Livro: Paraíso Perdido
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... Janet Dailey Reilly`s Woman Uma tragédia fez com que o avião em que Leah e Reilly viajavam caísse no deserto de Nevada, nos Estados Unidos. Leah não acreditava que pudessem sair vivos dali, mas Reilly, com seu sangue índio, soube contornar todas as dificuldades durante os dias que passaram sozinhos, lutando para sobreviver. À noite, por causa do frio, dormiam abraçados. O contato íntimo transformou-os: eles não eram mais dois desconhecidos e se desejavam intensamente. Mas Leah — que se apaixonou por Reilly — não compreendia por que ele mal falava, mal tocava nela. Será que Reilly a abandonaria depois que eles fossem salvo? Autor: Janet Dailey. Título original: REILLY\'s WOMAN. Dados da Edição: Abril Cultural, São Paulo, 1979. Género: romance. Digitalização: Dores Cunha. Correcção: Edith Suli. Capítulo I As páginas da revista eram viradas com dedos impacientes. Os artigos não conseguiam prender a atenção de Leah Talbot, porque seus olhos se mantinham mais presos ao relógio, em cima da mesa de recepção, do que propriamente concentrados na leitura. Fora, um sol dourado aproximava-se do horizonte. Sua luz refletia um pálido tom amarelo nas asas dos pequenos aviões, estacionados nas pistas do aeroporto. Na mesa de recepção, parou o barulho da máquina de escrever e a mulher morena, que pouco antes datilografava com agilidade, levantou-se e, virando-se para sua companheira de trabalho, uma velha de cabelos tingidos num brilhante tom de cobre, perguntou: - Quer uma xícara de café, June? - A velha aceitou, sem desviar a atenção dos livros espalhados sobre a mesa. Apanhando duas xícaras a morena dirigiu-se num andar gingado e quase provocante para a portinhola do balcão, abrindo-a com um hábil jogo de quadril. Voltando para Leah e sorrindo delicadamente, ofereceu: - Srta. Talbot, aceita mais um pouco? Olhando sua xícara vazia, Leah hesitou, encolhendo os ombros e murmurou: - Por que não? - Um ar iró ...

ico acentuou a curva sensual de seus lábios. Distraidamente, Leah alisou o tecido macio da sua saia de lã, pegou sua xícara, pôs a bolsa de lado e acompanhou com os olhos os movimentos da moça. - Cansada de esperar? - A pergunta era descontraída e simpática. Suspirando fundo, Leah concordou: - E ficando impaciente para ir embora logo. A cafeteira de vidro estava no aquecedor perto da mesa. Ao lado, várias máquinas ofereciam refeições leves, doces ou sanduíches quentes. - Vai visitar sua família? - A morena encheu a xícara de Leah e pegou as outras duas que havia trazido. - Sim, meu irmão Lonnie. - Leah segurou cuidadosamente a xícara ao sentir o calor do líquido quente na louça. Seus olhos castanhos procuraram a janela, detendo-se no sol que ia sumindo no horizonte. Impaciente, sacudiu seus brilhantes cabelos castanhos. A moça, então, sugeriu que talvez fosse melhor Leah telefonar a seu irmão, explicando-lhe a demora. - Não há necessidade. Ele não sabe que eu vou. É uma surpresa para o aniversário dele, amanhã. E dando outro rápido olhar para os ponteiros do relógio, disse, mais para si mesma do que para sua interlocutora: - Enfim, espero que seja surpresa. Primeiro preciso chegar lá. - O que seu irmão faz em Austin? Quero dizer - ela riu -, há muitas outras cidades em Nevada melhores que Austin. Leah também sorriu e confirmou: - Realmente, a carta dele diz mesmo que aquela não é uma cidade muito divertida. Acredito que vá ficar pouco tempo por lá. Meu irmão trabalha em uma companhia de mineração e integra um grupo mandado a Austin para um estágio de treinamento. - E o resto de sua família? - A moça apanhou as xícaras e dirigiu-se de novo ao balcão, mantendo o olhar curioso fixo em Leah. - Tenho apenas meus pais, que moram no Alasca. - E como a responder à expressão interrogativa que continuava no rosto da outra funcionária, Leah acrescentou: - Papai é da Força Aérea. - Isso explica como uma pess ...

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