Livro: Ao Sabor da Sorte Página 2

... de malha. Era fácil evitar pessoas, morando no chalé perto dos estábulos, longe dos olhos curiosos da casa sede da fazenda. Ninguém havia notado nada, mas aquilo não era surpresa. Afinal de contas, quem já tinha notado Skylar? Mas a preocupação nos olhos de seu irmão numa rara visita de Deadwood na semana anterior voltou à sua mente por um breve instante, antes que ela ouvisse outra batida à porta. — Estou indo. — Skylar abriu a porta e quase desmaiou. Zack Manning abriu a boca e voltou a fechá-la com um estalo audível, ou aquilo poderia ter sido o som dos joelhos dela tremendo? Ele a olhou, o início de um sorriso no rosto bonito esvaindo-se rapidamente. O pior pesadelo de Skylar. Seu sistema nervoso foi invadido pela adrenalina, e ela não podia desviar o olhar. Sentiu seus lábios moverem-se numa prece muda, sentiu a tensão dos dedos nos punhos apertados. Depois do que pareceram séculos, ele baixou o olhar para a sua barriga. Liberada momentaneamente, Skylar relaxou contra o batente da porta, mas seu alívio foi curto. Olhos acinzentados incrédulos focaram no seu rosto, prendendo-a mais uma vez, e ela observou o rosto bronzeado dele perder vagarosamente a cor. Skylar engoliu em seco. — Zack — disse ela, seu tom de voz quase um sussurro. Negue tudo. Ele não podia ver o que ela escondera sob sua camisa larga de flanela xadrez. — Quando você pensou que iria me contar? Skylar baixou a cabeça e olhou para os próprios pés. — Eu acabei de sair da internet. O horário local. — Sua voz falhou. Esperava que ele acreditasse naquilo, quando ela estava grávida de quatro meses e não se incomodara antes de agora? O topo de sua cabeça abaixada comichava sob o olhar dele. Suspirando, ela se moveu para o lado, a fim de lhe permitir entrar. Skylar fechou a porta quando ele entrou, mas não se voltou para encará-lo. Em vez disso, inclinou a testa na porta, pondo seus pensamentos em ordem, mas a verdade era que não tinha ideia d ...

que dizer. Vagarosamente, virou-se. Zack andava pela sala de estar do aconchegante chalezinho, e parecia furioso, apesar de ser uma fúria controlada. Sua estatura alta mostrava indignação e tensão, sua boca era uma linha dura. Ela pairou perto da porta, esperando não parecer tão trágica quanto se sentia. Zack de repente fez uma parada e inclinou-se para a frente com suas mãos grandes abertas sobre o espaldar do velho sofá de couro gasto. — Nós usamos preservativo. — A voz dele era neutra. O primeiro pensamento de Skylar foi de surpresa, por ele não ter questionado a paternidade do bebê, por ter assumido automaticamente que era filho dele. Então ela mordeu o lábio para impedir um sorriso irônico. Quem a quereria? Afinal de contas, ela era virgem naquela noite no início de fevereiro. — O. Rompeu-se, suponho. — Ela manteve a cabeça baixa, incapaz de dizer a palavra. Seu rosto estava quente o suficiente para fritar um ovo. Que tormento discutir aquilo com ele. — Eu acho que. — Sua respiração era ofegante. —. Pode ter acontecido isso, quando Maya esteve aqui. Sua melhor amiga irrompera no chalé destrancado quase no momento em que eles tinham terminado. Skylar entrara em pânico, saltando da cama, empurrando Zack enquanto vestia um roupão. Maya tinha o péssimo hábito de simplesmente subir as escadas e invadir seu quarto. — Eu acho que saberia! — A voz dele era baixa, com um tom gelado. Os ombros de Skylar tremeram quando ela se recordou dos sussurros desesperados, de como o empurrara para seu banheiro e fechara a porta. Houvera apenas tempo suficiente para chutar as roupas de Zack para baixo da cama e esticar as cobertas antes que uma Maya chorosa entrasse no quarto. A parte o sexo fantástico, foi um final torpe para sua primeira vez. — Eu teria sabido! — insistiu ele. — A luz estava apagada — sussurrou Skylar. Imagens de si mesma empurrando-o para seu banheiro tomavam conta de sua mente como um filme. A mã ...

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