Livro: Atração Impossível Página 2

... rota sentou-se, livrando-se dos braços dele e evitando a mão que lhe era estendida. — E você é um maníaco. correndo nessa velocidade numa curva! Ela estava certa, obviamente. — Eu estava dentro do limite de velocidade. Você é quem estava distraída no meio da estrada. Ele sentou-se sobre os calcanhares e suspirou. Por que estava acusando a garota? Ela provavelmente estava em estado de choque, talvez tivesse ferimentos inter-nos. Chegou à conclusão de que era melhor controlar-se. — Eu não estava no meio da estrada. — Os olhos azuis faiscavam de raiva. — E não estava distraída. Estava andando no acostamento quando você me atingiu. — Admito que, graças àquele maldito caminhão, quase fui jogado fora da estrada. Mas, se você estivesse atenta, poderia ter saído do caminho, assim evitaria o acidente. — Aquilo era idiota, e ele sabia, mas algo o fazia querer discutir com ela. — Não tive tempo de sair da estrada. — Não me ouviu chegando atrás de você? — Como eu poderia ouvir, com o barulho que o ca¬minhão fazia? Além disso eu estava com aquilo. — Ela apontou para o capacete que Trent jogara na grama. — E ainda por cima, olhe como você está vestida — ele disse indignado. — Como eu poderia ver você, vestindo roupas escuras como essas? Pensei que ciclis¬tas deviam usar cores chamativas. Ela conteve um suspiro, deixando a cabeça pender para a frente, e os cabelos sedosos cobrirem-lhe o rosto. — Eu não queria chamar a atenção para o fato de ser mulher, isso te incomoda? Um raio de sol brilhou no topo da cabeça dela, fa¬zendo surgir um tipo de aréola dourada. Trent voltou a sentir o mesmo tremor que já o acometera antes. Reagiu à sensação, resmungando. — Você fez isso muito bem mesmo. Tão bem que não chamava atenção nenhuma! — Desculpe-me por estar viva! — Devo supor que está bem, não é? — Estou ótima, muito obrigada. — Havia dignidade em seu rosto pequeno e gracioso. Foi ent� ...

o que ela olhou para os destroços da bicicleta. — Oh, não! Olhe só o que você fez! Ele sorriu, acompanhando o olhar dela. "Grande", pensou, "agora ela vai me processar com certeza!" — Eu mandarei consertar para você. E, se não tiver conserto, comprarei uma nova. Ela ergueu a cabeça para encará-lo. — Verdade? Os extraordinários olhos azuis fizeram-no perder a compostura. mas foi só por um instante. — Foi o que eu disse. Ela mordeu os lábios, e ele notou que eram carnudos e, aparentemente, suaves, tão inebriantes quanto os olhos dela. Aqueles lábios tinham sido feitos para se¬rem beijados, pensou. Não conseguia prestar atenção em nada. Podia ver os lábios dela movendo-se, mas não ouvia as palavras. —Sabe que essa é uma moutain bike especial? Du¬vido que consiga uma parecida por aqui. certamente não há nenhuma bicicletaria especializada na cidade. — Não se preocupe, eu cuidarei disso. De onde você é? Certamente não é daqui. — Ele apontou para a mochila que estava presa na parte traseira da bicicleta destruída. — Não, sou de Sidnei. — Ela tentou levantar-se, caindo para trás com um gemido, tendo uma expressão de dor no rosto. — Droga! Devo ter torcido a perna. Espero não ter quebrado nenhum osso. Começou a apalpar o próprio calcanhar, sondando o ferimento. — Está inchado. mas acho que não está quebrado. Não. tenho certeza disso. A curiosidade tomou conta dele. — Você é enfermeira? — Não. tenho prática em primeiros socorros. Oh, isso é realmente perfeito! — ela gemeu. — Sem bici¬cleta, e ainda por cima ferida! — Os cabelos caíram novamente sobre seu rosto quando ela apoiou-se em um dos cotovelos. — Talvez, se eu descansar por um minuto. — Ela suspirou frustrada. —Você se incomoda? — Olhou com dúvida por trás dos cachos dourados. — Claro que não. Quer dizer que você fez todo o trajeto de Sidnei até aqui? Sozinha? — Os olhos dele eram a um só tempo especulativo ...

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