Livro: Atração Impossível Página 3

... s e desconfiados. — Bem — ela encolheu os ombros. — Eu tomei o trem para sair do centro da cidade. Sabe como é o tráfego em Sidnei. — Mas ainda assim. mesmo saindo do subúrbio, o trajeto é de mais ou menos duzentos quilômetros. — E daí? Não fiz a viagem num só dia! Eu passei algumas noites em motéis, além disso, havia muita coisa para ver. — E não se meteu em nenhuma confusão? — Trent tinha a nítida impressão de que a moça mentia. Será que escondia algo? Ela deveria estar mais bronzeada depois de uma viagem como aquela. Ela ergueu o queixo. Havia uma atraente covinha nele. Aliás, todo o rosto dela era tão suave que Trent sentia uma vontade inexplicável de acariciá-lo. Era realmente uma mulher muito bonita. Não importava o quanto se escondesse por trás de roupas discretas. Mas por que estaria naquele lugar, completamente so¬zinha e longe de casa? Estaria fugindo de algo? Ou. de alguém? — Até minutos atrás, não tive nenhum problema — O olhar da moça parecia alerta quando ela encarou Trent. — Bom para você. Ele deixou escapar um sorriso incrédulo, fazendo-a encará-lo com mais desconfiança. — Uma pessoa tinha combinado de vir comigo. Mas teve que cancelar na última hora. Era tarde demais para procurar outra companhia, e eu não podia des¬perdiçar minhas férias. Tenho apenas três semanas, e preciso muito descansar. — Homem ou mulher? — ele perguntou curioso. — Perdão? — Sua companhia. — Isso interessa? — E então, como se decidisse que aquele era um assunto íntimo demais para ser comen¬tado com um estranho, continuou. — Acho que não é de sua conta! Trent ergueu as sobrancelhas. — Sinto muito, era apenas curiosidade. — Estava intrigado com o fato de a moça ter corado. Aquilo era muito interessante. — Droga de calcanhar! — Ela olhava para a con¬tusão inchada. — Não melhorou nada. Preciso de um pouco de gelo. — Ergueu o rosto e olhou na direção das colinas. — P ...

lo menos estou perto de uma cidade, Kaoga Bay, não é? Vi isso no mapa. Se estiver de passagem, poderia me dar uma carona até lá? Pretendo passar um ou dois dias na cidade. — Claro. Mas não estou de passagem. Eu moro aqui. — Mora aqui? — Os olhos dela examinaram as rou¬pas dele, que vestia camisa social e gravata. — Pensei que a cidade fosse um balneário. Você não parece estar vestido adequadamente. — E verdade. Tenho uma casa aqui, onde trabalho quando não estou em Sidnei. Trent notou que a moça não parecia confiar nele. Afinal de contas, tinha alguma razão. Não é uma coisa prudente confiar em estranhos na estrada. — Veja bem — ele disse. — Não pretendo seqüestrar você. Estou indo para minha casa, que fica na praia do outro lado da cidade. Pretendo fazer alguns negócios na cidade. mais especificamente na praia. A moça ainda não parecia convencida. Ele conteve um suspiro. — Olhe, se quiser provas de que moro aqui, posso pegar minha carteira no bolso de meu pa¬letó e mostrar a você. Os Corbin têm propriedades em Kaoga Bay há quase um século. Eu passava quase todas as minhas férias aqui com meus pais. Agora que ambos morreram eu pretendo fazer algumas. altera¬ções no lugar. — Os Corbin? — Ela conhecia o nome. Os lábios de Trent curvaram-se em um sorriso irônico e seus olhos ficaram mais brilhantes. — Trent Corbin. A única reação dela foi um piscar de olhos, mas seu silêncio falava muito mais do que isso. — Noto que parece conhecer meu nome — ele disse insinuante. A moça abaixou-se para massagear o ferimento do pé. Estaria tentando evitar encará-lo? Era a pergunta que Trent se fazia, quando ela respondeu com simpli¬cidade. — A maioria das pessoas que vive em Sidnei conhece o nome de Trent Corbin. — Encolheu os ombros com indiferença. — Basta ler os jornais ou assistir a tele¬visão. Seu nome sempre aparece nas colunas sociais. nas páginas de negócios. enfim, seu nome sempre apare ...

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