Livro: Prisioneiro do destino

... Hannah Howell Especial Clássicos Históricos 286 Copyright © 1996 by Originalmente publicado em 1996 pela Kensington Publishing Corp. PUBLICADO SOB ACORDO COM KENSINGTON PUBLISHING CORP TÍTULO ORIGINAL: Unconquered EDITORA Leonice Pomponio ASSISTENTE EDITORIAL Patrícia Chaves EDIÇÃO/TEXTO Tradução: Nancy Alves Revisão: Giacomo Leone ARTE Mônica Maldonado ILUSTRAÇÃO Hankins + Tegenborg, Ltd. MARKETING/COMERCIAL Silvia Campos PRODUÇÃO GRÁFICA Sônia Sassi PAGINAÇÃO Dany Editora Ltda. © 2007 Editora Nova Cultural Ltda Rua Paes Leme, 524 — 10º andar — CEP 05424-0101 São Paulo — SP www.novacultural.com.br impressão e acabamento: RR Donnelley Moore PROJETO REVISORAS Este livro faz parte de um projeto sem fins lucrativos. Sua distribuição é livre e sua comercialização estritamente proibida. Cultura: um bem universal. Disponibilização: NutriRosangela Apoio: contribuintes da caixinha Digitalização: Palas Atenéia Revisão: Pam Inglaterra, 1066 Traídos pelo desejo Da noite para o dia, Eada de Pevensey se vê contemplada com um estranho legado. Uma mulher com raros poderes paranormais lhe confia uma caixa contendo um misterioso documento, e algo ainda mais extraordinário: o dom da profecia. Com isso, Eada pode agora prever seu apavorante destino: um invasor normando, de olhos profundos como o azul do mar, cavalgando pelas campinas para reivindicar suas terras… e seu coração! Guerreiro das tropas do rei Guilherme, da Normandia, Drogo de Toulon se apropria por direito das terras de Pevensey. Lá ele fica conhecendo uma mulher que o desafia a todo instante e que também lhe desperta um desejo incontrolável. Num país assolado e dividido pela guerra, Drogo e Eada precisam unir forças enquanto traçam seu curso através de batalhas e traições que poderão separá-los… ou selar aquela paixão para todo o sempre… Hannah Howell é uma das escritoras mais talentosas da atua ...

idade. Seu nome é presença constante nas listas de mais vendidos, e ela foi vencedora de prêmios como o de Escritora do Ano, da revista Romantic Times. CAPÍTULO I 28 de setembro de 1066, Costa da Inglaterra — Mamãe, venha ver! Centenas de navios! — gritou o menino entrando na casa às pressas e quase tropeçando nos degraus. — Venha, mamãe! Nunca vi tantos assim! Lady Vedette de Pevensey sentiu o sangue parar em suas veias ao tomar o filho pelos ombros e sacudi-lo de leve. — Acalme-se, querido, e diga-me o que viu. Mas fale devagar. — Navios, mamãe. Muitos. Muitos, mesmo! — O garoto afastou algumas mechas rebeldes da testa. Aos oito anos, seus cabelos claros e encaracolados davam-lhe o aspecto de um querubim de rosto suave, mas extremamente agitado. — Sabe, são navios grandes, fortes, e cheios de homens e mercadorias. — São… os dinamarqueses? — a mãe murmurou, mas um nó apertado fechava-se em seu estômago e um frio terrível percorria-lhe a espinha. Sabia, bem no fundo de seu coração, que não eram os dinamarqueses que agora ameaçavam invadir as praias inglesas. — Não, mamãe. Não são os dinamarqueses. — O menino soltou-se de suas mãos crispadas. — Eu vi as bandeiras nos mastros e lembrei do que meu pai me disse. É Guilherme, o Bastardo. Um tapa forte fez o menino gritar de dor e surpresa. — Jamais repita isso, Ethelred! Nunca mais, ouviu bem?! — Sim, mamãe. Vendo que o tomara desprevenido, ela tornou a puxá-lo para dentro do calor de seus braços e apertou-o por segundos; depois, com firmeza, mas não sem ternura, afastou-o. E, com o coração na boca, aproximou-se da janela estreita que dava para o mar distante. Sim, tudo que Ethelred dissera era verdade. E não havia tempo sequer para acalmar seu filho. — Junte suas coisas, querido. Agora. Mas apenas aquilo que mais vai precisar e o que é mais valioso. Enquanto o pequeno seguia, obediente, para fazer o que lhe era mandado, Vedette vo ...

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