Livro: Noiva de um Bilionário Página 2

... to dele e, dessa vez, ficou feliz por ele ainda estar com as mãos em seus braços, pois, do contrário, os joelhos dela talvez tivessem cedido debaixo do corpo. CAPÍTULO DOIS ELA PISCOU os olhos, mas ele continuava ali. Piscou de novo, mas continuava sendo ele. Roberto Peroni, o menino que fora embora de Montvelatte anos antes, jurando fazer sua fortuna e que, pelo jeito, fizera. Roberto Peroni, o melhor amigo do irmão mais velho dela nos tempos da escola e objeto de uma longa e inútil paixão de colegial. Roberto Peroni estava de volta. Com a força da mente, ela tentou fazer seu coração ba¬ter de um jeito que aproximava do normal. Porque ela já o tinha superado. Fazia muito tempo. Não que esse fato a impedisse de absorver os detalhes. Ele ainda era um banquete para os olhos, ainda o homem mais estonteantemente lindo que ela já vira. O tempo não tinha mudado nada, a não ser por ter amadurecido, tal¬vez até melhorado, a perfeição. A linha do maxilar dele se modificara de definida para poderosamente áspera, seu corpo se inchara com músculos para se adequar melhor aos largos ombros da constituição esbelta de adolescente, e a pele em torno dos olhos escuros estava experiente, mais apropriada à intensidade dentro deles. Olhos que a olhavam confusamente naquele instante. Mas, claro, ele não a reconheceria. Ela fora invisível para ele quando eram mais novos, morando no mesmo vi¬larejo. Por que ele se lembraria dela 15 anos depois? Ela deu de ombros, tentando afastar as mãos dele, e, se fosse completamente honesta, tentando afastar a pontada de decepção que acompanhava aquela última pergunta. Era pura fantasia imaginar que ele se lembraria. E as fantasias que se tornavam realidade eram algo raro ultimamente. Ao contrário das responsabilidades. E, no mo¬mento, ela estava esquecendo ao menos uma das dela. Havia uma roupa que ela precisava entregar à signorina Sienna, uma roupa que, de alguma forma, ela precisava consertar ante ...

do primeiro compromisso da signorina dali a. Ela olhou de relance para o relógio de pulso e, apesar da agradável manhã, quase congelou de choque. O primeiro compromisso da signorina era dali a uma hora! O que ela estava pensando, desperdiçando seu tempo ali na escada com um verdadeiro fantasma de seu passado? — Por favor, aceite minhas desculpas pelo inconveniente, signore Peroni, mas preciso continuar com meus afazeres. — Você sabe o meu nome? — ele rebateu, recusando-se a deixar que ela se desvencilhasse, os olhos ainda mais in¬tensos, se isso fosse possível, analisando o rosto dela. — Já nos conhecemos? Tenho certeza de, que não me esqueceria se tivesse conhecido uma mulher tão linda. Ele estava flertando com ela? Ela não acreditava que nenhuma daquelas palavras fosse verdade, mas, mesmo as¬sim, era difícil dispersar o calor que a profunda e grave voz dele despertava dentro de seu corpo. — Todos em Montvelatte sabem de você e do seu bri¬lhante sucesso. — Então, ela encolheu os ombros e girou para o outro lado e, por um segundo, pensou ter conseguido se esquivar da pegada dele e escapado. — Não vá — ele disse, abandonando os ombros dela apenas por tempo suficiente para envolver as mãos dela en¬tre uma das dele. — Verei você novamente? Ela baixou o olhar para a mão envolta na dele, sen¬tiu o calor que radiava por todo o seu corpo e, pelo mais breve dos instantes, ficou tentada a deixá-la ali durante o máximo de tempo que pudesse. Mas aquilo seria loucura. Roberto tinha a reputação de ser um playboy, e, indepen¬dentemente de quanto ela o tivesse adorado quando ado-lescente, ela não se jogaria aos pés dele agora. Ele tinha presumido que ela estivesse disponível, só isso. Não a queria de verdade. ― Acho que não — ela disse, e libertou a mão, reco¬lhendo a roupa amassada antes de subir o próximo lance de degraus e pensar que, apesar da manhã que tivera, ainda havia uma chance de ela conseguir. P ...

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