Edith Suli CAPÍTULO I Havia um ar de serena alegria no rosto de Tess Bennet quando ela ouviu a voz do outro lado do aparelho. Seu noivo nunca deixava de telefonar-lhe naquela mesma hora do dia, apenas para lembrá-la, ele brincava, que ela era somente dele e que levaria uma seríssima bronca se permitisse que seus pacientes lhe dirigissem brincadeiras ou a cortejassem. — Como está a coisa hoje? — quis saber David. — Estamos com dois novos pacientes que chegaram a altas horas, na noite passada. Sofreram um acidente de automóvel. Eu só os vi esta manhã, lógico, quando vim para o trabalho. Um é um grego superpresunçoso! Ainda não falei com ele, mal nos vimos. Mas Sue está furiosa com o jeito dele, sabe? Ela diz que o tal parece um deus! — E Tess caiu na risada enquanto falava, lembrando-se da furiosa expressão de Sue ao chegar de sua ala de serviço, onde o grego estava internado. — Como é esse cara? — Simpático, é o que Sue diz. Deve ter uns trinta e dois anos, calculou ela; mas se recusa a revelar a idade! Tess riu novamente, antes de dizer ao noivo o que o grego havia respondido a Sue quando ela tinha lhe perguntado a idade. Olhando para ela com arrogância, apenas respondeu: "O que é que v ...

cê tem com isso? Melhor continuar cuidando de seu trabalho, em vez de me perturbar com essas perguntas cretinas!" — Dá para ver que nada de grave deve ter acontecido a ele — observou David. — Dá. — Mas o médico de plantão insistiu em mandar tirar um raio-X porque foi um acidente feio. O carro que ele dirigia foi atin¬gido por um veículo que vinha na contramão. Com isso, o motorista foi atirado longe. Ele se machucou um pouco; fez um corte profundo na cabeça. David mudou de assunto: — Amor, esqueci de dizer-lhe que fomos convidados para jantar em casa de Mary, sexta-feira. Depois de tanto tempo fora, afinal John está passando férias em casa. — Ótimo! Quer dizer que ele vai ao nosso casamento, não vai? — Creio que sim. John passou alguns anos fora, e eu espero que suas férias sejam bem longas desta vez. David fez uma pausa. — Faltam só nove dias para estarmos juntos, Tess. Sabe que eu mal posso esperar? Ela ficou tão feliz ao ouvir aquilo que não soube o que dizer. Houve uma pausa de silêncio, durante a qual tanto ela quanto ele rapidamente pensaram no futuro que, conforme Tess imaginava, seria um mar de rosas. Ela estava contente pelo fato de o irmão de David ir ao casamento, uma vez que ela não possuía parentes; por conse¬guinte, os parentes próximos eram todos pelo lado de David. Como ele tinha muito poucos, apenas o irmão e duas tias idosas, era um fato agradável que John estivesse presente ao casamento. — Preciso desligar agora — disse Tess. — Está na hora de Sue ir embora e eu tenho de tomar o lugar dela. — Cuidado com aquele grego hein? — advertiu ele, para mexer com ela. — Os gregos têm reputação de ser muito mulherengos! — Bem, este tal não deve ser. Sue acaba de chegar fazendo caretas e apontando em direção à ala onde o grego está internado. — Não é fácil alguém fazer Sue perder a calma, não é? — Geralmente, não. Ela é a criatura mais calma que já vi: perfeita para se ...

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