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Água de juventa
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Água de juventa

Livro: Água de juventa Página 3

Autor - Fonte: COELHO NETTO

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... m-se caminhos fáceis, bem alhanados, estenderam-se pontes sobre os ribeirões, roçou-se o matto e, pouco a pouco, foi surgindo o povoado que hoje alegra o lindo valle enfeitando a vertente da montanha, as fraldas das collmas, coroando os outeirinhos, dando ao antigo deserto, desfavorecido o tristonho, o aspecto gracioso de uma cidadezinha acolhedora, de paz e de saúde, onde tudo é puro, desde o ar que circula, fino e leve, cheirando a silvas, até á água que se despenha d\'alto, por entre as hervas viçosas, branca e gelada. Se a maioria das construcções é rustica — casas acaçapadas, chatas na planície ou trepando desgraciosamente pelos cerros pedregosos, por entre a verdura dos pomares ou no centro de jardins cuidados erguem-se airosos edifícios modernos, uns ao gosto suisso, com os seus telhados agudos cobertos de escamas de ardosia, com varandas entrelaçadas de ipoméas. Ao fundo, num liso planalto, dum verde vellutineo, avultam dois grandes prédios que, nas horas pallidas e suggestivas da tarde, quando começam a estender-se as sombras, isolados na distancia vaporosa do campo, lembram castellos solitarios com os seus torreões ameiados, guardando o burgo. 12 ÁGUA DE JUVENTA Era em março. A estação começara alegre. A terra, ainda encharcada dos abundantes aguaceiros que, sem estiada, durante os ultimos dias nublados da semana anterior, haviam alagado os campos e jorrado, em grosso enxurro barrento, pelas vertentes dos montes cavando profundos sulcos, fundamente vincada nos lameiros, molle, espapada, cedia ao andar. Pela relva a água espirrava sob os pés como se se fosse pisando esponjosa plamira. Não raro luziam charcos. Nos caminhos recalcados espelhavam poças e o ribeirão das Caldas, soberbo e escuro, carreando detritos, aves mortas, gravetos, rolava rumoroso. Na baixada que se inclina para o ribeirão da Serra branqueavam, como borlas de neve, os pendões floridos do alça-peixe e, por toda a va ...
ta e rasa extensão da planície, bailando á aragem fria, numa traquinice de borboletas, sacudiam-se as flores minosas da herva de S. João. Andorinhas, em vôo rasteiro, pareciam afflorar a relva— vinham d\'esfusiada, trissando, volviam aligeras ; alçavam o vôo, baixavam de novo, quasi raspando a terra com o peito branco. Cavalleiros, montados á maneira derreada dos caipiras, atravessavam os caminhos ao trote lerdo dos animaes ossudos. Por vezes uma tropa rompia — o guia á frente, abrindo a marcha e logo a recova; em fila sacolejando a carga e, na coda, silenciosos tropeiros, escarranchados em rocins, o olhar perdido, banzando, com o cabo do relho fincado na coxa. Succediam-se os carros de bois tirados vagaroÁGUA DE JUVENTA 13 samente por seis e oito juntas, chiando : uns vazios, com pequenitos de pó agarrados aos fueiros, outros carregados, rangendo, guinchando estridulamente. Cavallos soltos pastavam e, cruzando o ar fino e picante da radiosa e serena manhan, urubus circulavam atravessando o campo, pousavam nos telhados e, d\'azas abertas, immoveis, ficavam gosando o sol. A villa parecia despertar d\'um somno de inverno. Um ar de festa dominical espalhava-se e sentia-se em tudo. As collinas áridas tinham uma cor mais viçosa nos capins esturricados, as pedras adustas do cerro das cruzes, encimado pela capellinha que uma cerca de ripas protegia, lampejavam e, fronteira, a montanha, aqui, ali copada em bosques, como restos d\'um velo antigo, tosado, em parte, pelos homens, sangrando ao flanco a água de prata que se despenhava do alcantil, alta, monstruosa, parecia um molosso desconforme, deitado, com o focinho entre as patas, a olhar na direcção do occidente, guardando attento, immovel, silencioso, a villa dos milagres. Grupos de banhistas animavam o immenso largo, raso e lodoso, cortado de valles, cavado em caldeirões traiçoeiros, que o Dr. Lino, medico das aguas, pensava em alindar com o auxilio patrioti ...

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