Livro: Antes do sol nascer Página 3

... proximou, chamando sua atenção. — Ah, ali está tia Derrie — falou e chamou pela tia. — Tia Derrie! Veja, estou formada, aqui está a prova! — Phoebe ergueu o diploma, correndo para abraçar a tia, e depois apertou a mão do senador Clayton Seymour, que fora chefe de Derrie durante muitos anos antes de se tornarem noivos. — Nós dois estamos muito felizes por você — disse Derrie calorosamente. — Olá, Cortez! — cumprimentou. — Você conhece Clayton, não conhece? — Não pessoalmente disse Cortez e, no entanto, apertou a mão do senador. Os lábios de Clayton se repuxaram em um sorriso. — Ouvi falar muito de você através de meu cunhado, Kane Lombard. Ele e minha irmã Nikki queriam ter vindo hoje, mas os gêmeos deles estavam doentes. Kane nunca se esquece do que você fez por ele. É o tipo de pessoa que sempre paga suas dívidas. — Apenas fiz meu trabalho — lembrou Cortez. — O que aconteceu com Haralson? — perguntou Derrie, curiosa, referindo-se ao desprezível criminoso que enterrara lixo tóxico e, com um único golpe, quase acabara com a carreira política de Clayton Seymour e os negócios de Kane Lombard. — Haralson pegou vinte anos de cadeia — respondeu Cortez, enfiando as mãos bem no fundo nos bolsos e sorrindo, frio. — Gosto de trabalhar na promotoria. Em alguns casos, mais do que em outros. — Promotoria? — perguntou Derrie. — Mas você me disse em Charleston no ano passado que estava trabalhando para a CIA. — Trabalhei para a CIA e o FBI por um curto período — falou Cortez. — Mas nos últimos anos tenho atuado como promotor federal. — Então como é que você terminou perseguindo pessoas que enterravam lixo tóxico? — insistiu Derrie. — Por sorte, acho — respondeu Cortez, polido. — Isso significa que ele não quer mais falar no assunto — murmurou Phoebe, seca. — Desista, tia Derrie. Clayton pôs dois olhos curiosos sobre Phoebe, que os recebeu com um sorriso. — Cortez e eu ...

omos amigos — disse. — Graças aos instintos de investigador dele você mantém sua cadeira no Congresso atualmente. — Sem dúvida — respondeu Clayton, relaxando. — £ eu quase estraguei tudo — acrescentou, com um olhar caloroso e meigo para Derrie, que abria um sorriso radiante para ele. — Se vai permanecer na cidade esta noite, adoraríamos que viesse jantar conosco — disse Clayton a Cortez. — Vamos comemorar a formatura de Phoebe. — Gostaria de ter tempo — disse Cortez, baixinho. — Preciso voltar hoje à noite. — Claro. Sendo assim, nos vemos qualquer dia desses em Washington D.C. — disse Derrie, confusa, pressentindo que algo se passava entre a sobrinha e Cortez. — Preciso falar com Phoebe — disse ele, virando-se para Derrie e Clayton. — Preciso tomá-la emprestada por mais ou menos uma hora. — Vá em frente — falou Derrie. — Nós vamos voltar ao hotel, tomar um café, comer uma torta e descansar até as seis. Depois a apanharemos para o jantar, Phoebe. — Obrigada — disse Phoebe. — Ah, meu capelo e minha toga.! — Tirou a roupa da cerimônia e a entregou a Derrie. — Espere, Phoebe, os que se formaram com destaque não foram convidados para um almoço comemorativo na casa do coordenador do curso? — protestou Derrie. Phoebe não hesitou. — Eles não sentirão minha falta — disse e acenou, indo ao encontro de Cortez. — E se formou com destaque! — brincou Cortez enquanto eles caminhavam por entre a multidão, na direção do carro que ele alugara. — Por que será que isso não me surpreende? — A antropologia é minha vida — disse Phoebe, fazendo uma pausa ao longo do percurso para trocar parabéns com um de seus amigos. Ela estava tão feliz que parecia caminhar nas nuvens. — Foi um toque de gênio, Phoebe — murmurou o colega da garota, lançando um olhar seco para Cortez enquanto caminhavam juntos —, você ter trazido o trabalho de antropologia para a festa de formatura. — Bill! ...

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