Livro: Sublime obsessão
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... Anne Mather ”Innocent Obsession” Digitalização:Dores Cunha Correção:Fátima Tomás CAPÍTULO I - Eu não posso fazer isso, Margot - disse Sylvie, engolindo com avidez uma fatia de queijo. Margot tinha a mania de fazer uma alimentação à base de poucas calorias, e, após um almoço composto simplesmente por queijo e abacaxi, Sylvie estava longe de sentir-se satisfeita. - Por que não pode? - perguntou sua irmã, com impaciência, afastando o prato de queijo e dando-lhe um olhar penetrante. - O que é que você pretende fazer até o mês de outubro? Ficar vegetando? Sylvie passou a mão nos cabelos loiros e encolheu os ombros. - vou tentar encontrar um emprego - respondeu, levando à boca a última fatia de queijo que havia no prato. Margot inclinou-se na direção dela, colocando os cotovelos sobre a mesa. - Aí está, então! O que estou oferecendo a você é um emprego! Ir para Alasya e cuidar de Nikos durante seis semanas. E você pode ficar tranquila que Leon vai concordar. - Não, Margot! - Por que não? - Leon quer que ”você” volte. Nikos é seu filho. Você não se interessa por seu próprio filho? Margot começou a esfregar os dedos de unhas longas sobre os braços. - Você está sendo injusta. Sabe muito bem que não posso sair de Londres agora. Maurice me ofereceu esse papel na peça, é uma personagem muito boa e eu não vou. Simplesmente não vou me deixar influenciar nem por você nem por ninguém! Sylvie inclinou a cabeça para o lado e ficou observando a irmã. Apesar dos laços de sangue, elas não tinham muita coisa em comum. Margot era nove anos mais velha, mais alta e tinha o corpo mais magro e elegante do que Sylvie. Os cabelos eram constantemente tratados por cabeleireiros da moda, já que ela dava muita importância à aparência. - Acho que você deve escrever a Leon - disse Sylvie. - Explique a situação. Diga que é impossível voltar agora. Pergunte-lhe se não há mais ninguém por lá que possa ...

uidar de Nikos. - Você acha que é assim tão simples? Acha que, se eu escrever a Leon e explicar a situação, ele vai compreender e aceitar? Pois está muito enganada! Sylvie sorriu. - Não vejo por que ele não pode aceitar. - Você está se esquecendo de que Leon não é como a gente. Ele não é inglês, é grego, e os gregos têm uma noção muito antiquada sobre as mulheres. - Ele se casou com você, não casou? E sabia que você era atriz. - Sabia que eu estava tentando ser - replicou Margot secamente. - Naquela época, eu não havia feito nada em termos de teatro. Se Lewis não houvesse sugerido que eu tomasse parte naquele grupo de modelos que viajou para a Grécia, nunca teria conhecido Leon, teria? Nunca teria me casado com ele! Sylvie não respondeu. Há sete anos, quando Margot se casara com Leon Petronides, ela não tinha mais que onze anos. Era criança demais para compreender a situação da irmã. Tudo que conseguia lembrar era a alegria de Margot quando voltara de Atenas, seu deslumbramento em ter conhecido o filho de Aristotle Petronides, e, mais tarde, sua excitação quando Leon veio visitá-la em Londres. A cerimónia de casamento, que aconteceu logo em seguida, pareceu um sonho transformado em realidade. Apesar de os pais de Leon desaprovarem aquela união, ele se recusou a abandonar Margot, e a lua-de-mel passada em Fiji foi maravilhosa. Somente algum tempo depois, quando Nikos nasceu, o péssimo relacionamento entre eles tornou-se evidente. E há um ano as coisas começaram a acontecer. Após seis anos comportando-se segundo os rígidos padrões gregos, Margot voltou para Londres, para os funerais do pai. Como Leon estivesse nos Estados Unidos, cuidando de negócios, ela veio sozinha e não quis mais voltar para a Grécia. Usando a desculpa de que deveria ficar ao lado da mãe e da irmã durante o período de luto, permaneceu em Wimbledon, enchendo a casa com suas maquilagens e perfumes, monopolizando o banheiro todas as manhãs ...

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