Livro: Corações em Jogo
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... The Heart’s Wager Gayle Wilson Eles apostaram tudo no amor! O coronel inglês Devon Burke sabia dos perigos de sua missão. Mesmo assim, foi à França, determinado a encontrar um amigo desaparecido - o homem a quem devia a vida. ou morreria tentando! E a misteriosa Julie de Valmé era sua única esperança de sucesso. Antes admirada por toda Paris, Julie tivera sua vida destruída na noite em que seu pai morrera. Agora, ela vivia sozinha em um mundo obscuro e perigoso. E o único homem em quem podia confiar não percebia a fascinante mulher sob o disfarce que ela adotara para proteger-se. Disponibilização: Marisa Helena Digitalização: Vicky B Revisão: Djane Copyright © 1995 by Mona Gay Thomas Publicado originalmente em 1995 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá. Esta edição é publicada por acordo com a Harlequin Enterprises B.V. Título original: The Heart\'s Wager Tradução: Sandra Luzia Couto EDITORA NOVA CULTURAL uma divisão do Círculo do Livro Ltda. Copyright para a língua portuguesa: 1995 CÍRCULO DO LIVRO LTDA. PRÓLOGO Paris — janeiro de 1815 — Cavalheiros, façam suas apostas. A voz, de uma tonalidade aguda e agradavelmente feminina, ressoou acima do burburinho dos apostadores que se acotovelavam ao redor da mesa. Os dedos esguios de Juliette de Valmé, que culminavam em unhas pintadas de vermelho vivo, pairavam sobre a banca de faraó, aguardando as apostas. — Minha querida, poderia fornecer-me uma explicação para esse fenômeno? Por que será que comparecemos todas as noites perante esta mesa de faraó, um insípido jogo de cartas, quando sabemos ser impossível derrotar uma crupiê tão bafejada pela sorte? — indagou um dos jogadores. — Se você demonstrasse um pouco mais de sabedoria na hora de apostar — outro deles começou a responder, rindo —, não incomodaria nossa querida Juliette com perguntas imbecis. Quanto a mim, se devo perder para alguém, que s ...

ja para uma linda mulher. Julie, minha amada, meu coração e meu dinheiro lhe pertencem — concluiu, curvando-se diante de Juliette numa elegante reverência. — Creio que está com a razão, monsieur — ela replicou com um sorriso, indicando com um gesto gracioso que a banca tornara a vencer. A evidência de que sua boa sorte prosseguia provocou risos ao redor da mesa. — Ao que parece, todos nós enfrentamos o mesmo tormento. Vitimados pela paixão, submetemo-nos a suces¬sivas derrotas e a um prejuízo incalculável na esperança de ganharmos um sorriso, uma palavra gentil. e, o me¬nos importante de tudo, uma rodada que seja. — declarou o Barão du Deffand. — Ora, mas que falta de galanteria, Deffand — pro¬testou outro dos jovens aristocratas que ocupavam, noite após noite, um lugar àquela mesa de jogo. — Eu, minha cara mademoiselle, não nutro o menor interesse em ga¬nhar sequer uma moeda no cassino de seu pai. Não me importo com a fabulosa quantia que vocês arrancam de minhas desprendidas mãos, contanto que me seja per¬mitido usufruir da presença de tão encantadora crupiê. Os olhos negros de Julie sorriram-lhe sob os longos cílios e ela inquiriu com suavidade: — Decerto, monsieur. A questão, porém, é se o senhor ainda me amará amanhã, depois de contabilizar as per¬das de hoje. — Meu coração lhe pertence por toda a eternidade — o rapaz retorquiu, pousando a mão no peito para enfatizar a sinceridade de seus sentimentos. — Neste caso, prezado Conde, só me resta esperar que seu crédito junto ao banco seja tão sólido quanto sua devoção por mim — replicou, arrancando gargalhadas dos nobres ali reunidos. Os apostadores das outras mesas lançaram-lhe olhares invejosos, já que não haviam tido o privilégio de rodearem a "Divina Juliette" e, portanto, não se divertiam tanto quanto gostariam. As luzes feéricas dos candelabros australianos e o bulício dos aristocratas que se aglomeravam pelos salões da sofi ...

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