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Amor sem preço- Jessica Blake

Livro: Amor sem preço- Jessica Blake Página 3

Autor - Fonte: Jessica Blake

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... agem ali. mas isso seria arriscado, poderiam roubar naquela confusão toda. Meu Deus, o que fazer? Já que todos os carregadores estavam ocupados e ela não conseguia encontrar nenhum, não teve escolha. Pegou a mala mais leve, porque era a mais valiosa também e entrou de novo. Naquela mala estava seu estetoscópio. Ainda se lembrava como se sentira orgulhosa no dia em que o comprara. Clive também, a seu modo, se sentira orgulhoso. Ele tinha ido com ela à loja de equipamentos médicos e ficara apreciando com um sorriso meio cínico enquanto ela escolhia o aparelho. Diana sentiu-se um pouco perturbada com o cinismo de Clive. Por que ele não a levava a sério, tal como o balconista que a servia, solícito? Depois que ela já estava com o pacote nas mãos Clive murmurou em seu ouvido: - Desculpe, meu amor, mas não consigo acreditar que está formada. Não consigo enxergá-la como uma eficiente e séria médica. Você é bonita demais para ser inteligente! - Quer que lhe mostre meu diploma? Ou melhor, quer ver minhas notas durante o curso? Fique sabendo que sempre tirei notas altas! - Eu acho que você merece notas altas, amor, mas por outras coisas. . não inteligência. Mas que absurdo lembrar-se dessa conversa justamente naquele momento em que lutava com todas aquelas dificuldades num aeroporto estranho! Ela resolvera ir a Hong Kong para esquecer Clive, para reconstruir sua vida, mudar de ambiente, de amigos, afastar-se de tudo que estivesse ligado a ele, entretanto a lembrança daquele homem persistia em sua mente. Mesmo nesse cenário oriental, totalmente estranho, ela não conseguia esquecer aquele rosto bonito, de barba macia que lhe despertava tantas emoções. Nem as carícias apaixonadas e ternas, os beijos prolongados e sensuais que faziam seu corpo arder de desejo. Quanto tempo levaria para esquecer tudo aquilo? Percebeu que os olhos estavam se enchendo de lágrimas e procurou se controlar. Estava se sentindo cansada e com saudades de casa, além ...
e estar muito suscetível por causa do romance frustrado. A mágoa era muito grande e era difícil reagir e manter-se forte. Afinal, antes de médica, era uma mulher jovem e sensível. Nesse momento chamaram-na de novo pelo alto-falante. - Dra. Freeman, por favor, dirija-se ao guichê 6. E lá estava ele, encostado no balcão, um jovem alto, loiro, de calça de brim e camisa estampada. Parecia chateado e impaciente e não foi difícil deduzir que ele não estava gostando de ter ficado esperando por ela tanto tempo. Devia ser o chofer de táxi que mandaram para apanhá-la. Mas afinal esse era o serviço d,ele, era muita insolência ficar mostrando mau humor desse jeito! Por isso, Diana se aproximou do balcão e disse com frieza e altivez: - Chamaram-me pelo alto-falante. Sou a dra. Freeman. O jovem loiro sobressaltou-se e imediatamente olhou para ela, atônito. Analisou-a da cabeça aos pés, num breve instante, e exclamou: - Puxa vida, não pode ser! Diana então prestou mais atenção nele e achou que não tinha jeito de chofer de táxi. Talvez fosse algum funcionário do hospital, alguém do setor administrativo que fora incumbido de ir recebê-la no aeroporto, e talvez por isso estivesse com aquela má vontade. O antagonismo entre funcionários administrativos e médicos era algo antigo e mais do que sabido. - E por que não? - retrucou ela com a mesma frieza. O rapaz passou a mão pelos cabelos e sorriu meio sem jeito. - Bem. ora, é que não esperava alguém com essa aparência! A última médica que veio para cá era gorda feito um elefante e tinha voz de taquara rachada. Parecia mais um sargento dando ordens. - Mas estou certa de que era uma médica competente! A frase em si não dizia muito, mas a mensagem que havia no tom de voz ficou bem clara para ele: "Só porque sou médica não quer dizer que não sou feminina, e porque sou feminina não quer dizer que não seja boa médica". Ele percebeu nitidamente a posição defensiva e entendeu logo ...

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Comentários:
Rosângela: Está aí uma história um tanto diferente. Os personagens principais são sempre os mesmos, mas o coadjuvantes me surpreenderam. Finalmente uma pequena e agradável novidade! (18/04/2022).
Eire: Bom..
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