Livro: Primavera no coração
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... Título original: Bluebird Winter LINDA HOWARD Série: Sarah’s Child Derek Taliferro e Kathleen “Este Livro faz parte de um Projeto individual, sem fins lucrativos e de fã para fãs de romances. A comercialização deste produto é estritamente proibida.” Traduzido e revisado por : ILNETE Resumo Kathleen Fields, grávida e só durante um temporal no dia de Natal, tinha que chegar à clínica, mas uma forte nevasca a surpreendeu. Não tinha esperanças de salvar sua vida. nem a de seu filho ainda por nascer. Então apareceu Derek e juntos trouxeram ao mundo o filho de Kathleen. e descobriram o amor. Capítulo 1 Não estava previsto que ocorresse assim. Kathleen Fields se tocou o volumoso ventre, com a ansiedade em seu pálido rosto, en-quanto olhava pela janela uma vez mais a tormenta de neve e vento que rugia no exterior. A visibilidade era mínima. A temperatura tinha caído vertiginosamente e segundo o boletim meteorológico do rádio, essa inesperada nevasca natalina ia durar o resto do dia e a maior parte da noite. Ela não podia esperar tanto. Estava a ponto de dar a luz, quase com um mês de antecedência. Seu bebê precisaria de aten-dimento médico. O medo a embargou quando fechou as cortinas e se voltou para a pequena e escura sala de estar, iluminada só pelo fogo que ardia na chaminé. A eletricidade e o telefone se tinham cortado fazia cinco horas. Duas horas depois disso, a surda e constante dor nas costas que tinha aprendido a ignorar desde fazia semanas, tinha aumentado convertendo-se em algo mais, e estendendo-se ao redor de sua cintura. Ela não o tinha dado importância, tomando-o como um falso alarme: depois de tudo, ainda lhe faltavam três semanas e cinco dias para a data do parto. Logo tinha rompido a bolsa e já não coube nenhuma dúvida: ia dar a luz. Também estava só e isolada. Essa nevasca natalina, segura-mente tão cobiçada por milhões de crianças, podia significar a morte do seu be ...

ê Os olhos lhe ardiam pelas lágrimas. Tinha sofrido com um mau casamento e o final de suas ilusões, confron-tando a realidade de encontrar-se destroçada, só e grávida, traba-lhando longas horas como garçonete em um esforço para manter-se e dar um lar a seu bebê, mesmo que no princípio tinha renegado ferozmente essa nova vida que crescia dentro dela. Mas logo que tinha começado a mover-se, no princípio leves palpitações e mais tarde autênticas patadas e murros, e se tinha convertido na realidade, uma pessoa, um companheiro. Era seu bebê. Ela o queria, queria abraçá-lo, amá-lo e lhe cantar canções de ninar. Era a única pessoa que tinha no mundo, mas agora podia perdê-lo, possivelmente em castigo por ter renegado a ele. Que ironia haver levado todo esse tempo, só para lhe perder no dia de Natal. Supunha-se que devia ser um dia de esperança, fé e promessas, mas não ficava nenhuma esperança, nem muita fé nas pessoas, e o futuro não lhe prometia nada salvo uma interminável sucessão de dias tristes. Só se tinha si mesmo e a pequena vida dentro de seu ventre que agora se encontrava ameaçada. Podia ter o bebê ali, sem ajuda. Estava quente e de algum jeito se arrumaria para manter o fogo aceso. Ela sobreviveria mas, e o bebê? Era prematuro. Possivelmente não pudesse respirar sozinho. Podia não estar completamente bem. Ou também podia tentar chegar à clínica, a vinte quilômetros de distância. Com bom tempo era um caminho fácil. mas o tempo não era bom, e o vento aumentava no exterior. As estradas eram traiçoeiras e a visibilidade escassa. Podia não consegui-lo, e o esforço lhe custaria sua própria vida além da de seu filho. Então, o que? As palavras martelavam seu cérebro. O que importava sua vida se o bebê morresse? Acaso poderia viver com a consciência tranqüila se optava por sua segurança a custa da vida de seu filho? Tudo podia sair bem, mas não podia correr esse risco. Pelo bem de seu bebê, tinha que tentar. Mo ...

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