Livro: Coração proibido Página 2

... eu uma sombra pousada nela. Levantou os olhos e o coração bateu rápido. — Como vai, Grace? — O rapaz moreno sorria, e Laura se convenceu de que nunca tinha visto dentes mais lindos e perfeitos. — Tom! Como vai? Não sabia que tinha voltado! — É bom ver você de novo. Estava tão distraída que pensei que não tivesse me reconhecido. — Desculpe, Tom, mas cheguei correndo e mal-humorada. Não vi você, mesmo… Por algum tempo os dois conversaram e sorriram. Laura não podia deixar de observá-lo, notando como era alto, forte e elegante. De repente o rapaz olhou para ela, que rapidamente baixou os olhos, odiando-se por sentir de novo o sangue subindo no rosto. — Tom, esta é Laura Drake, colega de trabalho e minha melhor amiga. Laura, este é Tom Farrell. — Como vai, Srta. Drake? — Ele segurou a mão de Laura entre as suas e o toque a fez tremer de emoção. — Muito prazer, Sr. Farrell. De repente, ele pareceu lembrar-se da moça que o acompanhava. Chamou-a e fez as apresentações. Amanda Delvaux sem dúvida era francesa, bastante charmosa, mas ligeiramente hostil. Depois de cumprimentar as duas, Amanda pôs a mão no braço de Tom Farrell, numa óbvia atitude de posse. Enquanto Grace falava com Tom, Laura prestava atenção. Não entendia por que ele a perturbava tanto. Talvez nunca tivesse conhecido um homem tão atraente. Olhou Amanda. Devia ter quase trinta anos, era bonita e parecia muito inteligente. Tom teria uns trinta e poucos. Devia gostar da sofisticação de Amanda. Não parecia homem de se interessar por garotas sonhadoras de vinte e três anos, como ela… O casal se despediu depois de Laura receber um olhar profundo de Tom, que retribuiu com a mesma intensidade. Como Grace teria conhecido Tom Farrell? A amiga nunca tinha mencionado esse nome, mas… por que o faria? Já não bastavam todos os problemas por que a moça estava passando? Não devia ver os homens com muito boa vontade… Laura lembrou os últimos vinte ...

eses da vida de Grace, o casamento terminado, as esperanças de um futuro junto do marido e das crianças sumindo numa velocidade vertiginosa. Só queria que a amiga superasse depressa essa fase e começasse a viver de novo. — Engraçado tornar a ver Tom. Ele nunca muda! E ela? Não achou Amanda um amor? — Quem é Tom Farrell, Grace? — Já deve ter ouvido falar nele, Laura. É um famoso dramaturgo. Lembrou-se imediatamente. Talvez estivesse abalada demais para unir o nome à pessoa dele. — Onde você o conheceu? — Ele deu um curso de teatro na escola que freqüentei. Na época ele ainda trabalhava como ator e me ajudou muito. Dois anos mais tarde fiz uma peça com ele. Mas não somos amigos, só nos encontramos de vez em quando. Acho que pode nos classificar como conhecidos. — Conhecia também Amanda Delvaux? — Não, mas ela é linda, não? Tom está sempre na companhia de mulheres assim. Desde que o conheço, as mulheres se apaixonam periodicamente por ele. Até eu não fiquei imune a esse charme. — Chegaram a ter um caso? — Laura esperava que a resposta fosse negativa. — Não. Foi só um namoro inconseqüente. Para ser franca, ele não estava interessado. — Grace fixou o olhar na amiga. — Por que tantas perguntas? — Soltou uma risada e completou: — Já sei. Ficou hipnotizada, não é? — Se dissesse o contrário, estaria mentindo… Que mais sabe sobre ele? De onde ele voltou? — Ouvi dizer que estava na França e que a esposa tinha sofrido um acidente de esqui… — Grace continuou falando, mas Laura já não a ouvia. Duas palavras ficaram remoendo em sua cabeça: “sua esposa”. Mas nem conhecia o rapaz, então por que se chateava tanto em saber que ele era casado? — Tom Farrell é casado? — Laura não evitou a pergunta. — É, mas existem boatos de que o casamento já terminou há muito tempo. — E eles não se divorciaram? — Não sei, acho que não. Laura, o que você tem? Por que quer saber tanto? Cl ...

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