Livro: Calor Selvagem Página 3

... ua arborizada com pinheiros, em um ritmo constante em direção à cidade. A casa de Tony ficava no topo da rua, e o caminhar de Maya logo se tornou uma corrida. Ela respirou o ar limpo das montanhas entrando em seus pulmões, correndo passando dos limites de sua residência, a cada passo, um esforço para conseguir ir mais longe de sua dor. A calça jeans, e a blusa branca colocaram no corpo, enquanto ela tentava fugir de sua dor. As torres do Cassino na fronteira do estado de Nevada estavam alto no céu a sua direita – com álcool o suficiente para se afogar – mas, eles estavam a quilômetros de distância e Maya não tinha muito mais fôlego. Ainda assim, ela correu. Rezando. Ela sabia que devia estar de joelhos rezando em uma igreja e encontrando algum consolo. Mas, ela não queria acreditar que Deus havia tirado um garoto que mal cresceu, tentando fazer algo bom. Por favor, Deus você levou Tony embora. Você levou meu pai. Você me deve uma coisa pequena. E tudo o que estou pedindo. Uma nova onda de raiva a sacudiu. Na verdade. Estou pedindo por um inferno de coisas mais que isso. Preciso encontrar o assassino de Tony. E preciso que você me leve até ele. As solas dos pés queimavam em suas sandálias, quando ela fez uma curva acentuada. E então ela viu: Tahoe Pines Bar & Grill. Obrigada Deus, ela pensou. E depois, com uma nova onda de amargura. Mas, ainda não estou perto de perdoá-lo. Você ainda me deve. Ela correu em direção ao restaurante, correndo para afugentar seus demônios, mesmo ela sabendo que o suor e sua respiração ofegante não estavam melhorando em nada, isso não iria trazer Tony de volta a vida. Após cruzar o tráfego, ela atravessou a estrada de duas vias, chegando a um ponto morto em frente ao restaurante. Dores agudas esfaqueando seu estômago, ela se curvou sobre seus joelhos, suor escorrendo da testa para o chão. Respirando fundo, ela se levantou e tentou abrir a porta da frente, mas não se mexia. Uma placa na fr ...

nte da porta dizendo: ‘Volte as cinco da tarde’. Não era de admirar que o estacionamento estivesse praticamente vazio. Ela não precisava olhar para o relógio para saber que já era quase meio da tarde. Mas, o único carro estacionado lhe deu a esperança de que o lugar não estava deserto. Ela encostou o rosto na frente do restaurante e pegou um movimento rápido. Bingo. Ela bateu na porta. Ela pagaria o dobro, triplo, para ter uma bebida. Ela se observou de uma distância, sabia que estava agindo como louca, mas ela não se importava. Não podia parar agora. Não quando ela estava tão perto de acabar com essa sensação. Um homem com boné de beisebol abriu a porta. “Posso ajudá-la com alguma coisa?” “Uma bebida” ela disse, surpresa pela a forma que sua voz saiu rouca. “Preciso de uma bebida.” Ele era alto, sua estrutura muscular quase do tamanho da porta, quando ele a avaliou. Maya ficou subitamente consciente da forma como a sua blusa úmida estava presa a sua pele, o fato de que não havia se preocupado em colocar sutiã por baixo naquela manhã. Tudo o que ela havia feito para sair da cama e escovar os dentes. O inferno, ela não se lembrava a última vez que havia comido. Desde que ela atingiu a adolescência, todos os homens diziam que ela era linda. Ela tinha o cabelo grande. Um corpo impressionante. E definitivamente não tinha momentos em que ela tinha o usado para conseguir o que queria. Mas, nada era normal agora, nada era como deveria ser, e ela não teria trabalho em usar suas artimanhas em um estranho. “Você irá me deixar entrar ou não?” O canto da boca do homem torceu por cima, fosse a um sorriso ou em uma careta ela não sabia e não se importava. Ele deu um passo a trás e ela passou por ele. “Uísque, rápido.” Ele não era muito de falar, graças a Deus, não gostava dos garçons que ficava por perto e já disparava cinco perguntas pessoais desde a entrada até ao bar. Suas mãos eram rápidas – e ...

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