Livro: Rose
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... Cheré Dastugue Coen Resumo: Território da Louisiana, 1768 Corações divididos Com sua personalidade confiante e natureza amorosa, Rose Gallant mantém vivo o sonho que compartilha com as irmãs de encontrar o pai, com quem perderam o contato há muito tempo. Mas os sonhos de amor de seu coração já não são tão fáceis de sustentar. pois o único homem que Rose amou jamais poderá ser seu. Carinhoso, cativante e irresistível, Coleman Thorpe é inglês e protestante, e portanto a união entre eles é proibida. Indecisa, Rose começa a considerar a possibilidade de se casar com um aristocrata rico, um homem que prometeu ajudar sua família, até descobrir que Coleman está determinado a desafiar as leis da sociedade e do destino, e enfrentar um futuro no qual ele e Rose possam encontrar juntos a felicidade! Autor: Cherie Claire é uma premiada jornalista do setor de artes e entretenimento da revista Variety. Cherie iniciou sua carreira em 1984. Escreveu artigos para diversas publicações, e foi "ghost writer" de vários livros de não-ficção. Como autora de romances, foi indicada para várias premiações e ganhou o prêmio da Imprensa Nacional para mulheres. ROSE Cherie Claire Capítulo I Posto Opelousas, Território da Louisiana, 1768 A piroga deslizava pelas águas mansas do bayou, um braço de água do rio Mississipi. Uma ou outra leve rajada de vento agitava a superfície, sem diminuir em nada o calor insupor¬tável da região. Para Rose não havia um lugar mais quente do que a Louisiana. Nuvens negras prenunciavam chuva iminente, mas o calor persistia. A moça inclinou-se para fora da piroga na esperança de se refrescar. Deixou a mão cair na água tépida do bayou e apreciou seu leve conforto. - Cuidado, mademoiselle - alertou o guia dono da piroga. - Nestas áreas há um tipo de crocodilo chamado aligátor. E tam¬bém cobras venenosas. Rose tirou a mão depressa, mas não antes de um inseto enorme chocar-se com seu ...

rosto. - É melhor sentar imóvel - sugeriu Emilie, a irmã mais ve¬lha, que estava sentada rígida como um tronco de árvore, no meio da canoa, a cabeça abaixada para evitar insetos. - Gostaria que alguma coisa dissipasse esse calor insuportável - disse Gabrielle, a irmã do meio e três anos mais velha que Rose. Embora tentasse apreciar os carvalhos magníficos e os bandos de garças alvas contrastando com o céu escurecido, Rose só de¬sejava que o calor terminasse. Seu pescoço doía pelo esforço de se segurar aos lados da piroga e sua roupa estava colada à pele. Havia tanta umidade no ar. Bem que poderia chover! Mas, em poucos segundos, lamentou esse desejo. Uma chuva torrencial começou a cair. Fechou os olhos para evitar as grossas gotas de chuva que batiam em seu rosto e picavam sua face. - Quanto tempo falta? - perguntou a mãe, Marianne, ao guia. Já estavam chegando. O bayou Courtableau era um canal longo e estreito e bastaram algumas remadas para a piroga alcançar a margem esquerda. - Há uma casa ao lado dessa ribanceira - gritou o guia para ser ouvido acima do barulho do trovão e da chuva. - Podemos nos abrigar lá. Enquanto relâmpagos iluminavam o céu escuro, Lorenz Landry, cunhado de Rose, ajudou a puxar a piroga para um lugar seguro e depois Marianne a descer. Em seguida foi a vez de Emilie, sua esposa, e de Gabrielle. Sendo a mais jovem e a mais leve, a caçula ficara na proa. E, como muitas vezes antes, esperou paciente. Estavam viajando para o Posto Opelousas, na fronteira das pra¬darias do sudoeste da Louisiana, na esperança de reunirem a fa¬mília. A mãe e as três filhas haviam ficado separadas do pai, treze anos antes, ao serem exiladas da Acádia. Esta antiga colônia fran¬cesa, situada na Nova Escócia, no Canadá, fora ocupada pelos ingleses antes do nascimento do pai de Rose. Os habitantes fran¬ceses haviam recebido permissão para permaneceram na penín¬sula canadense, contanto que fornecessem alimento aos ingle ...

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