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A Casadinha de Fresco

Livro: A Casadinha de Fresco

Autor - Fonte: Artur Azevedo

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... AZEVEDO, Artur. Teatro de Artur Azevedo - Tomo 1. Instituto Nacional de Artes Cênicas- INACEN. V. 7: Coleção Clássicos do teatro Brasileiro. Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo Permitido o uso apenas para fins educacionais. Texto-base digitalizado pelo voluntário: Sérgio Luiz Simonato – Campinas/SP Este material pode ser redistribuído livremente, desde que não seja alterado, e que as informações acima sejam mantidas. Para mais informações, escreva para . Estamos em busca de patrocinadores e voluntários para nos ajudar a manter este projeto. Se você quiser ajudar de alguma forma, mande um e-mail para ou . A CASADINHA DE FRESCO Artur Azevedo Imitação da ópera-cômica LA PETITE MARIÉE DE EUGÊNIO LATERRIER E ALBERTO VANLOO MÚSICA DE CARLOS LECOCQ Ópera cômica em três atos Representada pela primeira vez no Rio de Janeiro, no Teatro Fênix Dramática em 19 de agosto de 1876, e em São Paulo, no Teatro de São José em 5 de outubro do mesmo ano. PERSONAGENS O Capitão General Manuel de Souza O Morgado de São Gabriel Teobaldo Bento Um Mudo Um Alfaiate Um Viajante Outro Um Soldado Outro Carlos Gabriela Gertrudes Beatriz Uma Costureira Viajantes, peões, camaradas, estancieiros, oficiais de lanceiros, soldados, criados, povo, etc. A cena passa-se, o primeiro ato em Viamão e o segundo em Porto Alegre, província do Rio Grande do Sul. Tempos coloniais. ATO PRIMEIRO Pátio de uma estalagem. Portão ao fundo. Portas aos lados. Cena I Bento, Beatriz, viajantes, estancieiros, camaradas, depois peões. (Os viajantes comem e bebem, sentados defrontes de pequenas mesas. Bento e Beatriz andam azafamados de um lado para o outro, servindo-os.) Introdução CORO — Mais presteza! Ligeireza! É petiscar e partir! A carreta com certez ...
sem demora vai sair. UM ESTANCIEIRO — Olá senhor! OUTRO — Olá senhora! OUTRO — É despachar! BENTO — Não val’zangar: inda tendes muita demora. BEATRIZ — Podeis com vagar mastigar BENTO (A um viajante.) — Provai desta botelha. BEATRIZ (A outro.) — Que belo pastelão! BENTO (A outro.) — Eis uma pinga velha! BEATRIZ (A outro.) — Não quer que o sirva, não? CORO — Mais presteza! etc. (Ouve-se o rodar de um carro, e o barulho dos guizos dos animais.) UM VIAJANTE — Atenção, rapaziada! Os guizos ouvi! CORO — Os guizos ouvi da tal carreta abençoada. (Entrada ruidosa de oito peões.) CORO DE PEÕES — Hop! Hop! Hop! Bonitos peões, lampeiros, ligeiros, ligeiros, lampeiros. Hop! Hop! Hop! vos dizem: Patrões, é já seguir sem tugir nem mugir. Eis os peões ligeiros, lampeiros! (Aprontam-se todos para seguir viagem.) BENTO — Escutai! Um costumezinho, ao qual convém vos conformar, a Beatriz, neste instantinho, vai, a cantar, vos explicar. CORO — Pois venha lá mais essa! BENTO — Beatriz, escarra e começa. Canção I BEATRIZ — Há muito já, fregueses meus, abriu-se a nossa hospedaria; tem sido um — louvar a Deus — lá no que toca à freguesia; mas a razão plausível é: desde que abriu-se esta casita a estalajadeira é bonita e o vinho é velho como a Sé. O vinho é bom! Mais um almude! Convém os copos esgotar! Da estalajadeira a saúde bebei! bebei! É de virar! TODOS — O vinho é bom, etc. II BEATRIZ — Ah! Portugal! Quem negará que o deus das vinhas o protege? A sua uva é um maná! deixai-lhe que o mundo lha inveje. Se, quanto a mim, formosa sou, é que aqui, nesta casita, a estalajadeira é bonita o vinho é. um vinho avô O vinho é bom, etc. Repetição do Coro Hop! Hop! Hop! etc (Saída geral e animadíssima. Carlos aparece ao fundo e observa inquieto a cena.) Cena II Carlos, depois um alfaiate e uma costureira CARLOS — Enfim! Foram-se enfim! ...

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