Livro: Um Homem sem Coração
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... The Only one Penny Jordan Brooke faria tudo por Adam. Menos vender seu corpo! Ao ouvir o toque da campainha, Brooke escovou sensualmente os cabelos, antecipando uma noite romântica. Com a respiração acelerada, sorriu, confiante, enquanto ia abrir a porta. Cheio de si, Adam entrou em sua casa sem esperar pelo convite. Percorreu o corpo bem-feito de Brooke com um olhar de cobiça, mas não pronunciou as palavras de carinho que carinho que ela esperava. Em vez disso, levou uma das mãos ao bolso, sacando o talão de cheques. “Bem, aqui estou. Qual é o seu preço, Brooke?”, perguntou com frieza. Digitalizado por Projeto_romances Projeto_romances@yahoo.com.br Capítulo 1 Brooke preferia não ter ido aquela festa à tarde, que de fato estava horrível. Mas, afinal, o que esperava? Vinte e seis anos já era idade suficiente para não ali¬mentar grandes expectativas em relação a reuniões so¬ciais. Seu ar de enfado, porém, não passou desperce¬bido ao homem de olhos cinzentos, que a observava do outro canto da saía. Na verdade, Brooke não teria nenhuma condição de se divertir, pois andava preocupada com a venda de Abbofs Meade. Essa propriedade, que pertencera à sua família durante muito tempo, era uma sólida construção do século XV, ocupando uma vasta área. Nascida e criada nesse lugar, Brooke encarava as di¬ficuldades econômicas com resignação e sabia da im¬possibilidade de continuar morando ali, porém, mais que uma medida prática, a venda da propriedade signi¬ficava tristeza e fim de uma era. O último da família a cuidar de Abbot\\\'s Meade fora um tio, que conservara tudo enquanto pudera. Muito doente, acabou vendendo a propriedade aos poucos. Por fim a mansão foi hipo¬tecada e com a morte desse tio o que restou do imóvel foi adquirido por uma grande empresa. Ali seria insta¬lado o escritório. A festa comemorava esse fato e Brooke só tinha comparecido à cerimônia por insistência de Sam Brockbank, o proc ...

rador da família. Ele aconselhara: — Não se esqueça de quê vai ser vizinha deles; por¬tanto, nada de rivalidades. Embora Abbofs Meade ter sido vendida, Brooke iria morar num pequeno chalé ao lado, que antigamen¬te fora usado pelo guarda da propriedade. O chalé tinha seu próprio jardim e a entrada era independente da mansão. Agora Brooke observava os convidados que, na maioria, eram casais e tinham mais ou menos o mesmo aspec¬to. Dentre os convidados, um homem, que por sinal estava sozinho, olhava para ela com insistência. Alto, bem-vestido, rosto de traços acentuados, ele era muito elegante. De repente seus olhares se encontraram, e Brooke teve dificuldades em disfarçar a perturbação que sentiu. Há muito tempo ela aprendera a arte de lidar com os homens. Com quase um metro e oitenta de altura, lindos cabelos loiros, pernas bem torneadas e um corpo de curvas perfeitas, Brooke sempre chamava a atenção e muitos interpretavam sua maneira expansiva como um convite a intimidades. Os olhos verdes, muito bri¬lhantes, eram expressivos e sugeriam energia interior. Brooke crescera naquele lugar, cercada de amigas que aos poucos, porém, foram se distanciando. Contri¬buía para isso sua extrema feminilidade. — Você está ficando muito sexy — dissera uma garota certa vez, justificando o motivo de não a convidarem para festas. — É um perigo para nós, Brocke! Com essa revelação e com a morte de seus pais há oito anos, ela terminou aprendendo a conviver com a solidão da melhor maneira que podia, já que o fato de ser uma mulher atraente afastava as outras pessoas de seu convívio. Se ao menos soubessem que toda a vida sentimental de Brooke se resumia em tímidas expe¬riências de adolescente. Entretanto, as mulheres continuavam a mantê-la a distância, como se sua beleza fosse uma ameaça. E os homens a encaravam como objeto raro, nada mais que um corpo deslumbrante a ser conquistado. Diante disso, Brooke se fechava cada vez mais em se ...

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