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A Brasileira de Prazins
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A Brasileira de Prazins

Livro: A Brasileira de Prazins Página 2

Autor - Fonte: Camilo Castelo Branco

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... uito duvidosa, disse o que quer que fosse a respeito dos pecados que entram pela boca. Depois informaram-me que esta viúva, bastante estragada no moral e ainda mais no físico, andara de amores ilícitos com um escrivão do juiz de paz, o Barroso, um dos 7500 do Mindelo, que lera o Bom senso do cura João Meslier, e a saturara de má filosofia, e também a esbulhara de parte dos seus bens de raiz e do melhor da sua riqueza – a Fé, o bordão com que as velhas e os velhos caminham resignados e contentes para os mistérios da eternidade. * Logo que cheguei a casa, entrei a folhear as páginas dos dois livros, preparado para o dissabor de encontrá-los mutilados, defeituosos, com folhas de menos, comidas pelas ratazanas colaboradoras roazes do galicismo na ruína da boa linguagem quinhentista. Folheei o Entendimento literal e constrviçam até páginas 154, e aqui achei um quarto de papel almaço amarelecido, com umas linhas de letra esbranquiçada, mas legível e regularmente escrita. O conteúdo do papel, onde se conheciam vincos de dobras, era o seguinte: José, teu irmão, quando eu hoje saia da igreja, onde fui pedir a Nossa Senhora a tua vida ou minha morte, disse-me que eu não tardaria a pedir a Deus pela tua alma. Eu já não posso chorar mais nem rezar. Agora o que peço a Deus é que me leve também. Se não morrer, endoideço. Perdoa-me, José, e pede a Deus que me leve depressa para ao pé de ti. Marta. Não é preciso ser a gente extraordinariamente romântica para interessar-se, averiguar, querer notícias das duas pessoas que têm nestas linhas uma história qualquer, mais ou menos vulgar. Ocorreu-me logo que o estudante, a quem o livro pertencera, tinha morrido na flor dos anos. Além disso, na margem superior do frontispício do volume, está escrito o nome do possuidor – José Dias de Vilalva, e a carta é dirigida a um José. Concluí ser o cunhado da viúva quem recebera a carta. Voltei a casa da Srª Joaquina, muito açodado, como um ...
ntropologista que procura uni dente pré-histórico, e perguntei-lhe se o seu cunhado se chamava José Dias; e se tinha alguma conversada, quando morreu. – Que sim, que o cunhado era José Dias e que morrera pela Maria da Fonte. – Pois ele amou a Maria da Fonte? – perguntei com ardente curiosidade histórica, para esclarecer a minha pátria com um episódio romanesco das suas guerras civis. Ela sorriu e respondeu: – Agora! Quer dizer que o meu cunhado morreu quando por aí andavam os da Maria da Fonte a tocar os sinos e a queimar a papelada dos escrivães, sabe vossemecê? Acho que foi então ou por perto. – E ajuntou: – Ele gostava aí muito de uma moça, isso é verdade. Era a Marta. – Marta? – disse eu com a satisfação de ver confirmada a assinatura do bilhete. – Vossemecê conhece-a? _— Não conheço. – É a brasileira de Prazins, a mulher do Feliciano da Retorta, que tem quinze quintas entre grandes e pequenas. – Bem sei; mas nunca vi essa mulher. – Não que ela nunca sai do quarto; está assim a modos de atolambada há muito tempo. Credo! há muitos anos que a não vejo. Dá-lhe a gota, salvo seja, e estrebucha como se tivesse coisa má no interior. É uma pena. Não sabe o que tem de seu. O Feliciano é o homem mais rico destes arredores, e vivem como os cabaneiros, de caldo e pão de milho. Ele quando vai ao Porto receber um alqueire de soberanos que lhe vem do Brasil todos os anos, vai a pé, e mete ao bolso umas côdeas de boroa e quatro maçãs para não ir è estalagem. Interrompi com interesse de artista: – Disse-me que ela endoidecera. Foi logo depois da morte do seu cunhado? – Isso já me não escordo. Quando eu vim casar para aqui já meu cunhado tinha morrido. O que me lembra é dizer-me o meu defunto, que Deus tem, que o rapaz ganhou doença do peito por mor dela. Esses casos há muita gente que lhos conte. Há por aí muito homem do seu tempo. Pergunte isso ao Senhor Reitor de Caldelas que andou com ele ...

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